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Um ano de espera

A falta de oftalmologistas ainda é o maior problema para quem depende da saúde pública em Joinville. Hoje são somente sete especialistas. E, para dar conta da demanda, seria necessário ter pelo menos duas vezes mais profissionais. Não é a toa que a fila de espera para uma consulta com um oftalmologista é de pelo menos um ano. E a fila já foi maior. Em 2009, na tentativa de diminuir a espera, a Secretaria da Saúde recorreu ao pagamento de consultas em clínicas particulares.

 

Contratações

É provável que a administração municipal continue recorrendo ao pagamento de consultas particulares ao longo do ano. Do outro lado, com a aprovação de seis oftalmologistas no concurso, também se imagina que a situação melhore um pouco para quem depende do atendimento. Ainda não há data para convocar os profissionais. Espera-se que haja rapidez.



 

SAÚDE

Enxaqueca perigosa
Mulheres com dor e aura devem evitar tabagismo e anticoncepcionais

Uma revisão de nove pesquisas mostrou que pessoas que sofrem de enxaqueca com aura (alterações visuais) têm 73% mais risco de desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico – causado pela obstrução de um vaso do cérebro que leva à falta de circulação na região.

Entre mulheres, o risco é duas vezes maior. A meta-análise, publicada no British Medical Journal, apontou que, além do sexo, idade inferior a 45 anos, tabagismo e uso de anticoncepcional hormonal também representaram maior risco de esses pacientes sofrerem um derrame.

– Outros dados mostram que enxaqueca com aura associada ao uso de anticoncepcional hormonal eleva o risco em seis vezes. Quando a mulher também fuma, as chances de AVC crescem em 20 vezes – alerta o neurologista Carlos Bordini, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Esses sintomas surgem porque há uma diminuição da atividade dos neurônios na região posterior do cérebro (responsável pela visão), que pode se expandir para outras áreas. Nesse momento, há uma constrição dos vasos sanguíneos da região – o que pode aumentar as chances de ocorrer um AVC. O maior risco para mulheres, apontado na pesquisa, está relacionado ao uso disseminado de pílulas anticoncepcionais.

Sabe-se que os hormônios aumentam a viscosidade e a coagulação do sangue, o que propicia o entupimento do vaso sanguíneo. Já o tabagismo favorece o desenvolvimento de aterosclerose (formação de placas dentro do vaso). Pacientes que têm enxaqueca com aura devem evitar anticoncepcionais hormonais e não fumar.

– Quando a aura é só visual, é possível usar esse tipo de contraceptivo, desde que se faça a prevenção de episódios de enxaqueca com medicação. Quando há uma aura mais complicada, com perda de força e dificuldade para falar, por exemplo, a gente já sabe que é uma paciente mais suscetível ao AVC e suspende o remédio – diz a neurologista Sheila Ouriques Martins, coordenadora do Projeto Nacional de Atendimento ao AVC da Academia Brasileira de Neurologia.

 

Prevenção de crises ajuda na redução de riscos do AVC

A prevenção de crises de enxaqueca também funciona como fator de redução do risco de AVC, segundo Sheila. Esses pacientes devem também controlar outros fatores de risco para doenças vasculares, como hipertensão e colesterol, praticar atividade física e manter um peso saudável.De acordo com a neurologista, é indicado ainda evitar o uso de medicamentos mais antigos contra a doença, pois eles estimulam a vasoconstrição.

 

Visão afetada 

- A enxaqueca com aura é caracterizada por alguns sintomas neurológicos, principalmente visuais, que aparecem antes da dor. 
- Por até cerca de uma hora, a pessoa pode sofrer redução no campo da visão, passar a enxergar imagens brilhantes em ziguezague e alguns flashes de luz. 
- Em alguns casos, mais raros, pode sentir dormência nas mãos, na boca e na língua 
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