A Matriz de Risco Potencial divulgada neste sábado, 17, pelo Governo de Santa Catarina e Secretaria de Estado da Saúde (SES) classificou todas as 16 regiões catarinenses em alerta gravíssimo (cor vermelha) para transmissão do novo coronavírus.
No último boletim, divulgado em 10 de abril, as regiões Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí e Grande Florianópolis estavam classificadas para o nível grave. Todas as 16 regiões catarinenses apresentaram nota quatro, o nível mais elevado, na dimensão de Capacidade de Atenção, que é aquela que aponta a ocupação de leitos hospitalares.
pdf Confira a avaliação de risco potencial divulgada em 17/04/2021
A atualização do risco potencial das regiões do estado para a próxima semana demonstra que todas as dezesseis regiões de saúde do Estado estão classificadas com risco gravíssimo. Isso evidencia que todo o estado permanece em alerta máximo em relação ao novo coronavírus, principalmente em relação à capacidade de atenção, com todas as regiões apresentando leitos de UTI adulto reservado para COVID-19 operando em sua capacidade máxima, próximo aos 100% de ocupação.
As regiões Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Grande Florianópolis e Foz do Rio Itajaí, que na semana passada estavam classificadas em nível grave, passaram para o nível gravíssimo, principalmente por conta das mudanças na dimensão transmissibilidade. Este aumento da transmissibilidade nestas regiões reflete um aumento no número de casos ativos detectados na última semana, podendo ser explicado, em parte, por uma possível redução na adesão das medidas de distanciamento social.
Foi observada uma redução de 25% na média móvel de óbitos por Covid-19 nos últimos 14 dias, e uma redução de 19% nos últimos 7 dias.
Já em relação aos casos ativos, observa-se uma redução de 26% na média móvel dos últimos 14 dias, e uma estabilização nos últimos 7 dias
Embora tenha sido observada uma redução na média móvel de óbitos por Covid-19 além de uma desaceleração na taxa de crescimento do número de casos ativos, a melhora nesses indicadores não foi suficiente impactar na avaliação de risco potencial estabelecida pela Matriz regionalizada, uma vez que é a mesma composta por um conjunto de indicadores que são avaliados em separado para cada região. Além disso, a estabilização no número de casos ativos observada em todo o Estado nos últimos 7 dias, permanecendo em um patamar elevado, contribuiu para a manutenção do nível gravíssimo em todas as regiões.
Vale ressaltar que tem tido bastante peso na avaliação da matriz a ocupação dos leitos de UTI-COVID, que tem estado próximo de 100% em todas as regiões do Estado, algumas inclusive com fila de espera por leitos, além do número de casos ativos e infectantes, que ainda se encontra elevado em todas as regiões.
Desta forma, a Secretaria de Estado da Saúde reitera a toda a sociedade catarinense a importância da intensificação da medidas de prevenção (uso da máscara, distanciamento social, evitar aglomerações e lavagem frequente das mãos), além do trabalho intensivo que vem sendo sendo feito pelos municípios tanto nas ações de fiscalização do cumprimento das medidas de distanciamento social, quanto do aumento da cobertura vacinal. As estratégias empregadas pelos municípios que buscam vacinar o maior contingente possível de pessoas no menor espaço de tempo, tanto por meio da busca ativa, quanto por meio de postos itinerantes, são essenciais para promover uma ampla proteção da população contra a Covid-19, tanto na aplicação da primeira dose (D1) quanto na aplicação da segunda dose (D2).
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