Florianópolis, 1º de junho de 2016.
No período de 1º de janeiro a 28 de maio de 2016 foram notificados 12.145 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 4.231 (35%) foram confirmados (3.334 pelo critério laboratorial e 897 pelo critério clínico epidemiológico), 638 (5%) estão inconclusivos (classificação utilizada pelo Sinan nos casos em que após 60 dias da data de notificação ainda estiverem sem encerramento da investigação), 6.810 (56%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 466 (5%) casos suspeitos estão em investigação pelos municípios. Os dados constam do boletim nº 20 da dengue, zika e chikungunya divulgado nesta quarta-feira (1) pela diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.
Do total de casos confirmados (4.231) até o momento, 3.889 (92%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, 252 (6%) são importados (transmissão fora do estado) e 90 (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos notificados de dengue, segundo classificação. Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
4.231 |
35 |
Autóctones |
3.889 |
92 |
Importados |
252 |
6 |
Em investigação de LPI |
90 |
2 |
Inconclusivos |
638 |
5 |
Descartados |
6.810 |
56 |
Suspeitos |
466 |
4 |
Total Notificados |
12.145 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 28/5/2016).
Até o momento, conforme informações sobre o Local Provável de Infecção (LPI), existem confirmação de transmissão autóctone de dengue em 25 municípios de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Bom Jesus, Brusque, Caibi, Chapecó, Coronel Freitas, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu, Itajaí, Joinville, Itapema, Itapoá, Maravilha, Modelo, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta, União do Oeste e Xanxerê.
O município de Pinhalzinho apresenta, até o momento, o maior número de casos autóctones (2.408) no Estado, com uma taxa de incidência de 12.879,8 casos por 100 mil habitantes. Serra Alta possui uma taxa de incidência de 4.498,8 casos por 100 mil habitantes; Bom Jesus, 2.835,9 por 100 mil/hab; Coronel Freitas. 1.529,3 por 100 mil/hab; Descanso, 1022,9 por 100 mil/hab; Modelo, 455,7 por 100 mil/hab; Chapecó, 362,5 por 100 mil/hab; e União do Oeste, 333,3 casos por 100 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
Casos autóctones de dengue segundo Local Provável de Infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.
Municípios |
Casos |
% |
Pinhalzinho |
2408 |
61,9 |
Chapecó |
746 |
19,2 |
Coronel Freitas |
156 |
4,0 |
Serra Alta |
149 |
3,8 |
Descanso |
87 |
2,2 |
Bom Jesus |
80 |
2,1 |
Itajaí |
65 |
1,7 |
São Miguel do Oeste |
39 |
1,0 |
Balneário Camboriú |
29 |
0,7 |
Indeterminado |
20 |
0,5 |
Modelo |
19 |
0,5 |
Xanxerê |
14 |
0,4 |
Itapema |
13 |
0,3 |
Saudades |
13 |
0,3 |
Maravilha |
9 |
0,2 |
União do Oeste |
9 |
0,2 |
São José do Cedro |
6 |
0,3 |
Guaraciaba |
6 |
0,2 |
Caibi |
4 |
0,1 |
Palmitos |
4 |
0,1 |
São Lourenço do Oeste |
3 |
0,1 |
Florianópolis |
3 |
0,1 |
Brusque |
3 |
0,1 |
Guatambu |
2 |
0,1 |
Itapoá |
1 |
0,0 |
Joinville |
1 |
0,0 |
Total |
3889 |
100 |
Fonte: SINAN On-line (com informações até o dia 28/5/2016).
O acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE) mostra que, até o momento, o maior número de casos autóctones confirmados (488) ocorreu na SE 9 (28 de fevereiro e 5 de março).
Até o momento, foi confirmada a ocorrência de um óbito por dengue grave registrado no estado: um paciente de 37 anos, residente em Chapecó, no dia 13 de março.
Comparação de casos notificados e autóctones em 2015 e 2016:
Em Santa Catarina, no ano de 2016, até SE 21 o número de casos notificados de dengue (12.145 casos) está acima do registrado no mesmo período em 2015 (9.043 casos), representando um aumento de 26% no registro de um ano para outro. Já em relação aos casos autóctones, em 2016, também considerando até a SE 21, foram confirmados 3.889 casos, enquanto que no mesmo período em 2015 haviam sido confirmados 3.195 casos, representando um aumento de 18% no número de casos autóctones confirmados de um ano para outro (Figura 2 e 3).
Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em 2016, até a SE 21, foram identificados 5.858 focos, em 128 municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 4.994 focos em 106 municípios.
Atualmente, há 46 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Caçador, Camboriú, Catanduvas, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Itapiranga, Joinville, Jupiá, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz, Saudades, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. Em comparação com o último boletim, houve a inclusão dos municípios de Jupiá e Saudades.
A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Febre de Chikungunya
No período de 1º de janeiro a 28 de maio de 2016, foram notificados 519 casos suspeitos de Febre de Chikungunya em Santa Catarina. Desses, 49 (9%) foram confirmados (46 pelo critério laboratorial e 03 pelo critério clínico-epidemiológico), 71 (14%) estão inconclusivos, 325 (63%) foram descartados e 74 (14%) permanecem em investigação.
Do total de casos confirmados (49) até o momento, 47 (96%) são importados (transmissão fora do Estado) e 2 (4%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos de Febre de Chikungunya segundo classificação. Santa Catarina, 2016.
|
Fonte: SINAN NET (com informações até o dia 28/5/2016).
Tabela 4: Casos confirmados de Febre de Chikungunya segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.
Municípios de Residência SC |
Nº de casos em Investigação de LPI |
Nº de casos importados |
Nº de casos autóctones |
Local Provável de Infecção (LPI) |
|
Araranguá |
1 |
1 Minas Gerais |
|||
Biguaçu |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Blumenau |
4 |
2 Bahia, 2 Paraíba |
|||
Braço do Norte |
2 |
1 Pernambuco, 1 Rio de Janeiro |
|||
Brusque |
1 |
1 Bahia |
|||
Caibi |
1 |
1 Mato Grosso do Sul |
|||
Chapecó |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Descanso |
1 |
1 Maranhão |
|||
Florianópolis |
1 |
5 |
3 Pernambuco, 2 Alagoas |
||
Itajaí |
5 |
4 Pernambuco, 1 Bahia |
|||
Jaraguá do Sul |
3 |
1 Pernambuco, 1 Alagoas, 1 Sergipe |
|||
Joinville |
1 |
4 |
1 Ceará, 2 Pernambuco, 1 Sergipe |
||
Laguna |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Mafra |
3 |
3 Rio Grande do Norte |
|||
Orleans |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Penha |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Porto União |
4 |
3 Rio de Janeiro, 1 Paraná |
|||
Salto Veloso |
4 |
4 Pernambuco |
|||
São José |
2 |
2 Bahia |
|||
Schroeder |
1 |
1 Pernambuco |
|||
Xanxerê |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Total |
2 |
47 |
0 |
Fonte: SINAN NET (com informações até o dia 28/5/2016).
Em 2015 foram notificados 134 casos suspeitos de Chikungunya, dos quais oito (6%) foram confirmados, 98 (73%) foram descartados e 28 (21%) permanecem inconclusivos. Do total de oito casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros sete foram importados de outros estados.Esses casos foram identificados em Blumenau, Cunha Porã, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São José.
>> Zika vírus
No período de 1 de janeiro a 28 de maio de 2016 foram notificados 355 casos suspeitos de Febre do Zika Vírus em Santa Catarina. Desses, 39 (11%) foram confirmados (26 pelo critério clínico-epidemiológico e 13 pelo critério laboratorial), 32 (9%) estão inconclusivos, 225 (63%) foram descartados e 59 (17%) permanecem em investigação.
Do total de casos confirmados (39) até o momento, 34 (87%) são importados (transmissão fora do estado), quatro (10%) são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina e um (3%) está aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI).
Casos de febre do zika vírus, segundo classificação. Santa Catarina, 2016.
Classificação |
Casos |
% |
Confirmados |
39 |
11 |
Autóctones |
4 |
10 |
Importados |
34 |
87 |
Em investigação de LPI |
1 |
3 |
Inconclusivos |
32 |
9 |
Descartados |
225 |
63 |
Suspeitos |
59 |
17 |
Total Notificados |
355 |
100 |
Fonte: LACEN/SINAN NET (com informações até o dia 28/5/2016).
Casos confirmados de Febre do Zika Vírus segundo classificação, município de residência e local provável de infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.
Municípios de Residência SC |
Nº de casos em Investigação de LPI |
Nº de casos importados |
Nº de casos autóctones |
Local Provável de Infecção (LPI) |
|
Armazém |
1 |
1 Rio de Janeiro |
|||
Balneário Camboriú |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Belmonte |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Braço do Norte |
1 |
1 Sergipe |
|||
Brusque |
1 |
1 Mato Grosso |
|||
Camboriú |