Febre Amarela | Boletim Epidemiológico 03/2021

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim n° 03/2021 sobre a situação epidemiológica da Febre Amarela (FA), vigilância de epizootias em Primatas Não Humanos – PNH (macacos) da Semana Epidemiológica (SE) 01/2021 a 08/2021 (03/01/2021 a 27/02/2021).

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

>>> Vigilância de casos humanos

A vigilância de casos humanos é feita por meio da notificação de casos com sintomatologia compatível com FA. Todo caso suspeito deve ser imediatamente comunicado por telefone ou e-mail às autoridades de saúde (em até 24 horas), por se tratar de doença grave com risco de dispersão para outras áreas do território nacional e internacional.

Em 2021, entre a SE 01 a 08 (03/01/2021 a 27/02/2021), foram notificados 10 casos humanos suspeitos de FA, sendo que 6 já foram descartados, 3 permanecem em investigação e 1 foi confirmado com a doença (Tabela 1 e 2).

O caso confirmado neste ano se trata de uma mulher de 40 anos, residente do município de Taió, sem registro de vacina contra a febre amarela. No ano de 2020, SC teve 17 casos confirmados com a doença.

Quando se analisa o período de monitoramento (julho/2020 a junho/2021), foram notificados 44 casos suspeitos, sendo que 40 foram descartados (34 pelo critério laboratorial e 6 pelo critério clínico-epidemiológico), 3 permanecem em investigação e 1 foi confirmado com o vírus (Figura 1).

>> Vigilância de Epizootias em Primatas Não Humanos – PNH (macacos)

A vigilância de epizootias em PNH consiste em captar informações sobre o adoecimento ou morte desses animais e investigar oportunamente, a fim de detectar precocemente a circulação do vírus amarílico e subsidiar a tomada de decisão para a adoção das medidas de prevenção e controle.

No ano de 2021, entre a SE 01 a 08 (03/01/2021 a 27/02/2021), foram notificadas 315 epizootias de PNH em 39 municípios de Santa Catarina. Neste período, do total de PNH acometidos, 200 (63%) tiveram a causa do óbito indeterminada (sem possibilidade de diagnóstico devido à ausência de coleta de amostras para análise), 90 (29%) permanecem em investigação, 2 (1%) foram descartados, e 23 (7%) foram confirmados com FA (Tabela 3 e Figura 2).