“Eu procurei um médico, e ele disse que era câncer de pele. Eu não acreditei, começou com uma ferida que não cicatrizava e sangrava. Apareceu em vários lugares do corpo: na perna, no braço, no peito. Fiz algumas cirurgias também. Quem tem pele clara deve procurar imediatamente um posto de saúde ou um dermatologista. Essa é a primeira coisa a fazer, para que o câncer não cresça e não se enraíze. Porque a pessoa sofre muito depois”, relata Osni Gilberto Hillesheim, 67 anos, aposentado e morador de São José que realiza o seu tratamento no Hospital Santa Teresa (HST), unidade própria do Governo do Estado.
O Hospital é referência em tratamento dermatológico em Santa Catarina e nesta semana está realizando um mutirão de cirurgias de pele, com a expectativa de realizar 100 procedimentos.
A unidade oferece um tratamento completo para doenças dermatológicas, incluindo o câncer de pele. O diagnóstico é realizado por meio de exame clínico, dermatoscopia manual e videodermatoscopia digital. De janeiro a novembro, a unidade registrou 22.724 consultas em dermatologia e 3.798 cirurgias ambulatoriais. Além disso, entre agosto e novembro, foram realizadas 254 biópsias de pele.
Francisco Miguel Nunes, 80 anos, morador de Florianópolis, foi um dos pacientes atendidos pelo mutirão. “Primeiro, começou com uma coceira e eu achei que podia ser alergia a algum alimento, então fui ao médico e precisei operar. Sou bem atendido aqui no hospital, todos os profissionais são muito legais”, afirma.
O médico dermatologista Roberto Amorim Filho explica que o caso do paciente Francisco é um carcinoma basocelular (CBC), que é o tipo de câncer de pele mais comum e menos agressivo.
“A lesão está localizada no tórax, uma área de baixo risco. A maior preocupação costuma ser com lesões no nariz, na face e próximas aos olhos, devido à dificuldade de reconstrução e ao resultado estético. Ele faz acompanhamento no hospital, tendo sido encaminhado pela teledermatologia, por meio do serviço da Secretaria de Estado da Saúde. A cirurgia foi um procedimento simples e rápido, com duração de cerca de 30 minutos. Ele poderá retirar os pontos em duas semanas e retomar sua vida normal”.
A unidade conta com uma equipe multidisciplinar, composta por médicos dermatologistas, enfermeiras estomatologistas (especializadas em feridas), psicólogas, fisioterapeutas e nutricionistas, Assistente Social, Educador Físico, Terapeuta Ocupacional e Fonoaudióloga. O suporte médico é complementado por clínicos gerais e psiquiatras, quando necessário. O Hospital Santa Teresa ainda dispõe de 108 leitos de enfermaria.
“A realização dessa semana de mutirão é de suma importância, pois estamos preocupados com os números, principalmente com o diagnóstico de câncer de pele. Também temos a intenção de que, em 2025, possamos manter eventos semelhantes, justamente para diminuirmos a fila de espera no estado, que não é pequena para esse tipo de procedimento,” explica o diretor do HST, José Augusto da Silva Velho.
Onde buscar atendimento
É fundamental estar atento às mudanças na pele. Para qualquer alteração, a orientação é buscar atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima da residência. O Hospital Santa Teresa atende pacientes de todo o Estado, mediante regulação e encaminhamento pelo Sisreg. “O paciente é encaminhado pela Unidade Básica de Saúde, após um laudo da Teledermatologia. Após a primeira avaliação no hospital, são agendados retornos para acompanhamento dos casos que necessitem de seguimento”, explica o dermatologista do HST, Gustavo Moreira Amorim.
Mais informações:
Josiane Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
(48) 99134-4078
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