SAÚDE PÚBLICA

Greve a partir do dia 22

Os trabalhadores da Saúde em Santa Catarina decidiram, em assembleia geral da categoria, ontem, entrar em greve a partir de terça-feira, dia 22.Os funcionários, em estado de greve há mais de dois meses, reivindicam a incorporação do abono de 16,76% do salário e a reestruturação da carreira dos servidores. Após várias paralisações temporárias desde a última greve em novembro do ano passado, os servidores decidiram cruzar os braços e paralisar novamente os trabalhos.

Por meio de nota, a Secretaria da Saúde informa que uma nova posição sobre o assunto só será possível após parecer da Procuradoria-geral do Estado. Diz ainda que com o abono concedido em novembro de 2009, o salário dos servidores passou a ser, em média, 150% superior ao de janeiro de 2003.

-CRACOLÂNDIA
Caixa d’água de hospital estadual passa por reformaA caixa d’água do Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, passou por reformas da Secretaria do Estado da Saúde. O local havia se transformado “dormitório” para usuários de drogas. O gramado ao redor foi roçado. O espaço também foi limpo. Falta fechar o vão entre os dois reservatórios, um em cima do outro. A determinação foi da Vigilância Sanitária para evitar que pessoas estranhas voltem a ter acesso à caixa d’água.

CRACOLÂNDIA

Caixa d’água de hospital foi limpaA caixa d’água do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, que, no início do mês, se transformou em cracolândia para usuários de drogas, já está com a aparência renovada: o gramado ao redor foi roçado e o espaço que havia virado “dormitório” foi limpo. Agora, falta fechar o vão entre os dois reservatórios.

Por determinação da Vigilância Sanitária, a mudança é uma medida preventiva para evitar que pessoas estranhas voltem a ter acesso à caixa d’água. Um arquiteto e um engenheiro civil da Secretaria do Estado da Saúde (SES) definiram que o melhor material a ser usado no fechamento do vão é a chapa metálica.

– Se custar menos de R$ 8 mil, a obra tem início imediato. Caso contrário, haverá licitação – afirma a gerente de Obras da SES, Léa Alt Lovisi.

Uma equipe do hospital continua a monitorar, diariamente, a entrada de pessoas na caixa d’água. No sábado, uma empresa terceirizada fez a limpeza do reservatório e a Vigilância coletou água do local e de outros pontos de dentro do hospital para confirmar uma possível contaminação. Nada foi comprovado.

GREVE NA SAÚDE

Servidores ameaçam parar na terça-feiraOs trabalhadores da Saúde em Santa Catarina decidiram em assembleia geral da categoria, na tarde de ontem, entrar em greve a partir da próxima terça-feira, dia 22.

Os funcionários, em estado de greve há mais de dois meses, reivindicam a incorporação do abono de 16,76% do salário e a reestruturação da carreira dos servidores. Após várias paralisações temporárias desde a última greve, em novembro do ano passado, os servidores decidiram cruzar os braços e paralisar novamente os trabalhos.

A categoria seguiu em passeata, ontem, até a Assembleia Legislativa, no Centro de Florianópolis. Um grupo de trabalhadores ficou em vigília no local até o meio-dia.Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde informou que já está sendo pago, desde maio, um abono de 16,76% aos servidores.

Uma nova posição sobre o assunto só será possível após parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que no momento analisa a reivindicação da categoria.Segundo a secretaria da Saúde, com o abono concedido em novembro de 2009, o salário dos servidores passou a ser, em média, 150% superior ao salário de janeiro de 2003.O secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza, estava em viagem na tarde de ontem e não se pronunciou sobre a decisão dos servidores da saúde.

Cidade

Gripe A. Maior agilidade nos exames permite iniciar logo tratamento
Vírus é detectado com mais rapidez

Mesmo com a gripe A controlada em SC, o Lacen não deixou de receber amostras para análises. Diariamente chegam ao local pelo menos quatro, número 70% menor do que era recebido no auge da epidemia, durante os meses de julho e agosto de 2009.

Até o dia 15 de junho, o Lacen já recebeu 486 amostras e dois casos foram confirmados este ano. Um dos pacientes morreu no sábado, em Balneário Camboriú. O outro caso, registrado em Papanduva, no Planalto Norte, não foi grave. A partir de janeiro deste ano, o diretor do Lacen, João Daniel Filho, explica que a equipe de 12 profissionais conseguiu colocar em dias os procedimentos. Hoje, uma análise demora cerca de 72 horas para se ter o resultado.

De 28 de abril de 2009, data em que chegou a primeira amostra, até dezembro, foram colhidas mais de 7 mil . Desse total, 3 mil exames confirmaram a contaminação pelo vírus da Geripe A. Em junho do ano passado, chegaram 260 amostras e 20% foram confirmadas. “Até o dia 15 de junho chegaram 54 e apenas um caso foi confirmado, somando dois casos desde o começo do ano”, informa o diretor do Lacen.

A vacina contribuiu para reduzir o número de casos. “Não é porque os casos estão controlados que a prevenção deve ser deixada de lado. Estamos preparados para atender a demanda”, afirma o diretor.

Em 2009, prazo era de 60 dias

Até agosto do ano passado, as amostras eram enviadas ao Rio de Janeiro para serem processadas. Apenas três laboratórios no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Pará) eram credenciados junto ao Ministério da Saúde para esse tipo de exame. Com isso, os resultados demoravam até 60 dias para chegar, e só então era iniciado o tratamento do paciente.

Ainda em agosto de 2009, o Lacen foi autorizado a examinar as amostras. Conforme o diretor do laboratório, o estado investiu cerca de R$ 800 milhões em equipamentos e capacitação dos profissionais para adequar o Lacen e, no mesmo mês, os profissionais começaram a trabalhar.“Analisamos o que chegava e pegamos o que ainda estava no Rio de Janeiro esperando ser processado. Agora conseguimos efetuar todos os procedimentos de SC”, destaca o diretor do Lacen, João Daniel Filho.

Estado

Pressão. Funcionários públicos decidem paralisar atividades, a partir de terça-feira, em todo o estado
Nova greve ameaça a Saúde

Os servidores estaduais da Saúde prometem paralisar as atividades a partir das 7h desta terça-feira, quando deverá funcionar apenas o atendimento das emergências e urgências dos hospitais. A decisão foi votada ontem em assembléia geral organizada pelo SindSaúde, com presença de mais de 300 servidores e representantes de entidades funcionais. A greve tem o objetivo de pressionar o governo a aprovar a incorporação do abono salarial de 16,76% conquistado na greve promovida no ano passado, que hoje é pago separadamente e não equivaleria ao ganho real.

O governo elaborou um projeto de lei para solucionar a situação dos servidores, porém, para liberar a incorporação do abono no salário, a Secretaria da Administração aguarda o parecer da Procuradoria Geral do Estado, que deve avaliar se o projeto é viável juridicamente.

Segundo a presidente do sindicato, Edileuza Fortuna Garcia, os representantes do sindicato buscaram negociação com o governo por meios de diversos canais, mas não tiveram avanços. “Os servidores estão revoltados com o descaso do governo. Prestamos um serviço essencial e, no entanto, fomos os únicos que não recebemos o abono incorporado. A desculpa é que o projeto de lei ainda não foi aprovado pela procuradoria, mas entendemos que isso é muito mais uma questão política”, afirma.

O secretário de Estado da Saúde, Roberto Hesse de Souza, estava em viagem e não pode atender a equipe do Notícias do Dia. Por meio de nota, a assessoria de comunicação informou que uma nova posição relacionada ao abono salarial dos servidores só será possível após parecer da procuradoria que analisa a reivindicação.