No mês de conscientização da leucemia, Estado reforça a importância do diagnóstico precoce e a doação de medula 

Fevereiro laranja é o mês dedicado à conscientização sobre a leucemia. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) destaca a importância do diagnóstico precoce, atenção aos sinais de alerta e a doação de medula óssea. Santa Catarina possui uma rede de atendimento com nove hospitais que atendem os pacientes com leucemia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com cobertura em todo o estado.

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Imagem: Freepik

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), Santa Catarina deve registrar 760 novos casos da doença em 2025. A leucemia é um câncer que afeta as células sanguíneas da medula óssea, principalmente os glóbulos brancos, geralmente de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

A doença é classificada conforme o tipo de célula afetada e a velocidade de progressão. O tratamento varia de acordo com o subtipo e a condição do paciente, podendo incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, transplante de medula óssea e terapias-alvo.

Rede de atendimento

Em Santa Catarina os pacientes oncológicos são tratados com prioridade por meio da  Linha de Cuidado à Atenção Integral ao Paciente Oncológico. Um avanço no sistema de saúde catarinense que busca proporcionar mais agilidade e eficácia no atendimento aos pacientes diagnosticados com câncer. 

O tratamento para leucemia ocorre em nove unidades de saúde. Eles oferecem assistência especializada e integral ao paciente com câncer, atuando no diagnóstico, estadiamento e tratamento, além de garantir a qualidade dos serviços de assistência oncológica e a segurança do paciente.

As unidades são: Hospital São José, de Criciúma; Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) e Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis; Hospital Santo Antônio, de Blumenau; Hospital Infantil Jeser Amarante farias, de Joinville; Hospital Regional do Oeste, de Chapecó; Hospital Geral e Maternidade Tereza Ramos, de Lages; e Hospital Universitário Santa Terezinha, de Joaçaba. 

A Unidade de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) do Cepon é referência nacional em transplantes autólogos e alogênicos. Em 2024, realizou 119 transplantes. Os números ressaltam a importância do diagnóstico precoce e a necessidade da doação de medula óssea para salvar vidas.



Sintomas

O diretor-geral do CEPON, Dr. Marcelo Zanchet, reforça a importância da atenção aos sinais da leucemia e da realização de exames de rotina. "O diagnóstico é feito por exames como hemograma e mielograma. Muitas vezes, a leucemia não apresenta sintomas no início, e os sinais variam entre os pacientes e conforme o tipo da doença", explica.

Os sintomas da doença podem variar de pessoa para pessoa e conforme o tipo de leucemia. Alguns dos sinais de alerta incluem febre de origem inexplicável, infecções frequentes, sensação de fraqueza e fadiga constante, perda de apetite e emagrecimento sem causa aparente. Além disso, pacientes podem apresentar sangramentos nasais ou gengivais, hematomas sem motivo aparente, dificuldade para respirar, anemia, suores noturnos, inchaço dos nódulos linfáticos, dores nos ossos ou articulações.

Ao notar qualquer um desses sintomas, a orientação é buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. Se for necessário, o paciente é encaminhado para um hospital de referência.

A cura

A gerente técnica e hematologista do CEPON, Dra. Mary Anne Taves, reforça que há possibilidades de cura para a leucemia, dependendo do tipo e do estágio da doença. "Receber um diagnóstico de câncer nunca é fácil, mas é importante lembrar que a leucemia tem tratamento e pode ser curada. Embora não haja medidas específicas de prevenção, é importante manter um estilo de vida saudável, evitar exposição a substâncias tóxicas e realizar exames periódicos", orienta.

A cura de doenças como a leucemia depende da doação de medula óssea. Ampliar o número de doadores é fundamental para aumentar as chances de encontrar medulas compatíveis. Para doar, basta estar saudável, ter entre 18 e 35 anos e procurar uma unidade do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc).

Cadastre-se como doador. Clique aqui e saiba mais.

https://www.hemosc.org.br/cadastro-para-doacao-de-medula.html