A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu mais um grande passo no tratamento de pessoas com pós covid-19. A pasta publicou o Protocolo de Reabilitação da Covid-19 na Atenção Primária à Saúde (APS), elaborado para auxiliar no atendimento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) após o período agudo da infecção pelo SARS-CoV-2, no âmbito da APS, com apoio da Atenção Especializada por meio de Ambulatórios de Atenção Especializada (AAE) e dos Centros Especializados em Reabilitação (CER).
As orientações partem da premissa que o atendimento ocorra de forma multiprofissional, com integração das especialidades, sempre que possível, e levando em conta os atributos de acessibilidade, integralidade, longitudinalidade e atendimento humanizado.
Aliado a isso, a SES, por meio da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), aprovou regras para o cofinanciamento estadual a fim de implementar equipes na Atenção Primária à Saúde para atuar na reabilitação domiciliar de pessoas com limitação física e funcional, especialmente para portadores de Síndrome Pós-Covid-19.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, a aprovação desse programa pela CIB é uma demonstração efetiva de que o governo do Estado de Santa Catarina pensa saúde pública de forma diferenciada. “Esse vírus, há dois anos nos desafia. Temos atuado em todas as frentes para combatê-lo. Seja com atenção total a nossa rede hospitalar, foco na vacinação e agora este acompanhamento pós infecção para fechar o ciclo de apoio aos nossos catarinenses”.
A condição pós Covid-19 ocorre em indivíduos com história de provável ou confirmada infecção por SARS-CoV-2, geralmente 3 meses a partir do início da doença, com sintomas que duram pelo menos 2 meses, e não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo. Os sintomas mais comuns incluem fadiga, falta de ar, disfunção cognitiva e disfunção motora, entre outros. Grande parte dos casos conseguem ser manejados na APS, a partir de agora, com apoio das Equipes de Reabilitação Domiciliar (ERD).
Como funcionará
As equipes serão compostas por pelo menos 2 (dois) profissionais, sendo 1 (um) fisioterapeuta e outro de educação física ou terapeuta ocupacional, ou ainda um outro fisioterapeuta. A reabilitação pulmonar e motora são recomendadas principalmente para favorecer a recuperação físico-funcional de pacientes pós covid-19.
O programa de reabilitação é realizado de forma individualizada, considerando as necessidades e o comprometimento funcional de cada pessoa. Atualmente com o auxílio da tecnologia, existe também a modalidade de telereabilitação, que permite a monitorização, a prescrição e o controle à distância das atividades de reabilitação, permitindo maior segurança aos pacientes e familiares.
As equipes atuarão 40 horas semanais. O valor mensal por ERD é de R$ 3.000,00, sendo repassado fundo à fundo ao município.
Como aderir
Para implementar o programa, o Gestor Municipal deverá encaminhar um ofício à Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS) da SES informando ter a equipe para atuação na ERD, com dados sobre início do atendimento.
Os detalhes da adesão e monitoramento das Equipes de Reabilitação Domiciliar (ERD) na APS podem ser conferidos na pdf Deliberação 275/CIB/2021 .
Dúvidas e contato sobre a adesão podem ser realizados através do email daps@ses.sc.gov.br.