O Hospital Materno-Infantil Santa Catarina, em Criciúma, realizou nesta quinta-feira, dia 5, de manhã um procedimento raro: o parto normal de gêmeos e, mais do que isso, de um dos bebês empelicado, ou seja, ainda na bolsa e envolto no líquido amniótico. Na grande maioria das vezes, o parto gemelar é feito por cesariana e com rompimento da bolsa.
Os gêmeos Brayan e Emanuel são filhos de Keila Barbon Henrique e de Gilmar Concatto da Silva, que moram em Forquilhinha, cidade vizinha a Criciúma. Brayan nasceu às 9h32min com 2,546 quilos e 44 centímetros; Emanuel, às 9h41min, com 2,346 quilos e 44,5 centímetros – e ainda na bolsa amniótica. A literatura médica aponta que o chamado parto empelicado ocorra uma vez a cada 80 mil nascimentos.
“Parto empelicado é quando o bebê nasce dentro da bolsa de líquido amniótico, sem rompê-la. Enquanto o bebê está dentro da bolsa, ele continua recebendo todos os nutrientes e oxigênio através do cordão umbilical, não existindo qualquer risco para a sua sobrevivência. No entanto, ele precisa ser retirado da bolsa para que o médico possa avaliar se está saudável”, explica o doutor Allan Fagundes Pacheco, coordenador de ginecologia e obstetrícia do hospital. A mamãe Keila e os recém-nascidos passam bem.
Além do doutor Alan, a equipe médica responsável pelo procedimento foi integrada pelas obstetras Camila Martins Bilésimo e Mariane Marinho de Souza, pela pediatra Fernanda Naspolini Bastos e pela residente em pediatria Fabiane Rosa e Silva. Administrado pela organização social Ideas em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, o hospital Santa Catarina é referência materno-infantil na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec).