A doação de medula óssea é um ato de solidariedade e pode ajudar pacientes que precisam de transplante, como única chance de cura para doenças de sangue, como leucemia, linfomas, alguns tipos de anemia, doenças imunes e diversas síndromes. Há cerca de 25% de chances de encontrar um doador compatível na família. Havendo um irmão totalmente compatível (100%), esta será a primeira escolha para ser um doador. Caso contrário, inicia-se a busca para a realização do transplante entre pessoas não aparentadas, cuja compatibilidade é de 1 em 100 mil.
Mesmo essa situação sendo tão rara, uma doadora do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC) teve a compatibilidade confirmada, no início deste ano. Conheça a história de Ana Carolina de Moura Pivetta, que com apenas 20 anos de idade, já fez 11 doações de sangue e de plaquetas por aférese no HEMOSC de Blumenau.
No início deste ano, Ana Carolina foi surpreendida com uma ligação informando que era compatível com uma pessoa que estava precisando de transplante de medula. Ela não acreditou, porque fazia poucos meses que tinha realizado o Cadastro de Doação de Medula Óssea no HEMOSC.
A coleta da medula de Ana Carolina ocorreu no dia 13 de março e todo o processo foi tranquilo. “Fui orientada em tudo e incentivada a seguir com o processo. Para quem tem interesse em realizar o cadastro, primeiro deve se informar sobre como é o processo da doação. Ter realmente consciência da magnitude desse gesto, pois tem várias etapas. É preciso um coração cheio de gratidão para passar por todas elas", explica.
Filha de colaboradora do setor de Coleta do Hemocentro de Blumenau, Ana Carolina decidiu realizar o cadastro por incentivo da mãe, Tatiane Silva de Moura, e também por já ser doadora de sangue, sendo mais uma forma de ajudar quem precisa. Uma simples coleta de 5 ml pode salvar uma pessoa.
“Ana Carolina é muito especial, tão jovem, tão consciente, tão generosa. Um importante exemplo a ser seguido. O fato de ser filha de uma colaboradora demonstra o quanto impactamos na vida das pessoas. Muito orgulho dessa história da família HEMOSC,” declara a diretora-geral do HEMOSC, Patrícia Carsten.
Como ser doador de medula óssea
O cadastramento de candidatos à doação de medula óssea no território catarinense é realizado pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC), unidade do Governo do Estado, que está vinculado ao Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
A pessoa interessada em se cadastrar deverá se dirigir a uma das unidades do HEMOSC, onde receberá orientações sobre o cadastramento e a doação de medula óssea. Para realizar a doação, o voluntário precisa ter entre 18 e 35 anos de idade. O doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade.