icone facebookicone twittericone instagram

 Fumaça

A lei antifumo de Florianópolis completou quatro meses ontem. Não é que pegou?

  

 


Joinville mais violenta

Em comparação com seus próprios indicadores, Joinville ficou muito mais violenta ao longo dos últimos dez anos. E os números de 2010 mostram que os assassinatos e mortes no trânsito vão seguir crescendo. Em 2000, Joinville registrava a taxa de 19,32 mortes no trânsito por cem mil pessoas. A taxa catarinense era bem maior, de 28,02. Passados dez anos, enquanto a média do Estado subiu só um pouquinho, para 29,63 a de Joinville deu um salto, atingindo quase 25 mortos por ano para cada grupo de 100 mil habitantes (dado de 2009 da Secretaria de Estado da Saúde). A taxa de assassinatos em Santa Catarina cresceu na década, passando de 8,09 para 12,72 mortos por 100 mil moradores. Em Joinville, pulou de 10,24 para os 17,69 registrados no passado. Em taxa de homicídios, Joinville até é mais tranquila em relação à maioria das cidades de porte semelhante. Só que ficou bem mais perigosa em relação à Joinville de nem tanto tempo atrás.

 

 

Solidariedade
Feijoada aqueceu o sábado
Dinheiro arrecadado com Feijão e Doação será destinado a combater o câncer
 

O frio e a garoa que caiu em Joinville no sábado convidavam para uma feijoada. Foi o que fizeram centenas de pessoas ao participar da quinta ação social Feijão e Doação. Realizado pelo Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville (Ceaj) com apoio da RBS, o evento terá renda revertida à Rede Feminina de Combate ao Câncer. 

Em 2009, foram vendidos 600 cartões. Ontem, a organização ainda não havia calculado o número de tíquetes vendidos neste ano. Perto da Sociedade Cultural Lírica, no bairro América, já se sentia o cheiro. O ambiente foi decorado com cuidado pelas mulheres da rede. Na entrada, um copo de caldo de feijão aquecia e abria o apetite para o prato principal 

Maria Leandro e Nilza Torres saíram de casa em um grupo de amigas: queriam saborear a feijoada. Não se arrependeram. “É a primeira vez que venho. Está tudo delicioso, o caldinho, o sal no ponto. Vale a pena ajudar”, elogia Maria. 

O dinheiro será destinado a cobrir os gastos da rede com o ambulatório onde são feitos exames preventivos e parte do tratamento de mulheres que enfrentam o câncer. Remédios e cestas básicas também serão comprados. A rede conta com 72 voluntários e atende a cerca de 700 pessoas por mês. 

Saiba mais

A estimativa do evento era vender cerca de mil cartões que davam direito ao almoço. No fim de semana, a expectativa era ainda maior. “Acreditamos que vamos superar esses números”, afi rmou no sábado uma das integrantes da Rede Feminina, Corina Seberino.
 

Saúde
Noites conturbadas
Quem não tem um sono reparador pode sofrer com estresse, ansiedade, mau humor e até obesidade


Assim como a prática de exercícios físicos e a alimentação saudável, dormir bem é fundamental para a qualidade de vida. A privação do sono causa estresse, ansiedade e mau humor, aumenta as chances de engordar e ainda acelera o envelhecimento.
Estudos mostram que dormir mal por três noites é suficiente para deflagrar sinais de resistência à insulina, condição que pode evoluir para o diabetes. Outro aspecto prejudicial é que o corpo aumenta a produção de grelina, hormônio que dispara a vontade de comer e pode ser um gatilho para a obesidade. Uma pesquisa publicada no jornal norte-americano “Sleep” mostra que pessoas que dormem menos de sete horas por noite podem ganhar até 88% de peso. 

Sem o descanso adequado, o organismo também aumenta a produção de radicais livres, moléculas que degradam as células, provocando o envelhecimento precoce, explica o pesquisador do sono Mário Miguel, de São Paulo. Até a adolescência, a maior parte das pessoas tem sono tão bom que, para dormir, basta atirar-se a qualquer hora em qualquer sofá. Após os 35 anos, o repouso vai ficando mais difícil e passa a exigir cuidados. É o que explica o pneumologista e geriatra Eduardo Garcia, especialista no assunto: “O sono não é apenas um desligamento do cérebro para seu descanso, mas, sim, um estado ativo, cíclico, complexo e mutável, com profundas repercussões sobre o funcionamento do corpo e da mente na vigília do dia seguinte. O sono não é diferente de outros estados da vida: exige preparação, ambiente adequado e mente livre de preocupações. Portanto, organize melhor seu tempo e comece a dar prioridade ao descanso 

O que atrapalha

• Horários variáveis para deitar e levantar.
• Dormir em cama desconfortável, colchão de má qualidade ou com cobertas inadequadas.
• Quarto excessivamente iluminado, abafado, desordenado, quente, frio ou que, de alguma forma, não convide ao sono.
• Uso frequente da cama para atividades como assistir à TV, ler, estudar e comer.
• Prática de exercícios físicos perto da hora de deitar.
• Uso rotineiro de produtos contendo álcool, tabaco ou cafeína antes de deitar.
• Envolver-se em atividades excitantes ou emocionalmente perturbadoras perto da hora de deitar.
• Desempenhar atividades que exijam alto nível de concentração imediatamente antes de deitar.
• Permitir que ocorram na cama atividades mentais como pensar, planejar, relembrar etc.

Para dormir bem

• Comece a desacelerar uma hora antes de deitar. Evite atividades barulhentas ou excitantes.
• À noite, prefira alimentos leves, para permitir que o organismo relaxe, em vez de se envolver com a digestão.
• O consumo de bebidas alcoólicas costuma prejudicar a qualidade do sono. Apesar de provocar relaxamento imediato, o álcool excita e cria dificuldades para dormir.
• Evite consumir substâncias estimulantes (chocolate, guaraná em pó e bebidas à base de cafeína, por exemplo) poucas horas antes de dormir.
• Não pratique atividades físicas próximo da hora de ir para a cama. O exercício o deixará mais desperto, e o sono será prejudicado.
 

Polissonografia

É o exame que faz um registro completo da atividade elétrica cerebral, da respiração e de sinais indicativos de relaxamento muscular, movimentos oculares, oxigenação sanguínea e batimento cardíaco. A polissonografia é indicada para o diagnóstico de diversos distúrbios do sono, entre eles, insônia, sonambulismo, terror noturno, ranger de dentes (bruxismo), fibromialgia etc.
 

Doses de alto risco

Hábito comum entre a população, a automedicação pode causar reações ou esconder doenças gravesTodo brasileiro tem uma farmacinha em casa. Ou quem não se lembra daquelas orientações de parentes sobre o que tomar quando sente algo? O que poucos sabem é que todo medicamento pode causar efeitos colaterais, independentemente de ser fitoterápico, com ou sem tarja (quando a receita médica não é exigida). A automedicação é muito comum e também muito perigosa. Pode parecer um recurso mais barato e prático, já que dispensa a consulta com um médico especializado. Mas pode sair muito mais cara ao esconder alguma doença grave ou causar alguma reação inesperada.
 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que mais de 10% das internações hospitalares são causadas por reações adversas a remédios, e o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) afirma que essas drogas ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicação. 

Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, alerta para os riscos: “Qualquer tratamento pressupõe um diagnóstico feito por um médico e uma interferência no tratamento pode acarretar problemas sérios, desde interação medicamentosa até agravamento de doenças pré-existentes, como diabetes e problemas renais, cardíacos e hepáticos”. 

Segundo o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Jr., a automedicação é um mau hábito da população brasileira. “Na verdade, é uma conduta de risco, que causa prejuízos para o próprio cidadão e para o sistema público de saúde”, afirma. 

Devido ao uso indiscriminado, a partir de setembro, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os antibióticos poderão ter a venda controlada. O sistema deverá ser semelhante ao da venda de pscicotrópicos, além da exigência da receita, farmácias e drogarias irão preencher um formulário com dados da prescrição, do médico e do comprador. 

Uma prática perigosa

Exemplo de remédios usados com frequência sem indicação médica e o que podem causar:
• Antibióticos: uso indevido pode causar resistência bacteriana.
• Antiácidos: pode retardar o diagnóstico de doenças do sistema digestivo como gastrite, úlcera e tumores.
• Anticoncepcionais: combinados com o fumo, aumentam o risco de trombose, problemas cardíacos e embolia pulmonar.
• Calmantes: podem causar alteração fisiológica do sono.
• Cremes e pomadas: podem provocar dermatites, mascarar e agravar doenças como câncer de pele.
• Diuréticos: pode causar complicações decorrentes de desidratação, arritmia e alterações de pressão.
• Laxantes: a alteração da flora intestinal pode causar desidratação e alterações metabólicas, facilitar infecções e mascarar de tumores.
• Vitaminas: devem ser tomados apenas por indicação médica. Excesso de vitamina C pode causar problemas renais e gástrico. Vitamina A em excesso pode levar a alterações neurológicas.

 

 

Diagnóstico 
 
A Caixa de Assistência dos Advogados de Santa Catarina (Caasc) traçou um diagnóstico da saúde dos advogados catarinenses, cerca de 20 mil profissionais. Conforme o presidente da entidade, Diogo Pítsica, o levantamento mostrou distúrbios regionalizados: no Oeste, é o triglicerídeo e pressão arterial elevada, no Planalto o colesterol alto; e no Sul as graves consequências da glicemia. O resultado será encaminhado à OAB/SC para criação de estratégias de prevenção.

Inimigo à mesa
Campanha quer diminuir uso do sal
Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta para redução do tempero responsável por problemas que podem levar à morte

O hábito de dar uma salgadinha a mais na comida tem de acabar. Com a campanha Eu Sou 12 por 8, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) quer reduzir drasticamente o consumo de sal no Brasil. O ideal, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde, é usar, no máximo, cinco gramas por dia, o mesmo que uma colher rasa de chá. Pesquisas mostram que os brasileiros têm consumido uma média de 12 a 18 gramas diárias.

Para se ter uma ideia do que cinco gramas do produto significam na prática, um pão francês tem, em média, 1,5 grama, e uma salsicha chega a 2,5 gramas. Basta um cachorro-quente, portanto, para atingir a meta. O problema é que a maior parte das pessoas não para por aí.

– Precisamos trabalhar na prevenção. Senão, em 2050 teremos 100 milhões de habitantes com mais de 50 anos doentes, o que sairá caro para os cofres públicos – justifica o médico Carlos Alberto Machado, coordenador de Ações Sociais da SBC.

Informação para combater consumo excessivo

A arma para combater o consumo excessivo é a informação. O grande entrave é que é quase impossível, para um leigo, decifrar a quantidade de cloreto de sódio (sal de cozinha) descrita nas tabelas nutricionais dos alimentos industrializados, onde a apresentação não vem em gramas de sal, mas em miligramas de sódio.

Uma pesquisa da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, realizada com hipertensos atendidos no Hospital Dante Pazzanese, constatou que 93% deles simplesmente desconheciam a diferença entre as duas substâncias. Para elucidar a questão, seria necessário fazer uma conversão matemática: 400 miligramas de sódio equivalem a um grama de sal. Então, cinco gramas de sal são 2 mil miligramas de sódio.

Para facilitar a vida dos consumidores e garantir que a população entenda a quantidade exata de sal contida nos alimentos, a SBC pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma mudança nos rótulos dos alimentos industrializados, alterando o termo cloreto de sódio pelo nome popular.

Sabor sem prejuízos

Se o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sal por dia, podendo chegar a até 18, é possível presumir que reduzir essa quantidade para cinco gramas não será uma tarefa fácil.

– O sal tem o poder de realçar o sabor dos alimentos. Sem ele, a comida fica sem gosto. Mas isso não significa que precisamos abusar – afirma o chefe de cozinha e professor de Gastronomia Jorge Nascimento.

A dica para deixar os alimentos saborosos sem precisar abusar do sal é investir nos temperos cítricos, como vinagre, vinho, laranja e limão, além de algumas ervas, como manjericão, curry, cilantro, cominho e gengibre. Cebola, alho, cogumelos, tomates e orégano também são bem-vindos.

Os grandes vilões

- Queijos em geral
- Temperos industrializados, como ketchup, mostarda, shoyu
- Caldos concentrados e molhos comprados prontos
- Embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, presunto e salame)
- Conservas (picles, azeitonas, aspargos, palmitos em vidro ou lata)
- Enlatados (molhos de tomate, carnes, peixes, milho e ervilha)
- Carnes salgadas (bacalhau, charque, carne seca e defumados)
- Aditivos conservantes (glutamato monossódico)
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

Os riscos de uma doença silenciosa

Embora seja uma velha conhecida dos médicos, a hipertensão arterial vem sendo considerada uma das mais preocupantes epidemias do mundo moderno. Na origem da doença, que no Brasil assumiu lugar de destaque entre os principais problemas de saúde pública, está o consumo excessivo de sal, aliado a estresse e fumo.

Especialistas argumentam que, reduzindo esses fatores de risco, seria possível diminuir drasticamente as chamadas mortes evitáveis, que não ocorreriam se os 30 milhões de brasileiros hipertensos – fora aqueles que desconhecem ter a enfermidade – fossem tratados adequadamente. A hipertensão está ligada a derrames e a infartos, cada vez mais comuns no país.

Saleiro, álcool, tabaco e estresse devem ser evitados

Foi esse cenário que levou a Sociedade Brasileira de Cardiologia a lançar, em abril, a campanha Eu sou 12 por 8. A intenção é alertar para o problema e convencer a população a se prevenir, evitando o tabagismo, praticando exercícios físicos, ficando longe do saleiro, reduzindo o álcool e se estressando menos.

A ideia é chamar a atenção para uma doença que os médicos classificam como silenciosa – e, por isso mesmo, tão perigosa. Segundo o cardiologista Carlos Alberto Machado, é comum o paciente não perceber os sintomas ou confundir o que sente com outra coisa – como uma simples dor de cabeça, por exemplo.

– Queremos frisar que os hipertensos devem ter o hábito de controlar a pressão e mantê-la sempre em 12 por 8. Quem não tem problemas de pressão deve medi-la duas vezes por ano.

Para Ivo Nesralla, diretor-presidente do Instituto de Cardiologia, a pressão não precisa necessariamente estar em 12 por 8 – pode até chegar a 13 por 9, dependendo do caso. O importante é que o paciente se policie para levar uma vida saudável. Isso significa sair com os amigos, rir, relaxar, amar. E, é claro, controlar o sal.

Alimentação saudável
Merenda a alérgicos e diabéticos

Merendeiras de 10 cidades do Meio-Oeste do Estado estão aptas a preparar receitas para alunos que sofrem de diabetes, intolerância ao glúten e lactose. O treinamento técnico ocorreu na semana passada, em Vargem Bonita. As merendeiras receberam uma cartilha com pelo menos 20 receitas novas. Opções adequadas à realidade da região, já que o comércio de farinha de trigo sem glúten, por exemplo, ainda é restrito aos grandes centros.

A nutricionista Noemi Pontin mostrou que a mudança é possível. Pão de amido, de aipim e com creme de arroz são algumas das opções que devem ser servidas no cardápio da rede municipal de ensino.

– Os alimentos funcionais têm propriedades para melhorar a saúde e prevenir doenças. Queremos inserir receitas novas para que os alunos diabéticos ou alérgicos a algum produto possam comer merenda com os demais – explica.
Karine Martins trabalha na preparação da merenda em uma escola municipal de Joaçaba. Ela promete usar a cartilha de receitas.

– São receitas fáceis, que dá para fazer na merenda. O número de alunos com esse tipo de problema aumenta todos os anos. E, muitas vezes, não sabemos como lidar com isso – diz a merendeira.

 



Remédios fitoterápicos devem ser prescritos

 Os chás de ervas e outros remédios mais elaborados, como os fitoterápicos (remédios extraídos de plantas), foram os primeiros medicamentos a serem utilizados pelas civilizações de todo o planeta, e estima-se que hoje sejam consumidos por 64% da população mundial. Os chás são amplamente comercializados para tratar doenças típicas no período de inverno: gripe, pneumonia, alergias, asma e as chamadas “ites” (amigdalite, faringite, bronquite, sinusite e rinite).

 Para o tratamento dessas enfermidades, é possível recorrer a antigos costumes. Como os chás, óleos aromáticos e o tradicional escalda-pés, que aquecem o corpo, ativam a circulação e reforçam as defesas. A farmacêutica Liriane Maganin, 30 anos, lembra que apesar dos remédios fitoterápicos (extraídos de plantas), terem menos contraindicações e reações adversas mais amenas do que os remédios sintéticos, eles precisam ser prescritos por um médico

 “As pessoas não devem se automedicar, é necessário sempre procurar um médico, pois existem restrições principalmente para idosos e grávidas”, enfatiza. Ela ainda explica que certos tipos de doença não podem ser curados somente com remédio fitoterápico.  “Dependendo da patologia, a pessoa precisa usar medicamento sintético”, finaliza.

Existe uma grande diferença entre a homeopatia e fitoterapia.

 O preparo da fitoterapia é conhecido por toda a população. Parte da planta curativa (a raiz, caule, casca, flores, folhas ou frutos), é usada no preparo de chás O chá contém elementos tóxicos quantificáveis em laboratório. Se a mesma planta for ingerida em grande quantidade e durante um longo tempo, a pessoa acaba adoecendo ao invés de melhorar. Na homeopatia, além de plantas, os medicamentos são preparados a partir de substâncias provenientes dos reinos mineral e animal.

Tem o estudo dos níveis mentais, emocionais, físicos e energéticos do ser humano. Abrange os sintomas mais profundos da pessoa, como sensações energéticas, ilusões, sonhos, mente, raciocínio e memória. Assim, com a finalidade de melhorar com mais rapidez, recomenda-se que sejam usadas as duas terapias, ora fitoterapia ou homeopatia ou as duas em conjunto. Isto vai depender da individualidade do organismo e da patologia.

Adultos também precisam de vacinas 
 
Poucas pessoas sabem, mas assim como as crianças, os adultos também têm um calendário de vacinação gratuita oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  Ao todo são cinco tipos de vacinas oferecidas, que visam garantir a saúde da população e erradicar ou diminuir a incidência de certas doenças.

 De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lages, Odila Waldrich, nenhuma vacina é obrigatória, entretanto, o Ministério da Saúde promove campanhas de sensibilização para conscientizar à comunidade sobre a importância de certas vacinas. As vacinas podem ser feitas nas unidades de saúde dos bairros ou na própria vigilância.
 
A vacinação para adultos é importante porque previne o surgimento de doenças como febre amarela, tétano, hepatite B, sarampo, rubéola, caxumba e a gripe comum. “Quando há necessidade, o Ministério promove campanhas de vacinação, a exemplo da campanha contra a rubéola, no ano passado, que foi feita porque houve um surto da doença no país”, explica.

Odila destaca que o SUS oferece cinco tipos de vacina para adultos: contra febre amarela, antitetânica, contra hepatite B, tríplice viral e contra influenza sazonal. A vacinação contra o vírus H1N1, causador da Influeza A que assolou o mundo no último ano, não faz parte do calendário básico de vacinação, entretanto, o Ministério promoveu uma campanha especial de imunização da população no início deste ano.

A vacina foi oferecida apenas para adultos com idade entre 20 e 39 anos e incluiu crianças menores de 2 anos, além de portadores de doenças crônicas e todos os profissionais da saúde com a finalidade de prevenir a população contra uma possível volta da pandemia.
Lages imunizou mais de 80 mil pessoas, superando sua meta que era de 75 mil vacinados.

Em 2009 foram registrados e monitorados 486 casos suspeitos. Destes, 21 foram confirmados como sendo Influenza A e houve dois óbitos. A vacinação teve como finalidade prevenir um novo surto e proteger a população. Odila destaca que até a semana passada, foram atendidos e monitorados oito casos suspeitos na cidade.

 “Estes pacientes já evoluíram para cura e receberam alta. Nenhum deles até o momento foi confirmado”, afirma. Segundo ela, as autoridades em Saúde do país estavam preparadas para um novo surto da doença. “Mas graças à vacinação, o surto de contaminações diminuiu consideravelmente”, lembra.

 Mesmo sem o registro destes casos na cidade, a Secretaria da Saúde trabalha com a prevenção e recomenda que a população mantenha os cuidados básicos como a higienização constante das mãos, etiqueta da tosse e o arejamento dos ambientes. “Nada mais foi diagnosticado, mas o vírus ainda existe, por isso é importante que a qualquer sintoma, o paciente procure a unidade de saúde mais próxima para que sejam tomadas as providências necessárias para identificar a doença”, alerta Odila.

 Contra a Febre Amarela

Esta vacina é feita em crianças a partir de um ano ou em adultos que residam ou viajam para áreas endêmicas (áreas onde há o mosquito transmissor da doença). É contraindicada para quem tem alergia às proteínas do ovo. Algumas companhias aéreas exigem a apresentação do cartão de vacinação contra a febre amarela para quem viaja para o exterior ou para áreas endêmicas. O Ministério da Saúde dá prioridade para a vacinação de caminhoneiros e seus familiares, uma vez que eles andam por todos os lugares do país e podem adquirir e transmitir a doença.

 Antitetânica

Previne o tétano, doença causada por um microorganismo que, se não tratado, pode levar a pessoa à morte. A única forma de prevenção é a vacina. Todas as pessoas com mais de 14 anos podem fazer e a dose de reforço deve ser tomada a cada dez anos. Não há restrições para a aplicação.

 Contra a Hepatite B

A Hepatite B é uma doença que pode ser transmitida sexualmente e não tem um tratamento específico para cura, a vacina é a única forma de prevenção. Está disponível para todas as pessoas com até 30 anos e para todos os profissionais de saúde. Também não tem restrições para sua aplicação.

 VTV (Tríplice Viral)

Previne doenças como Sarampo, Rubéola e Caxumba. É oferecida para pessoas de qualquer idade, sem restrições.

 O Ministério da Saúde promove campanhas de vacinação quando há surtos destas doenças no país. O público alvo nas campanhas contra rubéola são as mulheres, devido à gravidade da doença, que pode até causar deformidades e/ou deficiências no feto, caso a mulher tenha a doença durante a gestação. Mulheres não podem engravidar por até dois meses depois de fazerem a vacina.

 Contra Influenza Sazonal

É disponibilizada pelo SUS apenas para pessoas com mais de 60 anos ou portadoras de doenças crônicas. Não há restrições para a sua aplicação.  A gripe comum (influenza sazonal) já levou milhares de brasileiros à morte. Desde a criação das campanhas de vacinação, as ocorrências de óbitos e internamentos causados pelo vírus da gripe, reduziram significativamente.

 



Dengue. Número de 1,435 focos do Aedes aegypti no estado este ano já é considerado alarmante
Mosquito se adapta ao frio

O turista Aedes aegypti. Conhecido no pais como o mosquito transmissor da dengue, além de visitar o estado em todos os verões, passou a se adaptar às temperaturas mais frias registradas nos meses de maio, junho e julho. Os números deste primeiro semestre no estado são considerados alarmantes. De janeiro a julho deste ano, foram encontrados 1.435 focos do mosquito, 626 em moradias.

Segundo uma nota divulgada no site da DIVE do estado, a situação epidemiológica sinaliza o risco iminente da ocorrência de casos de dengue em que a contaminação se dê em SC. Até agora, todos os 162 casos confirmados da doença foram contraídos fora do estado. Já o número de focos do mosquito detectados em SC este ano chega a 1.435.

Risco

Juntos, os números significam para a DIVE um elevado risco de uma transmissão local, podendo acontecer situação de surto ou mesmo epidemia de grandes proporções. Como precaução, o estado conta com 900 agentes e 22 mil armadilhas espalhadas em 8.500 pontos estratégicos, como explica o diretor da DIVE, Luiz Antônio Silva.

“O número que foram a equipe é suficiente, o problema é que precisamos do apoio da população. Muitos focos são encontrados em residências e não temos base legal para multar aos moradores que contribuem  com a proliferação do mosquito deixando água parada em casa”, diz.

Situação ainda está sob controle em Florianópolis

Em Florianópolis, as autoridades sanitárias locais ainda consideram a situação sob controle. Com a adaptação do mosquito ao frio, somente no primeiro semestre, 24 focos do mosquito foram encontrados na capital. O bairro, com mais ocorrências é Capoeiras, por onde passa a Via Expressa. Lá, 18 focos foram detectados com o uso de armadilhas espalhadas por agentes da Vigilância Epidemiológica.