O Hospital e Maternidade Imigrantes, localizado em Brusque, unidade privada contratualizada com Governo do Estado, está promovendo um mutirão de exames de Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE). O exame é fundamental para o diagnóstico e tratamento das doenças pancreáticas e biliares. Desde junho de 2024, quando iniciou a ação, são realizados uma média de 25 exames mensais.
Foto: Divulgação Hospital Imigrantes
A CPRE é uma técnica de diagnóstico e tratamento que, na maioria das vezes, permite a intervenção de forma minimamente invasiva e sem a necessidade de cortes, resolvendo por exemplo no caso de cálculos biliares impactados, quando o cálculo migra da vesícula biliar. Essas doenças podem afetar pessoas de todas faixas etárias.
“O processo para a realização da CPRE envolve exames pré-operatórios de imagem e sangue, além de uma avaliação pré-anestésica e, em alguns casos, uma consulta com um cardiologista. O paciente é internado na véspera do exame e deve permanecer em jejum, recebendo anestesia geral. Um duodenoscópio é então introduzido para visualizar a papila duodenal, onde estão localizados o ducto biliar principal e o ducto pancreático. Após a identificação dessa estrutura, realizamos o cateterismo e a colangiografia para diagnosticar problemas na região, utilizando uma variedade de materiais, como papilótomos, balões extratores, balões dilatadores, fios guia e próteses biliares e pancreáticas”, explica o cirurgião geral, coloproctologista e endoscopista, Sebastião Dutra de Morais Junior.
Os pacientes atendidos vêm principalmente do Alto Vale do Itajaí, do Vale Europeu e de municípios como Joaçaba, Ibirama, Rio do Sul, Ilhota, Gaspar, Brusque, Ituporanga, Araquari, Rodeio, Rio dos Cedros, Águas Frias, Caçador e Porto União. O hospital também recebe, ocasionalmente, pacientes da região metropolitana de Florianópolis.
O Hospital Imigrantes é contratualizado com a Secretaria de Estado da Saúde e recebe um incentivo fixo mensal de R$1.138.000,00 pelo Programa de Valorização Hospitalar. Além disso, a unidade pactuou a realização de cirurgias eletivas de média e alta complexidade em diversas especialidades, com pagamentos que podem chegar a R$ 3,9 milhões mensais, conforme a produção.