Sinais como manchas na pele com alteração da sensibilidade, dores na articulação, edemas e nódulos no corpo, são alguns dos sintomas da Hanseníase. O Dia mundial de Combate e Prevenção a Hanseníase, é comemorado este ano no dia 26 de janeiro com o objetivo de alertar a população e os profissionais de saúde sobre os principais sinais e sintomas da doença, visando detectar e tratar precocemente os novos casos, interromper a transmissão, prevenir as incapacidades físicas e combater o estigma e a discriminação.
Embora curável, a doença permanece endêmica em várias regiões do mundo. No Brasil é considerada um problema de saúde pública, pois ocupa a segunda posição mundial em número de novos casos da doença diagnosticados anualmente. Em 2023, o país registrou um total de 22.773 casos, destes 958 foram diagnosticados em crianças.
Dentre os estados, Santa Catarina encontra-se entre os que estão com redução de casos. “Em 2023, tivemos um total de 143 novos casos diagnosticados, 1,95 por 100 mil habitantes. Quatro crianças foram diagnosticadas e a taxa de detecção de 0,28 casos por 100 mil habitantes manteve o parâmetro de baixa endemicidade para essa faixa etária”, destaca Regina Valim, gerente de IST, HIV/AIDS e Doenças Infecciosas Crônicas.
Os dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) do ano de 2024, mostram que foram notificados 111 casos novos, sendo 4 em menores de 15 anos de idade.
Apesar de o estado ter apresentado indicadores de média e baixa endemicidade nos últimos anos, uma parte dos casos é diagnosticada de forma tardia, já com grau de incapacidade física. Dos casos avaliados em 2024, 16,8% apresentam grau 2 de incapacidade física. A proporção de cura dos novos casos, até o momento, foi de 71%.
A doença
É infecto-contagiosa causada por uma bactéria e sua transmissão ocorre principalmente através das secreções respiratórias e por meio do contato íntimo prolongado com indivíduos não tratados. A evolução da enfermidade pode ser lenta e os sintomas podem levar até cinco anos para aparecer após a contaminação. Os principais sinais incluem manchas dormentes na pele e diminuição da sensibilidade nas extremidades do corpo. Sem tratamento adequado, pode haver desenvolvimento de complicações severas.
Prevenção
Para um diagnóstico precoce, é essencial que as pessoas estejam atentas aos sinais que o corpo apresenta. “O tratamento é gratuito e varia entre seis a doze meses dependendo da forma clínica apresentada pelo paciente. É importante ressaltar que aqueles diagnosticados podem continuar suas vidas normalmente entre amigos e familiares sem restrições sociais”, destaca a gerente.