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CAPACITAÇÃO
Médicos e dentistas da rede pública recebem curso

De segunda-feira a sexta, médicos, dentistas, agentes comunitários, técnicos e agentes de saúde bucal de Joinville participam de cursos de capacitação. Cerca de 300 profissionais devem participar. Os médicos da rede pública vão passar por capacitação sobre tratamento da asma e do refluxo gastroesofágico. Os dentistas e técnicos e auxiliares de saúde bucal participam de curso sobre o protocolo de biossegurança.

 


PLANOS DE SAÚDE
O aumento será de até 7,69%A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou ontem que o índice máximo de reajuste para planos de saúde individuais ou familiares é de 7,69%
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O índice vale para para planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98, com aniversário entre maio de 2011 e abril de 2012. Segundo a agência, o percentual deve recair sobre os contratos de cerca de 8 milhões de consumidores – o que representa 17% dos usuários de planos de saúde no Brasil.

A agência também destaca que alguns contratos, firmados até 1º de janeiro de 1999, também podem ser reajustados pelo índice divulgado pela ANS, caso a regra de reajuste prevista no contrato não seja clara. No caso dos planos coletivos, a negociação é diretamente entre os contratantes e as operadoras – agência não define percentual máximo de reajuste.

A agência orienta os consumidores a observar nos boletos se o percentual e o valor absoluto do aumento estão identificados. Em caso de dúvidas, o usuário pode entrar em contato com a agência por telefone (0800 701-9656) ou pelo site.

Vale ressaltar que o reajuste pode ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato, com permissão para cobrança retroativa no caso da defasagem ser de no máximo quatro meses.

A agência destaca que, caso o usuário mude de faixa etária definida em contrato na mesma época da liberação de reajuste, o plano vaipassar pelos dois aumentos.

O anúncio do reajuste vem em meio a uma série de paralisações e descredenciamentos de médicos de planos de saúde para forçar o reajuste de honorários.

 

VIDA E SAÚDE


ALIMENTAÇÃO
Invista nas fibras
Estudos apontam que benefícios do consumo de alimentos saudáveis vão muito além de manter o intestino funcionando

O efeito das fibras como auxiliares no bom funcionamento do intestino já é bastante conhecido. Novos benefícios estão sendo revelados pela ciência, e as notícias são boas: dois estudos, um americano e outro holandês, constataram que as fibras evitam o acúmulo de gordura visceral, que fica entre o intestino e outros órgãos abdominais, ou seja, reduzem os indesejados “pneuzinhos”.

– Consumir mais de 10 gramas por dia durante o ano reduz quase um centímetro de barriga – explica o pesquisador do Instituto Nacional de Saúde Pública da Holanda, Huaidon Du.

De acordo com especialistas, as fibras substituem a gordura na alimentação, levando, consequentemente, a um controle de peso. Porém, elas também tornam a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar seja absorvido de maneira gradual pelo organismo.

Outra pesquisa, realizada pela Universidade de Illinois (EUA), revela que as fibras na versão solúvel são capazes de melhorar o sistema imunológico, pois transformam células de defesa pró-inflamatórias em anti-inflamatórias. Elas também estimulam o crescimento de bactérias benéficas na flora intestinal.

Mais uma vantagem da ingestão dessas substâncias solúveis seria a sua atração pelas moléculas de colesterol, que acabam sendo eliminadas pelo organismo e, assim, as restantes são aproveitadas pelo fígado e afastadas da corrente sanguínea. Dessa forma, previne doenças cardiovasculares.

Recentemente, pesquisadores também descobriram que a passagem das fibras pelo corpo rende bons frutos para outros órgãos, como os pulmões e o estômago. Segundo os especialistas, comer fibras ajudaria a afastar a doença pulmonar obstrutiva crônica e a gastrite.

A dieta ideal deve conter, no mínimo, 25 gramas de fibras por dia. Invista nos alimentos certos – facilmente encontrados em qualquer supermercado. Confira no destaque.

 

Onde encontrar
Legumes e verduras: couve, brócolis, vagem, espinafre, alface, escarola, repolho, quiabo, berinjela, beterraba, chuchu, couve-flor, cenoura, batata, tomate, cebola
Cereais: grão-de-bico, feijões, lentilha, soja, farelo de trigo integral, aveia, sementes de linhaça e girassol, milho verde, ervilha e arroz integral são bons exemplos.
Frutas: maçã, abacaxi, pera, manga, melão, uva, ameixa, mamão papaia, bergamota e laranja são excelentes fontes. Coma sempre a casca e o bagaço das frutas, quando possível.

 

 

PESQUISAS MÉDICAS | pesquisas médicas

Congelando as gordurinhas
Uma nova técnica promete eliminar a gordura localizada por meio do resfriamento das células. Com o apaerelho batizado de Coolsculting, a criolipólise consiste em sugar a pele da região a ser tratada com um poderoso aspirador, baixando a temperatura da área a 4ºC centígrados, iniciando um processo de morte das células de gordura que levará, em média, dois meses para ser concluído. Cada sessão dura uma hora e o método é indicado para pessoas que estão no peso certo mas têm algum “pneuzinho” localizado.


Morangos reforçam glóbulos vermelhos

Um estudo científico da Universidade Politécnica de Marche (UNIVPM, na Itália) e da Universidade de Granada (UGR, Espanha) aponta que os morangos fortalecem os glóbulos vermelhos frente ao estresse oxidativo, um desequilíbrio relacionado com diversas doenças. Os benefícios se devem à quantidade de compostos fenólicos, como os flavonoides.


Terapia contra o câncer

O câncer de estômago – quarta causa mais frequente de câncer no mundo – pode ser tratado com a terapia gênica, ou seja, com medicações que atuam no gene da célula tumoral e fazem com que haja regressão da doença. Quem chama a atenção para a descoberta é Antonio Weston, diretor da Associação Brasileira de Câncer Gástrico.

– Esta foi a maior novidade anunciada no Congresso Internacional de Câncer Gástrico, que acontece em Seul a cada dois anos – afirma.


 


TRATAMENTO CAPILAR
Polêmica sobre os feitos colaterais
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Finasterida, usado para cessar queda dos fios, carrega a fama de diminuir apetite sexualMesmo que a cultura popular diga que as mulheres preferem os carecas, a maior parte dos homens que sofre de calvície – aproximadamente metade de quem já passou dos 50 anos – gostaria de resolver o problema, por não se sentirem atraentes. Porém, quando os médicos indicam o medicamento conhecido para reviver as madeixas, a solução gera discussões. A finasterida, medicamento que controla a queda, também é famoso pelo efeito colateral, ligado à função sexual.

Um estudo realizado com 71 voluntários da Universidade George Washington (EUA) concluiu que a diminuição de libido provocada pela finasterida permanece em alguns pacientes até 40 meses depois da interrupção do tratamento.

– Em outro trabalho, muitos manifestaram diminuição da libido apenas por acreditarem ter tomado finasterida – diz Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo.

Segundo o especialista, a fama do medicamento está incrustada no subconsciente de algumas pessoas, e o efeito não seria assim tão grave. Não há dúvidas de que a finasterida age sobre a testosterona, substância associada ao desejo. A droga inibe uma enzima que promove a transformação desse hormônio masculino em di-hidrotestosterona (DHT), molécula que, além de aumentar o apetite sexual, causa nos homens com prédisposição genética o enfraquecimento dos cabelos. Logo, esse bloqueio pode reduzir a vontade de fazer sexo, ou até diminuir o volume ejaculatório.

Uma boa notícia é que a suspensão da finasterida é uma prática comum e eficaz. Segundo a Merck Sharp & Dome (MSD), laboratório que fabrica o remédio desde 1998, as consequências persistem por, no máximo, três meses após a interrupção do tratamento. Somente 1,8% dos participantes tiveram diminuição da libido, 1,3% padeceram com a disfunção erétil e 0,8% apresentaram diminuição do volume ejaculatório.

Porém, há quem não queira correr riscos, mesmo que sejam mínimos. A solução, neste caso, são as drogas de uso tópico, que promovem a dilatação vascular e aumentam o aporte sanguíneo e de nutrientes para o couro cabeludo. Outra saída é o transplante capilar, uma das cirurgias plásticas mais realizadas pelos brasileiros. Novas técnicas são seguras e se mostram bastante eficazes.

 


Próstata é um problema de casal

Disfunção erétil, efeito colateral do tratamento, deve ser encarada a doisSe um diagnóstico de câncer já assusta, o de próstata causa ainda mais insegurança. O tema é tratado como tabu, sobretudo no que se refere à potência sexual do paciente. Ter o apoio da companheira é super importância.

– O câncer de próstata tem de ser encarado como um problema do casal, especialmente por conta desses mitos que envolvem a vida sexual do paciente – afirma o consultor Ewaldo Endler, presidente da Associação pela Saúde da Próstata.

De acordo com Endler, o fantasma da impotência torna a carga emocional ainda mais aguda. Por isso, ele recomenda que o casal vá junto às consultas para que os dois saibam o que é a doença e quais os seus riscos. Segundo Oren Smaletz, coordenador de pesquisa clínica em oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, o diagnóstico precoce é fundamental, já que quando a doença se concentra na próstata, as chances de cura são mais altas.

– Quando chegam em metástase, a cura é só virtual. Entre aqueles que têm câncer de próstata, 30% a 40% terão a doença na forma metastática. É essa última perspectiva que afeta a autoimagem masculina de forma mais nociva. O primeiro tratamento para os que já têm câncer em metástase é a hormonioterapia, que inibe a produção de testosterona e é eficaz em 30% dos pacientes, por mais ou menos dois anos. Apesar de garantir a sobrevida, sem testosterona não há libido, e isso pode ser um agravante no relacionamento.

– Nessa hora é que a mulher precisa ter paciência e um amor especial, já que, em geral, o homem não tem relações sexuais – diz Antônio Buzaid, chefe-geral do Centro Avançado de Oncologia do Hospital São José.

Um dos efeitos colaterais dos tratamentos contra o câncer de próstata é a impotência sexual. Tanto na cirurgia de retirada, que pode atingir nervos que controlam a ereção, quanto na hormonioterapia, que inibe a produção de testosterona, o paciente acaba por não conseguir mais manter o pênis ereto. Essas disfunções também podem ocorrer de outras formas, e a compreensão da mulher é ainda mais necessária.

  


TRATAMENTO CAPILAR
Evento sobre urologia

O Centro Multiuso de São José recebe, entre os dias 22 e 24 deste mês, a Semana da Saúde do Homem e o Bazar da Associação Catarinense de Medicina (ACM). A iniciativa da ACM, em conjunto com a prefeitura de São José, pretende informar a população – em especial os homens acima dos 40 anos – sobre os problemas urológicos mais comuns, tratamentos de doenças e também sobre como é o trabalho do médico urologista. No local serão distribuídos folhetos explicativos. O bazar contará com mercadorias apreendidas e doadas pela Receita Federal, além de sorteio de camisetas autografadas pelo tenista Gustavo Kuerten e oficiais de Avaí e Figueirense. A renda da venda dos será revertida para a compra de equipamentos para o Hospital Regional de São José.

 

 

VACINAÇÃO
HPV: saiba como se proteger


Pesquisadores acompanharam durante sete anos mulheres imunizadas contra o vírus, e elas estão saudáveisNa última quarta-feira, durante um congresso da Federação Internacional de Patologia Cervical e Colposcopia - IFCPC, que aconteceu no Rio de Janeiro, foram divulgados resultados de pesquisas sobre a vacinação contra HPV, vírus responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero. A principal novidade foi o resultado do acompanhamento da vida de 1.080 pessoas que receberam a vacina contra HPV. Ao longo de sete anos, não houve caso de contaminação e nenhuma delas mostrou reação relacionada à vacina.

Hoje existem dois tipos de vacinas aprovadas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2006, para mulheres. Recentemente, em maio, foram liberadas também aos homens. Mas as vacinas ainda não estão disponíveis na rede pública, e o custo é alto na rede privada (cerca de R$ 900). A Anvisa mantém um comitê para avaliar periodicamente se está na hora de recomendar a vacinação em larga escala. Até o momento, o comitê decidiu pela não incorporação.

Os pesquisadores Luisa Villa, do Instituto Ludwig de Pesquisas sobre Câncer do Brasil; Elmar A. Joura, da Faculdade de Medicina da Universidade de Viena, Áustria; e Gonzalo Perez, dos Estados Unidos, pesquisador do Laboratório Merck, fabricante de um dos tipos de vacina, ministraram um workshop para a imprensa durante o congresso. Ficou claro o posicionamento dos três a favor da vacinação. Luisa Villa trouxe dados da Austrália, país que mantém um programa público da vacina desde 2007. Em dois anos, houve um queda de 60% na infecção pelo HPV.

No Brasil, estima-se que 25% das mulheres estejam infectadas pelo vírus. Em Santa Catarina, o câncer de colo de útero está em segundo lugar entre os cânceres que mais acometem as mulheres, atrás do câncer de mama.

Luisa afirmou que o Brasil enfrenta barreiras culturais, como a resistência de pais em vacinar as filhas por acreditar em um início de atividade sexual tardio.


CRISTINA VIEIRA
Perguntas frequentes
A ginecologista Ivana Fernandes tira as principais dúvidas sobre o tema
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O que é HPV?
É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPVs são vírus capazes de provocar lesões de pele ou mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Cerca de 40 são associados a lesões na vulva, na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Eles são classificados como de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Há dois tipos considerados de alto risco e outros dois que provocam as verrugas genitais
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É facil de se contaminar?

Sim, mas a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos, mas nem sempre estes são suficientemente competentes para eliminar os vírus.

Como acontece a transmissão?
Por contato direto com a pele infectada. Os HPV genitais são transmitidos principalmente por meio das relações sexuais.

Como se prevenir?
O uso de preservativo nas relações sexuais é o mais indicado.

O HPV tem tratamento?
Sim. O tratamento depende do tipo, tamanho e local das lesões. Se a lesão for uma verruga, pode-se fazer cauterização elétrica, química, remoção cirúrgica, dependendo do tipo e da localização da lesão. Se a lesão for um pré-câncer no colo uterino, pode ser realizada a cauterização ou até uma cirurgia.

Quem tem HPV tem dificuldade de engravidar?
A contaminação pelo vírus não acarreta problemas de fertilidade.

Como são diagnosticados?
As verrugas são diagnosticadas pelo exame ginecológico de rotina. Já o diagnóstico das lesões precursoras do câncer de colo pode ser feito através do exame preventivo (papanicolau), colposcopia ou biopsia do colo. O exame de captura híbrida serve apenas para detectar a presença do vírus, não sendo usado rotineiramente.

Há casos em que a mulher faz tratamento, fica anos sem o vírus, e depois ele reaparece.
A paciente pode ter sido reinfectada com o vírus ou, eventualmente, apesar de ter tratada a lesão, o vírus pode ficar “incubado" e, quando a imunidade da pessoa cai, ele pode reaparecer.

Qual é o risco de uma mulher infectada pelo HPV desenvolver câncer do colo do útero?

Embora estudos mostrem que a infecção é muito comum, somente uma pequena fração (aproximadamente 1%) das mulheres infectadas com um tipo de alto risco de câncer desenvolverá câncer de colo.

Há algum fator que aumente o risco de desenvolver o câncer?
A presença persistente da infecção associada a fatores como uso de contraceptivos orais, tabagismo, pacientes tratadas com imunossupressores (transplantadas), infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmitidas.

Quem deve/pode tomar a vacina e a partir de que idade?

A vacina foi liberada no Brasil para mulheres de nove a 26 anos. O público-alvo preferencial são as jovens que ainda não tiveram a primeira relação sexual. Mas, mesmo quem já teve a primeira relação pode ser vacinada, pois pode se beneficiar da proteção dos outros vírus contemplados na vacina.

E os benefícios da vacina?
Existem dois tipos de vacina: a bivalente, que protege contra infecção de dois tipos de HPV, responsáveis por até 70% dos cânceres de colo uterino, e a quadrivalente, que protege contra quatro tipos, sendo dois deles responsáveis por 90% das verrugas genitais.

A vacina pode curar?
A vacina não cura. Ela é preventiva. Mas quem já teve infecção pode se vacinar, pois se protegerá contra outros tipos de HPV.

 

 

 

Dois programas oferecem remédios gratuitos e mais baratos à população
A Farmácia Popular faz parte do programa “Saúde não tem preço", do governo federal

 Florianópolis 

 Célia Cordeiro vai à Farmácia Popular em busca de remédio para controlar a pressão
 

Todos os meses, a balconista Célia Catarina Cordeiro, 57, vai até a Farmácia Popular, localizada no Mercado Público, no centro de Florianópolis, buscar remédios para controlar sua pressão. Assim com ela, outras cem pessoas passam diariamente pela farmácia, que ainda oferece remédios gratuitos para o controle do diabetes.

A Farmácia Popular faz parte do programa “Saúde não tem preço”, que entrou em ação em fevereiro deste ano. Somente em Florianópolis, 54 farmácias estão cadastradas para oferecer os medicamentos. Para identificá-las, basta verificar um adesivo do programa fixado geralmente nas fachadas. Independente da renda, qualquer pessoa pode buscar os remédios, que somente são entregues a partir de apresentação de receituário médico.

“Dependo de medicamentos para controlar a pressão e o colesterol. Receber ao menos um deles gratuitamente ajuda bastante”, diz a balconista. Além dos remédios oferecidos pelo programa, a Farmácia Federal ainda oferece medicamentos mais baratos. Por exemplo, o omeprazol, utilizado por pacientes com úlceras, nas farmácias comuns é vendido por R$ 12 a R$ 14. Na Farmácia Popular, 14 comprimidos de omeprazol custam R$ 3,22.

No bairro Trindade, dentro do campus da UFSC, há um trabalho parecido, mas conveniado à Prefeitura de Florianópolis. Na farmácia-escola estão disponíveis os mesmos remédios oferecidos pelos postos de saúde e também aqueles componentes especializados, que antes eram conhecidos como de alto custo.

Depois de passar por um transplante de rins, o aposentado Humberto Lyra, 69, busca mensalmente remédios imunossupressores para evitar a rejeição do órgão. “Mesmo que eu quisesse comprar, esses medicamentos somente são oferecidos pelo governo”, completa.

 

Mais de 200 tipos de remédios

Na farmácia-escola da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) estão disponíveis 133 remédios considerados básicos e outros 143 de alta complexidade. Por enquanto, apenas na farmácia da UFSC é possível retirar os medicamentos, entretanto, há um estudo sendo feito para levar o programa para a região continental.

“Para receber os remédios gratuitamente, a população precisa realizar um cadastro. Mas como cada caso é diferente, pedimos que quem precisar do serviço entre em contato antes”, diz o coordenador da farmácia-escola, Márcio Schneider Wagner. Os meios de contato estão através do e-mail farmaciapmfufsc@gmail.com ou telefone (48) 3721-9567.

O endereço da farmácia escola da UFSC é Rua Delfino Conti, bairro Trindade. 

 

 


Fórum debate soluções para manutenção dos pequenos hospitais em Santa Catarina   

A situação econômica dos hospitais filantrópicos e fundações hospitalares de Santa Catarina pautou reunião realizada pelo Fórum Parlamentar dos Pequenos Hospitais, presidido pelo deputado Mauro de Nadal (PMDB), nesta sexta-feira (8), no auditório da Prefeitura de São Miguel do Oeste. Dentre os encaminhamentos da reunião, o fórum comprometeu-se a atuar para que os recursos obtidos pelo Estado com o pagamento de dívidas, via Programa Revigorar, sejam aplicados em saúde, em especial na manutenção dos hospitais e na realização de cirurgias eletivas.

 
Vários relatos de hospitais com dificuldade de manutenção foram ouvidos pelos parlamentares. Conforme Nadal, a reunião de São Miguel do Oeste deu início a uma série de encontros regionais que serão promovidos com o foco de encontrar alternativas para manter os pequenos hospitais funcionando. “Em todos os municípios há dificuldades de custeio da folha de pagamento e manutenção da unidade hospitalar. O acúmulo de déficit é preocupante, pois os pequenos hospitais devem continuar funcionando para o atendimento da população local.”


O deputado Volnei Morastoni (PT), que preside a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, salientou a importância dos pequenos hospitais nas microrregiões e a necessidade de uma política de apoio. “Precisamos discutir qual é o papel dessas unidades hospitalares e até mesmo redirecionar, se necessário, a sua atuação dentro da rede de saúde.” A Comissão de Saúde reivindicará à Câmara dos Deputados a regulamentação da Emenda Constitucional 29, estimulando que as demais Assembleias Legislativas do país e todas as câmaras de vereadores reforcem esse movimento.

 
A qualidade da estrutura de saúde disponível na região é um fator fundamental para a permanência da população, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Regional, Vilson Trevisan. Segundo ele, as populações locais se evadem dos pequenos municípios em busca de melhores condições de vida. Já a representante da prefeitura de São Miguel do Oeste, Eliane Zanotto, destacou as carências regionais na área da saúde como fruto de um “histórico esquecimento do Extremo-Oeste por parte das autoridades estaduais”.

 


Problemas e soluções

 
Conforme levantamento da Federação dos Hospitais de Santa Catarina (Fehoesc), a região compreendida pela Associação dos Municípios do Extremo-Oeste (Ameosc) dispõe de 491 leitos hospitalares, o que dá uma média de 3,1 leitos/1.000 habitantes. “Não há falta de leitos, mas déficit de financiamento em função da defasagem na tabela do Sistema Único de Saúde, que não cobre o custo dos atendimentos. Essa baixa remuneração vai levar ao sucateamento do sistema, pois não temos condições de investir em equipamentos e na remuneração dos trabalhadores”, afirmou o presidente da Fehoesc, Tércio Kasten.


Na visão da federação, a regulamentação da Emenda Constitucional 29 é uma medida crucial. Conforme Kasten, os municípios já cumprem, e geralmente extrapolam, os 15% de investimentos em saúde; o Estado se aproxima dos 12% constitucionais, mas a União investe em torno de 4%, por isso é necessário definir um percentual de investimento federal de no mínimo 10%. Também foram sugeridos investimentos na atenção básica (Unidades de Prontoatendimento e Saúde da Família), vocacionamento dos hospitais locais e profissionalização da gestão das unidades hospitalares.