Modificar o destino de quem mais necessita de ajuda é a essência de quem atua na linha de frente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Diante das adversidades diárias, os profissionais médicos das Unidades de Suporte Avançado (USAs) passam por capacitações contínuas. Esses treinamentos vão além do conhecimento técnico, abrangendo habilidades práticas, como trabalho em equipe e tomada de decisões sob alta pressão.
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Desde 2022, o Núcleo de Qualidade, Ensino e Pesquisa (NEP) do SAMU tem sido um pilar fundamental nas qualificações médicas. No ano de 2024, todos os profissionais do SAMU/USA receberam certificações. Entre as temáticas abordadas estiveram a cinemática do trauma, atendimento ao politraumatizado, manejo no Atendimento Pré-Hospitalar (APH), afogamentos e controle de hemorragias.
Um desses profissionais é o médico Bruno Quercia Barros, pós-graduado em Medicina de Emergência e Aeroespacial, que dedica sua vida a essa missão há 18 anos. Além de enfrentar o dia a dia intenso nas ambulâncias do SAMU, o profissional é responsável pelo corpo clínico de 280 médicos das Unidades de Suporte Avançado (USA), que salvam vidas em momentos de urgência e emergência.
"Ser médico não é um trabalho comum, não é fácil, pois exige muito de você em todos os aspectos. Para ser médico do SAMU é necessário ter perfil e vocação, além de estar em constante aprimoramento: precisa ser rápido e assertivo na tomada de decisões e saber que você pode ser o conforto para as famílias em meio ao caos”, explica Barros, que atua como diretor-técnico do SAMU/FAHECE.
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Com 17 anos de experiência também em operações aeromédicas do SAMU em Florianópolis, Barros destaca que o trabalho nas alturas também exige resiliência, empatia e paixão. Em 2014, um tripulante de uma embarcação pesqueira que estava próxima de Bombinhas, em alto mar, passou mal e a equipe do médico foi acionada. “Como não havia condições de pairar em cima do barco por causa do mastro, saltei no mar e nadei até a embarcação para realizar os primeiros socorros. Infelizmente, apesar dos esforços, o trabalhador, que havia sofrido uma parada cardiorrespiratória, veio a óbito”, recorda.
Esses esforços não apenas aprimoram as práticas dos profissionais do SAMU, mas também transformam diretamente a vida dos pacientes, promovendo acolhimento por quem recebe atendimento. Uma situação marcante dessa gratidão, é de um atendimento que o médico realizou no ano de 2008.
Durante uma ocorrência na BR-101, em Florianópolis, Barros persistiu na reanimação cardíaca do condutor de uma moto, apesar dos poucos sinais vitais após a parada cardiorrespiratória. Após dois anos em coma, o condutor se recuperou e quis conhecer quem havia salvado sua vida. Hoje, Everson Rodrigues, 47 anos, inspirado pela experiência transformadora que viveu, atua como enfermeiro no Hospital Escola (HE) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). "Tenho orgulho de ter contribuído para que Everson encontrasse um propósito de vida e, por meio da profissão que escolheu, pudesse ajudar também outras pessoas", confessa Barros.
Fonte: Comunicação SAMU/FAHECE
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