icone facebookicone twittericone instagram


CAMPANHA DE VACINAÇÃO
Balanço da campanha sai hoje

O movimento foi grande nas 56 unidades de saúde de Joinville no sábado, no dia D da campanha de vacinação contra a paralisia infantil (poliomielite) e o sarampo, segundo a gerente de Vigilância em Saúde, Roselei Weiss Aade.A previsão, segundo ela, é de que cerca de 19 mil crianças foram imunizadas somente no sábado. Os números oficiais deverão ser divulgados hoje à tarde.

O sábado serviu também para que outras vacinas que estavam em atraso, fosse atualizadas.

Até sexta-feira à tarde, haviam sido vacinadas 2,7 mil crianças (7,66%). A meta de Joinville, estipulada pelo Ministério da Saúde, é de cerca de 34,5 mil crianças para a pólio e 41,5 mil para o sarampo.Roselei lembra ainda que a campanha de vacinação contra a paralisia infantil vai até 26 de agosto. Contra o sarampo, a imunização vai até 16 de setembro.



SAÚDE
DOENÇA SILENCIOSA
Ignorada e repleta de estigmas, a tuberculose ainda é uma das doenças respiratórias que mais matam no País

Terceira causa de morte por doenças infecciosas, a tuberculose ainda é alvo de intensas campanhas do Ministério da Saúde. Apesar dos casos terem diminuído nas últimas décadas, o governo mantém a preocupação sobre a doença, responsável pela morte de 4,8 mil pessoas por ano no País. A grande luta é, ainda, para que seja feito o diagnóstico precoce da enfermidade e para que as pessoas que a adquirem completem o tratamento, que dura seis meses. Calcula-se que quase 10% dos 72 mil pacientes abandonem as medicações antes do recomendado.

O foco da campanha – veiculada desde março – são homens de 20 a 49 anos, faixa de idade com o maior número de ocorrências. Os esforços se concentram na prevenção da doença, para que pessoas contaminadas não disseminem o vírus. No Brasil, a tuberculose é a terceira causa de morte entre portadores do vírus da Aids. Apesar de ser a sétima economia mundial, o País fica em 19º lugar no ranking dos 22 países que concentram 80% dos casos da doença em todo o mundo.

Cerca de metade da população brasileira acredita que a tuberculose não existe mais. Por isso, é preciso identificar a doença ao menor sinal – como tosse persistente por mais de três semanas. O diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenção.

Ainda não há vacina para evitar a doença que funcione com eficácia para adultos maiores de 15 anos – embora já existam estudos em andamento. No entanto, crianças podem ser protegidas com a vacina BCG, que deve ser tomada logo após o nascimento, de preferência ainda na maternidade. A vacina é muito efetiva para proteger a criança contra a tuberculose e principalmente contra algumas formas graves como a meningite tuberculosa, que pode acometer crianças pequenas.

 

Você precisa saber

O QUE É?
- A tuberculose é causada por um microrganismo chamado bacilo de Koch, conhecido também pelo seu nome científico de mycobacterium tuberculosis. Apesar de atingir principalmente os pulmões, pode ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

CAUSAS E FORMAS DE CONTÁGIO
- Baixa imunidade, desnutrição, alcoolismo, tabagismo e doenças imunossupressoras, como a Aids, favorecem o aparecimento da tuberculose.
- A bactéria que causa a doença espalha-se pelo ar através da fala, tosse ou espirro de pessoas portadoras de tuberculose e que não estão em tratamento.

SINTOMAS

- Tosse seca e contínua, sobretudo no início do quadro.
- Tosse com catarro quando a doença evolui.
- Febre baixa, geralmente no final da tarde.
- Suores noturnos.
- Perda de apetite e perda de peso.
- Fraqueza, cansaço e prostração.
- Em casos mais graves, há dificuldade para respirar, dor no peito e tosse com pus e/ou sangue.

DIAGNÓSTICO
- Inclui exame clínico e pode envolver radiografia de tórax e investigação da presença do bacilo no organismo.

TRATAMENTO
- Para que haja cura da doença, é necessário que o tratamento (disponível em postos de saúde) seja feito até o final.

PREVENÇÃO
- Crianças devem tomar a BCG nos primeiros meses de vida. Para adultos, ainda não existe vacina eficaz.

 

  

SAÚDE
PASTILHAS DO SEXO

Anunciada como uma das grandes novidades de 2011 no mercado de drogas voltadas ao público masculino, o Levitra ODT – criado pela Bayer HealthCare – chega como uma alternativa para homens que resistiam ao tratamento convencional por vergonha de tomar as pílulas junto a um copo d’água antes da relação sexual. A aparência do medicamento, similar a uma pastilha, com sabor de menta, pode ajudar a driblar este constrangimento, já que é mais discreta.

O presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (seção São Paulo), Archimedes Nardozza Junior, diz que o efeito do Levitra é o mesmo do que o do comprimido tradicional, mas, por ser orodispersível (dispensa o uso de água), pode ter seu efeito e tempo de resposta aumentado no organismo.

Apesar da novidade fazer brilhar os olhos de muitos homens, é preciso de cautela: tanto o Levitra (já existente no mercado desde 2003 na versão comprimidos) como seus concorrentes são eficazes em homens com problemas em funções eréteis e não servem para melhorar o ímpeto sexual, a capacidade de ejaculação ou de ter orgasmos. Além disso, tomar medicamentos sem prescrição pode ser mortal, sobretudo com aqueles para tratar problemas cardíacos e que contêm nitratos.

 


SAÚDE
POR TRÁS DOS TIQUES

Entenda mais sobre a doença – que é repleta de preconceito – e saiba o que os especialistas indicam para minimizar os sintomas

A estranheza que os gestos e as falas de Paula, 31 anos, causavam nas pessoas fez com que ela vivesse dois anos saindo de casa apenas para o essencial. Os tiques que tanto envergonhavam a mulher, que pediu para ter o nome verdadeiro preservado, apareceram pela primeira vez aos 19 anos, com um piscar de olhos excessivo. A medicação indicada teve efeito inverso. Surgiram espasmos nos braços e nas pernas e alterações vocais. Os trejeitos nem incomodavam tanto a jovem, não fosse os olhares preconceituosos que a cercavam.

“É comum me perguntarem na rua se preciso de ajuda. Aprendi a conviver e nem ligo mais. Meus pais pediam para eu me acalmar, porque achavam que era ansiedade. Meu ex-marido insistia para eu me controlar em locais públicos”, desabafa Paula, que se indignava em ter de repetir que não fazia caretas e emitia ruídos por vontade própria ou nervosismo. Até Paula encontrar um diagnóstico correto, se passaram seis anos. Em 2005, recebeu o diagnóstico de Síndrome de Tourette. Já tomou 30 tipos de remédios, mas não está curada.

O problema de Paula atinge 1% da população e pode ter várias classificações (leia ao lado). Mas esse número pode ser maior: só os casos mais graves são contabilizados, quando os pacientes procuram ajuda médica. A coordenadora do Departamento Científico do Transtorno do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia, Vanderci Borges, lança um desafio. “É comum conhecermos alguém que faz gestos repetitivos, que podem ser motores, como um balançar de cabeça ou um piscar de olhos constante, ou vocais, como pigarrear ou repetir palavras”, destaca a especialista.

Os tiques tendem a ser mais prejudiciais pelo preconceito que os rodeiam do que pelos sintomas em si. A psiquiatra Ana Hounie, autora do livro “Tiques, Cacoetes, Síndrome de Tourette: um Manual para Pacientes, seus Familiares, Educadores e Profissionais de Saúde” (Artmed, 2005) destaca que, apesar de corriqueira, ainda é pouco entendida pela população. “A expressão tique nervoso é mentirosa. A ansiedade aumenta os ataques, mas alguém não começa a ter tiques depois de um forte estresse se já não tiver a doença no seu DNA”, avalia.

Doença ainda obscura para a ciência, os tiques são desencadeados pela produção excessiva de dopamina, um dos principais neurotransmissores cerebrais. Essa disfunção pode ser desencadeada na infância, por infecções, ou mesmo com o uso de substâncias psicoativas, como a cocaína, mas depende de pré-disposição genética.

Ainda não existe um medicamento específico para conter as crises. Drogas para doenças psicológicas e anti-hipertensivos são algumas alternativas. Como quanto maior a potência do medicamento, mais chances de efeitos colaterais, recomenda-se que eles só sejam receitados quando a convivência social do paciente e a autoestima estiverem abaladas.

“O melhor remédio é orientar quem cerca a pessoa, principalmente na fase escolar para evitar que a criança seja vítima de bullying”, diz o coordenador do ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital São Lucas da PUCRS, André Dalbem.

 

KAMILA ALMEIDA

 

 

Mortalidade
Em 2011, até junho, 41 bebês morreram antes de completar um ano de idade. É o mesmo número de 2009 – em 2008 e 2010 foram 37.

 

 

 

Visor

A Rede Feminina de Combate ao Câncer, de Florianópolis, promove quarta-feira, no Salão Paroquial da Trindade, um sorteio especial de prêmios. As cartelas estão disponíveis na sede da RFCC, que fica ao lado do Hospital Infantil, e também na loja Cravo & Canela Lingerie. Além de colaborar na arrecadação de verbas para a manutenção da entidade presidida por Márcia Blini Barbosa, os participantes concorrerão a produtos de ótima qualidade

 

 

 

 

MOACIR PEREIRA

Os dilemas da saúde

Constatações feitas por profissionais, autoridades e, sobretudo, pelos milhares de pacientes que sofrem nas emergências dos hospitais públicos, penam nas intermináveis filas das cirurgias de média e alta complexidade, revelam o caráter emergencial de uma reforma que não está no noticiário político e que precisa de muito mais atenção dos governantes: a reforma do setor da saúde.

O diagnóstico já é conhecido. O SUS é uma ideia revolucionária de democratização da assistência médico-hospitalar, mas está cada vez mais longe de cumprir com o dever constitucional. Os honorários pagos andam totalmente defasados há muito tempo, comprometem até a sobrevivência dos hospitais comunitários e filantrópicos e inviabilizam as unidades públicas.

A falta de gestão é uma constante nos hospitais públicos. A inexistência de serviços de pronto-atendimento na maioria dos municípios agrava ainda mais o sistema. Exemplos estão na Grande Florianópolis. As Unidades de Pronto Atendimento oferecem serviços qualificados e reduzem a demanda de pacientes nos hospitais estaduais. Já em São José, o Hospital Regional é o único para emergências mais simples e, por isso, vive abarrotado.

Há outros desafios a enfrentar. Eles não têm a mesma visibilidade, mas a gravidade é idêntica. A judicialização da saúde é um deles. As ações que se multiplicam na Justiça para a aquisição de medicamentos importados, muitas vezes com similar nacional, é outro. O funcionamento do seguro-saúde, um terceiro. Os direitos dos segurados-pacientes, muitas vezes fixados em contratos com letras que escondem cláusulas leoninas, inserem-se entre outras adversidades. E os casos de corrupção?

Esta diversificada temática mereceu uma atenção especial de dois juízes: Hélio do Valle Pereira, da Unidade da Fazenda Pública de Florianópolis; e Romano Enzweiller, da 4ª Vara Criminal de São Bento do Sul. Trabalharam durante três anos, indicaram uma verdadeira seleção de especialistas e organizaram o livro Curso de Direito Médico, da Conceito Editorial. Na realidade, uma pequena enciclopédia que tem tudo para se transformar num vade-mécum na área da saúde.

Uma criteriosa seleção de talentosos especialistas da magistratura, da medicina, da advocacia e do magistério oferece pertinentes e profundas reflexões acadêmicas e profissionais sobre uma questão delicada e grave, que representa, hoje, o maior problema dos catarinenses. Um tema que tende a ganhar interesse ainda maior pela complexidade que vem adquirindo com novas experiências lançadas pelo Estado – como a tese das organizações sociais – para tentar amenizar o sofrimento da cidadania mais carente, justamente a que mais pena nas unidades sanitárias e hospitalares mantidas pelo poder público.

Os autores têm larga experiência profissional, funcional e acadêmica. Além de Hélio do Valle Pereira e Romano José Enzweiller, textos primorosos de Luiz Cesar Medeiros, Jaime Ramos, Olavo Rigon Filho, Jânio de Souza Machado, Ylmar Correa Neto, Cláudia Galiberne Ferreira, Jonas de Melo Filho, Ingo Wolfgang Scarlet, Mariana Figueiredo, Alan Índio Serrano, João Batista Lazzari, Keila Branco Hoeller, Fábio Firmino Lopes, Rodrigo Bertoncini, Alexandre Luiz Ramos e Rodrigo Valgas dos Santos.

Ali são abordadas, com maestria e clareza, em mais de 500 páginas, questões tão relevantes para a cidadania quanto responsabilidade civil, perícia médica, judicialização da saúde, SUS, reparação de danos morais, planos de saúde, relação médico-paciente, centralismo e pacto federativo, responsabilidade médica e omissão do Estado na saúde, entre outros.

Obra de leitura obrigatória de parlamentares e governantes. Talvez se sensibilizassem com os problemas da população, aprovando logo a Emenda 29, que vai completar 11 anos de tramitação e enrolação no Congresso Nacional.


 


Saúde
A Procuradoria Geral do Estado comemora a liminar concedida pelo Tribunal de Justiça que mantém o pregão que permitirá a compra de equipamentos para o Hospital Celso Ramos, de Florianópolis.
A segunda colocada no pregão da Secretaria da Saúde havia obtido um mandado de segurança para impugnar o certame na Vara da Fazenda Pública.

 

 

 


Tuitando
#As entidades médicas e hospitalares se reúnem hoje para discutir o futuro do mutirão das cirurgias. Reclamam que não foram ouvidas quando da concepção do programa. Nesta segunda começam as operações de vesícula em Joinville

 

E a Vida Segue
O governo tem dinheiro. O governador é o grande incentivador do mutirão de cirurgias. Há empenho, há uma lista represada, e de repente o projeto tropeça. Qual o interesse?

 


Países podem criar sociedade de transplantes  Lages,


Especialistas em transplante de medula óssea do Brasil e da América do Sul estão estudando a possibilidade de criação de uma sociedade latinoamericana, em atendimento a uma solicitação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é que essa entidade possa representar a região e fornecer dados epidemiológicos para a OMS.

A informação foi divulgada presidente do 15º Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), o hematologista Luis Fernando Bouzas. Ele é diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e coordenador nacional do Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome).

O congresso aconteceu no Rio de Janeiro. O Redome conta atualmente com 2,4 milhões de doadores. “É o terceiro maior registro do mundo e tem captação anual de 400 mil a 500 mil doadores. É um dos registros que mais cresce no mundo e é abrangente, ou seja, está buscando doador em todas as partes do país, baseado na rede dos hemocentros e dos laboratórios de histocompatibilidade que, atualmente, estão bem disseminados”.
 
O Inca busca agora a qualificação do registro, para que seja em quantidade suficiente, e que os doadores estejam fidelizados, mantenham seus cadastros em dia e possam ser localizados facilmente em caso de necessidade, disse Bouzas. Outra meta é buscar, dentro da população brasileira, segmentos específicos que apresentam dificuldade genética em encontrar doador. Um exemplo é a baixa participação de pessoas orientais.