Hospital Infantil Joana de Gusmão realiza mutirão de consultas oftalmológicas

A visão é um dos sentidos mais cruciais para o desenvolvimento e aprendizado das crianças. No entanto, algumas condições oftalmológicas podem passar despercebidas, sendo a ambliopia uma delas. Neste sentido, o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), em Florianópolis, realizou um mutirão de consultas oftalmológicas buscando a detecção da doença. A ação ocorreu no dia 11 de novembro. Foram atendidas mais de 60 crianças com idade entre 0 a 7 anos, de diversas regiões do Estado.

Em uma sala de atendimento oftalmológico, uma profissional de camisa verde e óculos transparentes examina o olho de uma criança sentada em uma cadeira de atendimento médico. Ao lado, outra profissional de jaleco branco com logotipo no braço esquerdo observa atentamente o procedimento. Ao fundo, há uma maca, um banco com degraus e equipamentos médicos.

A oftalmologista Silvia Vieira dos Santos explica que essa ação faz parte da Campanha Ibero-Americana de Prevenção e da Ambliopia que tem como objetivo informar a população sobre a doença, também conhecida como “olho preguiçoso”. "Nós nos integramos a essa grande ação com a realização desse mutirão. Atendemos pacientes que estavam inseridos na fila de consultas oftalmológicas no Estado. Aproveitamos o momento e fizemos não apenas a detecção da ambliopia, mas também exames completos, com dilatação da pupila e fundo de olho”, explica.

A ambliopia possui um tempo ideal para tratamento, chamado de plasticidade sensorial, onde o cérebro tanto pode ganhar visão ou perder visão. Esse período vai até os 7 anos de idade. “Os pacientes foram selecionados pela possibilidade de tratamento. Mas como realizamos exames completos, a gente pôde verificar várias patologias, inclusive cirúrgicas. Então, esses pacientes, tiveram o seu devido encaminhamento. Os pacientes que precisavam de óculos já saíam com as armações”, completa a médica.

O mutirão contou com uma equipe de oftalmogistas do Hospital Infantil, além de residentes do Hospital Celso Ramos e do Hospital Regional de São José. 

“Foi muito gratificante, porque nós conseguimos ver alguns casos bastante significativos de pacientes que não tinham bom rendimento escolar, de pacientes com graus altíssimos, e que estavam prejudicando significativamente o seu desenvolvimento”, finaliza.

Dentro de uma sala de atendimento, uma mulher de cabelos ruivos e blusa preta abraça uma menina de cabelos cacheados ruivos enquanto juntas observam uma caixa aberta cheia de armações de óculos organizadas em fileiras. A menina veste blusa de manga longa com estampa de corações pretos e brancos, e calça preta. Ao lado, há uma maca e alguns objetos pessoais sobre ela.

Sobre a ambliopia

 A ambliopia é uma condição visual em que um ou ambos os olhos não desenvolvem visão normal durante a infância. Isso ocorre quando o cérebro favorece um olho em detrimento do outro, resultando em visão prejudicada no olho menos utilizado. Em muitos casos, ela não é detectada imediatamente, o que a torna uma preocupação significativa para os profissionais de saúde ocular.

Diversos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento. Entre eles, destacam-se estrabismos, diferenças significativas na acuidade visual entre os dois olhos e obstruções visuais, como catarata congênita. Além disso, histórico familiar de ambliopia, prematuridade e baixo peso ao nascer são considerados fatores de risco.

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz. Crianças geralmente não manifestam sintomas óbvios, o que ressalta a importância de exames oftalmológicos regulares durante os primeiros anos de vida. Profissionais de saúde visual recomendam exames de visão a partir dos seis meses de idade, seguidos por avaliações periódicas.

 

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Karla Lobato
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