Nesta terça-feira, 12, encerrou um ciclo de palestras do Projeto Educa SAMU para crianças e adolescentes de nove escolas da Rede Municipal de Biguaçu. Foram 16 palestras para 560 alunos dos períodos matutino e vespertino, neste segundo semestre de 2019. Entre os assuntos abordados estão a funcionalidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), orientações acerca das necessidades das chamadas e a importância de não passar trotes ao 192.
“Foram mais de 500 alunos que tiveram essa educação em saúde, onde contaram com palestras próximas de suas realidades, de ensinamentos básicos, mas imprescindíveis para o conhecimento social”, destacou a Especialista e Mestre em Pedagogia, Basilicia Pedro Laurindo. “Houve uma ótima aceitação nas redes, entre os colégios e em grupos de terceira idade. Queremos repetir esse êxito em 2020, que teremos, mais uma vez, agenda cheia para palestras nas cidades da Grande Florianópolis. A primeira deverá ser Antônio Carlos”, completa.
Nos últimos dias, as escolas municipais Viegas, Ruth Reis, Olga e Celina Dias receberam palestras do projeto Educa SAMU.
O que é o EDUCA SAMU?
É uma ação educacional da instituição que objetiva orientar e esclarecer a comunidade sobre o uso correto do serviço, bem como as funções exercidas pelo SAMU 192, enfatizando a importância deste e conscientizando acerca das sequelas que geram ligações indevidas e trotes. O público-alvo é formado por crianças, adolescentes, educadores de escolas públicas e particulares, profissionais da saúde e comunidade em geral. As ações costumam ser executadas por meio de profissionais educadores em oficinas, palestras, reuniões e atividades em geral, as quais possibilitam um espaço de aproximação e de compreensão.
O projeto em números
Como consequência direta das ações do EDUCA SAMU, o número de trotes vem diminuindo consideravelmente. De 2018 para 2019, reduziu-se mais de 40%. No mês de setembro de 2018, por exemplo, as ligações indevidas somavam 4.336; neste ano, elas passaram a ser 2.970. De 2018 para 2019, no primeiro semestre, o SAMU teve uma redução de 12,3 mil trotes – uma diminuição de 42%. O diretor estadual do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Coronel BM Giovanni Fernando Kemper, destaca os resultados significativos do projeto e alerta sobre o mau uso do 192. “O trote pode ser responsável por um atraso num atendimento e, em casos mais extremos, por uma morte. Se uma viatura se desloca para atender a um trote e, ao mesmo tempo, ocorre uma chamada para uma situação real, isso se torna a diferença entre a vida e a morte”, explica.