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Após duas semanas de intensa agenda no Oeste, com visitas técnicas a 14 municípios (Guaraciaba, São José do Cedro, Belmonte, Romelândia, Tunápolis, Iporã do Oeste, Descanso, São Miguel do Oeste, Seara, Itá, Palmitos, Chapecó, Maravilha e Xanxerê) e uma reunião com a presença de 78 municípios das Regiões de Saúde do Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Oeste e Xanxerê, realizada em Chapecó, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) definiu uma série de ações a serem realizadas para a prevenção da dengue na região Oeste, que é a que mais registra casos da doença em Santa Catarina.

A intensificação das ações na região envolve vigilância epidemiológica, assistência dos casos suspeitos, controle vetorial e comunicação de risco. Para coordenar as atividades, na próxima semana, será implantado, em Chapecó, um Centro Regional de Operações de Emergência em Saúde para dengue, que será coordenado pela Gerência Regional de Saúde da cidade.

“A instalação do Centro tem como objetivo avaliar o cenário epidemiológico da dengue nos municípios desta região, e direcionar ações para o enfrentamento da situação. O local servirá para integrar diferentes órgãos do governo do Estado e municípios, permitindo a implementação de medidas rápidas e de forma intersetorial neste momento, tanto para controle do mosquito Aedes aegypti como para assistência dos casos” explica Eduardo Macário, superintendente de Vigilância em Saúde de SC.

Dengue em SC
Desde o início do ano, Santa Catarina vem registrando um grande aumento nos casos de dengue, especialmente na região Oeste. De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado nesta sexta-feira (25), foram registrados 2.657 casos de dengue no estado, sendo que 2.122 (80%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense. Sozinha, a região Oeste registra 87,6% dos casos autóctones do estado (1.859). Os dados mostram que o número de casos confirmados está dobrando a cada semana, colocando a necessidade de reforçar as medidas de prevenção contra a doença.

Em relação aos municípios, 38 registraram casos autóctones, e 10 se encontram em situação de epidemia, ou seja, com uma taxa de transmissão maior do que 300 casos por 100 mil habitantes. “Os dados do boletim epidemiológico utilizam as informações oficiais inseridas no sistema de informação, dessa forma, 10 municípios registram transmissão em nível epidêmico. Entretanto, acompanhando as informações dos exames laboratoriais que estão sendo enviados para análise, assim como os dados das Secretarias Municipais de Saúde, é possível afirmar que são pelo menos 14 municípios nessa condição. Assim, é importante que os municípios insiram no sistema de informação os dados dos casos suspeitos e confirmados, ponto ressaltado com as equipes municipais nas visitas realizadas nas últimas semanas.” acrescenta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

Mais informações sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti nesse link.

Considerando o atual cenário, é fundamental que a população compreenda o risco de manter hábitos que permitam a reprodução do mosquito Aedes aegypti. “Em 2022, oito municípios decretaram situação de emergência devido ao elevado número de casos de dengue: Chapecó, Coronel Freitas, Itá, Maravilha, Palmitos, Romelândia, Seara e Xanxerê. Por isso, é preciso um esforço conjunto entre o poder público e a população no controle do Aedes aegypti. Mais do que nunca, é fundamental verificar locais que possam acumular água e eliminá-los. Essa continua sendo a melhor estratégia de prevenção contra a doença”, reforça Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE.

Sinais e sintomas
A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com vírus. Após a picada, os sintomas podem surgir entre quatro e 10 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Ao apresentar sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.

Diagnóstico
Com o objetivo de garantir a agilidade dos exames laboratoriais para a confirmação da doença, o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN/SC) encaminhou para o Laboratório Regional de Saúde Pública de Chapecó um equipamento para reforçar o diagnóstico da doença na região. Assim, o tempo de processamento das amostras será reduzido, visto que não vão mais precisar ser encaminhadas para o LACEN na capital.

Informações adicionais para a imprensa:
Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo

NUCOM - Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)
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