icone facebookicone twittericone instagram


NUTRIÇÃO
Carboidrato, por que te quero?
- Ele não é o vilão da dieta, basta consumi-lo na medida e hora certas
Na pressa ou na preguiça, uma coxinha serve e dois pães com manteiga dão conta do jantar. Os carboidratos, fonte de energia simples para recarregar as baterias do corpo, estão presentes em uma lista enorme de alimentos. Se são vilões ou malfeitores, depende.

– O carboidrato se torna vilão quando não é consumido em equilíbrio com gorduras e proteínas. A culpa dessa visão é da cultura alimentar errada que temos hoje – diz a nutricionista Renata Soares.

– Eles não são perigosos – corrobora a nutricionista Larissa Cerqueira. – Mas é preciso ter atenção na qualidade e na frequência com que são ingeridos e também se a pessoa terá um gasto energético suficiente para que ela não engorde.

Larissa garante que os carboidratos são indispensáveis. Numa dieta normal, 60% a 70% são puro carboidrato.

– Quando tenho um carboidrato de cadeia complexa, com fibras, combinado com proteína, a glicose entra na corrente sanguínea de forma moderada – ensina.

Dietas baseadas em proteínas têm conquistado mulheres em todo o mundo há um bom tempo. Depois da conhecida dieta Atkins – que estimulava o consumo quase que somente de proteínas e gorduras –, a nova menina dos olhos é o método Dunkan.

Diferentemente de Robert Atkins (um defensor da carne vermelha), o médico e nutrólogo francês Pierre Dukan prescreve carnes brancas e foca nas chamadas “gorduras boas”, que não aumentam o colesterol ruim (LDL). A duquesa de Cambridge, Kate Middleton, é uma das ilustres seguidoras. Conseguiu reduzir o manequim de 42 para 38 antes de subir ao altar.

– Não vejo problema nas dietas das proteínas, mas elas só devem ser feitas com acompanhamento – afirma Larissa Cerqueira.

Os perigos vão desde mau humor e mau hálito à sobrecarga da função renal e, quando essas proteínas vêm de fontes que também fornecem gordura, aumento do nível de LDL. De acordo com o nutricionista Antônio Augusto Fonseca, o consumo de proteínas em detrimento dos carboidratos pode elevar o nível de ureia e ao risco de desenvolver gota.

– O metabolismo só funciona de forma equilibrada. Com o excesso de proteínas, são produzidas toxinas que sobrecarregam os rins.

Cardápio
Com ajuda da nutricionista Larissa Cerqueira, confira cinco alimentos bons e outros nem tanto.

Indicados
- Aveia
- Farelos como linhaça e quinoa
- Pães integrais
- Castanha de caju e do pará (em pequenas quantidades)
- Frutas in natura

Reprovados
- Pão branco
- Massas brancas (lasanha, macarrão branco, pizza)
- Doces
- Batata-inglesa (sobretudo frita)
- Refrigerantes adoçados com açúcar

 

AN Joinville
OBESIDADE INFANTIL
Sinal de alerta na balança

60% dos alunos de uma turma de 25 crianças estão acima do peso ideal
Uma pesquisa feita no ano passado em uma escola municipal de Joinville revelou um problema que preocupa cada vez mais as autoridades de saúde: a obesidade infantil. Segundo o levantamento, 20% dos 474 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental estavam com sobrepeso ou obesos. Mas em algumas salas este índice é ainda mais preocupante.

O jornal “A Notícia” esteve no mesmo colégio e propôs um teste: pesar e medir uma turma de 3º ano, formada por 25 crianças de sete a nove anos, para verificar quantas estavam com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). E o resultado foi alarmante. Das 25 crianças avaliadas no dia 23 de fevereiro, apenas dez estão na faixa de peso ideal, compatível com a altura e a idade. Nove estavam obesos e outros seis estavam com sobrepeso, beirando a obesidade. Isso significa que 60% dos alunos dessa turma do 3º ano precisavam passar por um processo de reeducação alimentar.

E para entender porque mais da metade da turma “reprovou” no teste na balança, basta acompanhar o recreio dessa garotada. Grande parte dos alunos abre mão dos legumes e frutas da merenda oferecida pela escola para comer alimentos industrializados trazidos de casa.

Uma professora conta que um projeto que incentiva a mudança dos hábitos alimentares e o reaproveitamento de alimentos vai começar no mês que vem, envolvendo os 940 alunos. O projeto também prevê o cultivo de uma horta, palestras e uma cartilha para orientar também os pais.

Saúde lança projeto de ações educativas
Em todo o País, uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada entre 2008 e 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Índice que motivou o Ministério da Saúde a intensificar as ações de prevenção e controle da obesidade infantil.

Na região Norte de SC, 60 equipes do Programa Saúde da Família vão receber recursos em 2012 para implementar ações educativas nas escolas e fazer um raio X da saúde dos estudantes com idades entre 5 e 19 anos. Só em Joinville, equipes de 30 postos de saúde vão desenvolver ações em 47 escolas municipais e 19 centros de educação infantil. As equipes dos postos irão até as escolas para examinar as crianças e desenvolver práticas educativas.

A cidade receberá R$ 201 mil para realizar as atividades. Desses, 70% já foram repassados ao município, e os 30% restantes serão pagos em dezembro de 2012.

A iniciativa faz parte da primeira edição da Semana de Mobilização Saúde na Escola, que será de 5 a 9 de março, mas as ações serão realizadas ao longo do ano letivo.

O pediatra e neonatologista Carlos Eduardo Ferreira da Silva, da Secretaria de Saúde de Joinville, alerta que a obesidade é uma doença crônica, endêmica, que pode acarretar uma série de outras doenças, como a diabetes e a hipertensão, sem falar do fator emocional.

A criança ou o adolescente gordinho normalmente é alvo de bullying nas escolas, porque a sociedade é fundada em padrões estéticos. “Essa violência gera danos incalculáveis, às vezes maiores do que os físicos, e é importante lembrar que violência gera violência”, alerta o médico.


AN Joinville | SAÚDE
São Francisco faz mutirão da catarata

A segunda fase do Mutirão da Catarata, que faz parte do Projeto Carreta da Saúde do Centro de Integração de Educação e Saúde (CIEs), continua neste domingo em São Francisco do Sul. A ação é uma parceria entre Ministério da Saúde e Prefeitura.

Cinco médicos de São Paulo estão na cidade e farão cirurgias e consultas de triagem no prédio da Secretaria da Saúde. “Esse é um trabalho social e humanitário buscando atender toda a demanda e eliminar a fila para este tipo de cirurgia”, diz o prefeito Luiz Roberto de Oliveira.

Na primeira etapa, que ocorreu no ano passado, foram atendidas 143 pessoas. Nesta fase, serão 43 cirurgias e 60 consultas de triagem. O mutirão começou na quinta-feira.

Pessoas que precisam de cirurgia de catarata e querem participar do mutirão devem se cadastrar noTratamento Fora de Domicílio (TFD), setor da Secretaria Municipal de Saúde.