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O cenário alimentar e nutricional da população brasileira, atualmente, tem apresentado aumento do excesso de peso e das doenças crônicas. Em Santa Catarina, esse tendência se mantém com ocorrência de sobrepeso e obesidade em todas as fases do ciclo da vida, conforme diagnóstico realizado em 2021. Inúmeros são os desafios para enfrentar a obesidade, desde a necessidade de compreensão dos múltiplos fatores determinantes da doença e até sua complexa interação com os ambientes.

Para discutir essas questões, está ocorrendo nesta sexta-feira, 9, um encontro com a Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/MS), Diretoria de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (DAPS/SES), a fim de apoiar os profissionais das regionais e municípios na implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição em nível local. O evento está sendo realizado no auditório do Tribunal Regional do Trabalho, em Florianópolis, até ás 17h.

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Com auditório cheio, a diretora da DAPS, dra Jane Laner agradeceu a presença de todos e reforçou a necessidade de melhorar os indicadores de alimentação e nutrição da atenção primária. “Temos o monitoramento dos diabéticos, hipertensos, gestantes, mas muitas vezes o indicador de hábitos alimentares de peso e estatura de crianças é subregistrado, pois os sistemas são pouco entendidos. Nosso objetivo hoje é melhorar a qualidade do registro, o diagnóstico e a assistência na atenção primária, porque é lá onde tudo começa. E, assim, poderemos estar intervindo precocemente para que os distúrbios nutricionais não afetem as condições de saúde das pessoas”.

A oficina trará um panorama de como estão os programas nos municípios de Santa Catarina, como explica a referência da Área Técnica Estadual de Alimentação e Nutrição da DAPS, Csele van de Sand. “Estamos discutindo novas ações na área de alimentação e nutrição, além das dificuldades encontradas para implementá-las, tanto na aplicação dos recursos quanto nos agravos nutricionais dos municípios, ajudando na construção de ações locais e, assim, multiplicando para todo o Estado”.

Outra questão importante, é a relação direta da alimentação e nutrição com as doenças crônicas. Um dos focos de discussão é fazer com que os profissionais dos municípios observem que alimentação e nutrição está ligada ao avanço ou diminuição das doenças crônicas não transmissíveis, pois sobrepeso e obesidade é indicador das doenças crônicas, conforme destaca a enfermeira Maria Catarina da Rosa, coordenadora de Atributos da Atenção Primária à Saúde da DAPS.

Atualmente, o Ministério da Saúde tem os programas Crescer Saudável, Proteja e Saúde na Escola, que se interligam em algumas ações e promovem o crescimento saudável da criança e adolescente, controle e tratamento da obesidade nessa população. Eles propõe estratégias e ações de alimentação e nutrição que estão sendo construídas no âmbito estadual e municipal, podendo ser trabalhadas de forma integrada e intersetorial com a assistência social e educação, levando a um olhar global por parte dos profissionais e gestores.