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Ocorreu na tarde desta quinta-feira, 6, uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Joinville para tratar de ações frente aos pacientes com obesidade, com atenção aos que recebem atendimento por meio do Programa Obesimor do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (HRHDS), unidade própria da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

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Para o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, essa foi uma oportunidade de demonstrar de forma clara e transparente como o Estado vem trabalhando na atenção a esses pacientes. “Temos aqui na Câmara de Vereadores mais um espaço da população para apresentar o que estamos fazendo de fato na saúde pública de Santa Catarina, por determinação do Governador Jorginho Mello. Em 2023, iniciamos um programa robusto para enfrentamento das filas de cirurgias eletivas, entre elas, as bariátricas. Entendemos que para ampliar acesso é fundamental ampliar o serviço, e é isso que estamos realizando, trabalhando em várias linhas de atuação. Do ano passado para cá já habilitamos mais dois hospitais, que agora estão aptos a realização desse procedimento”, afirmou.

Atualmente Santa Catarina conta com oito hospitais para atendimento da Linha de Cuidado ao Paciente com Obesidade. Desses, o Hospital Dom Joaquim, de Sombrio, e o Hospital São Vicente de Paula, de Mafra, foram incorporados ao sistema entre 2023 e 2024.

Durante a audiência pública, que contou com a participação de vereadores, comunidade e pacientes, a gerente Regional de Saúde de Joinville, Graziela Vieira, apresentou o cenário atual dos pacientes que aguardam pelo procedimento. “Realizamos uma depuração da fila. Observamos que havia um erro: pacientes que ainda não possuíam indicações clínicas estavam inseridos no sistema. E isso é muito grave, pois gera uma apreensão no paciente que está aguardando pelo procedimento. Agora, com a abertura do serviço em Mafra, estamos reorganizando e redistribuindo os pacientes que estavam aguardando no Regional de Joinville”, explica.

Além da ampliação da rede, outra linha de atuação do Governo do Estado foi a implantação da Tabela Catarinense. Com este novo sistema de pagamentos pelos procedimentos, atualmente, o Estado proporciona uma remuneração de R$ 9.217,50, enquanto a Tabela SUS remunera em R$ 6.145,00. Quanto à cirurgia de dermolipectomia abdominal pós-bariátrica, o Governo do Estado está pagando o dobro do valor estipulado pela Tabela SUS.

Segundo portaria do Ministério da Saúde, para que o paciente seja inserido na fila para cirurgia bariátrica, ele precisa preencher uma série de requisitos, dentre eles está a permanência de no mínimo dois anos no sistema de atenção. As exigências buscam garantir um tratamento amplo e multiprofissional ao paciente dando acesso a especialistas que vão da nutrição ao acompanhamento psicológico. 

Referência no atendimento de pacientes da região do Planalto Norte/Nordeste, o HRHDS já atendeu mais 7 mil pacientes com obesidade e sobrepeso dentro do Programa Obesimor. Atualmente, mais de três mil pessoas nesta condição são acompanhadas na unidade, recebendo atendimento multiprofissional. Durante o tratamento clínico, que faz parte do programa, observa-se a necessidade ou não de encaminhamento cirúrgico, pois muitos pacientes não evoluem para o procedimento. Cabe ressaltar que este acompanhamento não significa que os pacientes aguardam cirurgia bariátrica. A diretora do HRHDS, Aldilete Fantuci, explica que a depuração da fila tem sido realizada de forma contínua. “Temos um serviço de referência e estamos buscando aumentar a capacidade instalada para aprimorar ainda mais o serviço”, complementa. 


Hospitais habilitados para cirurgia bariátrica 

  • Hospital Dom Joaquim, de Sombrio;
  • Hospital Azambuja, de Brusque;
  • Hospital São Vicente, de Mafra;
  • Hospital Geral Tereza Ramos, de Lages;
  • Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville;
  • Hospital Universitário, de Florianópolis;
  • Hospital Santo Antônio, de Blumenau;
  • Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, de São José.