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  VACINA CONTRA A GRIPE A

 

Não deixe para a última hora

Trintões de Joinville saíram na frente. Ministério estuda prorrogar a campanha para atingir mais pessoas

 

As mais de 80 mil pessoas de Joinville que têm entre 30 e 39 anos e todos aqueles que já deveriam ter se vacinado mas perderam os prazos da sua faixa etária têm 12 dias para correr a um dos postos de saúde espalhados pela cidade. Embora o Ministério da Saúde estude a possibilidade de aumentar o período da campanha, melhor mesmo é não deixar para a última hora e garantir a imunização contra o vírus H1N1.

Joinville saiu na frente e no sábado iniciou a última etapa de vacinação. Postos de saúde, shoppings, lojas e supermercados ofereceram a dose para pessoas de 30 a 39 anos. Logo no início da manhã de sábado, uma pequena fila já se formava no Posto de Saúde do bairro Bucarein.

Hoje começa a última etapa em todo Estado. O objetivo da Saúde de Joinville foi dar oportunidade para que os trabalhadores pudessem adiantar a vacina no sábado.

Ontem à tarde, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que pode prorrogar o prazo de vacinação contra a gripe A em alguns Estados para que a meta de imunizar pelo menos 80% do público-alvo seja atingida. No Rio de Janeiro, onde foi registrada a cobertura mais baixa entre as pessoas de 20 a 29 anos, já está decidido que haverá prorrogação. Não há definição para Santa Catarina. A preocupação maior é em relação às gestantes.

Foram vacinadas 1,9 milhão de mulheres grávidas no País, o que representa cobertura de 63% para o grupo. Temporão alertou que grande parte das mortes, tanto no ano passado como este ano, ocorreu entre mulheres grávidas.

“É importante que as mulheres saibam que essa vacina não traz nenhum risco para elas nem para a saúde do bebê. Essa é a única maneira de se proteger contra a doença”, ressaltou. As grávidas devem, em qualquer fase da gestação, procurar os postos e centros de saúde.

Em Joinville, os números devem ser fechados nesta segunda-feira. Mas a orientação é para que todos que ainda não tomaram a vacina e fazem parte dos grupos da campanha procurem os postos espalhados pela cidade.
 

 

SAÚDE

  

Medicamentos se tornam personalizados

 

Identificar a dose correta para o paciente é uma das aplicações práticas de um conceito mais amplo desenvolvido a partir das descobertas genéticas: a medicina personalizada. Há pelo menos dois caminhos em evolução: desenvolver testes que determinem a reação de medicamentos existentes nos diferentes tipos de pacientes e apontar biomarcadores para produzir drogas para subtipos de doenças.

Essa área de pesquisa começou ainda na década de 50, mas recebeu pouca atenção. A indústria estava focada em encontrar o medicamento eficiente para determinada doença, não para pacientes. Hoje, novas terapias começam a funcionar com remédios produzidos para um grupo acometido pela mesma doença. Resultados de pesquisas baseadas em subtipos de pessoas podem substituir o modelo de um medicamento para todos pelo de um medicamento para cada grupo.

Essa nova forma de medicar promete a redução do sofrimento dos pacientes com efeitos colaterais e de equívocos em tratamentos. Pesquisas mostram que um medicamento pode não ser eficiente para até 75% dos pacientes. Esse resultado coloca a indústria farmacêutica no papel do paciente que busca no consultório médico uma cura para sua deficiência.

Muitos medicamentos, especialmente para câncer, chegam ao mercado com a exigência de um teste de diagnóstico que atestará ao médico se o paciente tem o conjunto genético certo para o tratamento.

O biólogo brasileiro Everton Nogoceke, que mora na Suíça, trabalha com o desenvolvimento de terapias inovadoras que consideram as diferenças biológicas entre pacientes. Esses estudos partem da definição de biomarcadores. O mais conhecido deles é o gene receptor HeR-2. Entre 20% e 30% das mulheres com câncer de mama têm o receptor nas células cancerígenas. O anticorpo trastuzumab, chamado no mercado de Herceptin, foi desenvolvido para combater o HeR-2 nestes pacientes. O resultado foi uma redução na proliferação das células cancerígenas na maioria das pacientes.

SAIBA MAIS

Conheça exames de diagnóstico preventivo disponíveis no Brasil:

TROMBOSE VENOSA

Doença: é a formação de um coágulo sanguíneo nas veias. A trombose se manifesta com obstrução de uma ou mais veias logo abaixo da pele ou mais profundas, no interior dos músculos.

Exame: rastreia três variações genéticas. É indicado para pessoas com história familiar de trombose, que vão ficar imobilizadas ou que vão fazer uma cirurgia traumática.

OBESIDADE NA GRAVIDEZ

Doença: o eganho excessivo de peso na gravidez pode estar associado ao genótipo TT no gene da subunidade beta 3 da proteína G, caracterizado por um metabolismo econômico.

Exame: o teste avalia alterações genéticas na proteína G. Com essas informações, médicos poderão orientar a dieta das gestante.

 

DOENÇA DE ALZHEIMER

  
Doença: embora não haja nenhuma cura conhecida, medidas dietéticas propostas supostamente poderiam retardar a progressão da doença.

Exame: foi identificada uma forte relação entre uma variação do gene ApoE e a manifestação da doença.

CEGUEIRA SENIL

Doença: cegueira senil (degeneração macular senil) é uma doença do olho e uma das principais causas de deficiência visual para pessoas com mais de 60 anos.

Exame: o teste em desenvolvimento e implantação no gene avalia variantes genéticas em cinco regiões do genoma, que podem aumentar o risco para até 20%. Tratamentos preventivos estão disponíveis.

DOENÇA CELÍACA (DC) Doença: é causada por uma resposta imunológica anormal a proteínas de glúten de trigo e similares em cevada e centeio. Mas estudos recentes estimam que ela acomete uma em 133 pessoas.

Exame: o diagnóstico genético é muito útil em estabelecer o risco de desenvolvimento da doença e identificar quem deve se submeter a exames de sangue específicos. Entre as pessoas que têm um parente de primeiro grau com diagnóstico de DC, uma em cada 22 podem ter a doença.

 

 SAÚDE

  

A dose certa para cada paciente

 

Um tipo de exame genético foi desenvolvido como projeto de pesquisa no Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo. Por meio de uma amostra de sangue, o teste rastreia a ação de enzimas que ajudam no metabolismo de medicamentos. Existem três tipos de metabolizadores: os normais, os ultrarrápidos e os lentos.

“Uma pequena porção da população metaboliza rápido medicamentos, tão rápido que não dá tempo do remédio fazer efeito. São aquelas pessoas que dizem ‘doutor, o remédio não adiantou nada’. Não teve efeito terapêutico e nem colateral”, diz o psiquiatra Wagner Gattaz, presidente do IPq.

No IPq, o estudo começou com base na observação de pacientes que eram medicados e não melhoravam. Foi o caso de Luana, 16 anos (o nome foi preservado a pedido do médico), diagnosticada com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) muito grave desde os dez anos. A jovem passava de quatro a cinco horas tomando banho porque tinha que passar por um ritual diário de higienização e, quando achava que tinha cometido algum erro, recomeçava a limpeza.

Durante cinco anos, ela havia feito tratamentos e não respondeu a nenhum medicamento. O médico desconfiou que ela fosse uma metabolizadora ultrarrápida e a submeteu ao exame. O resultado confirmou a suspeita e o tratamento foi modificado.

O teste metabólico é oferecido em poucos locais no Brasil. Na USP, pelo menos 400 pessoas já fizeram o exame.

  

ALIMENTO

VIVA SEM SAL

Excesso do tempero tem efeitos maléficos, podendo provocar problemas cardíacos graves

 

Tudo parecia estar bem. Os níveis de colesterol se mantinham dentro do normal, a saúde não dava sinais de problemas e a vida seguia sem sobressaltos. Seguia. Até que um infarto chegou de repente e pegou Antônio Grecca, 60 anos, de surpresa. Como um susto desses pode atingir uma pessoa saudável? A explicação pode estar em um inocente gesto comum a qualquer brasileiro: colocar pitadas de sal na comida. O tempero em excesso dentro do organismo tem efeitos maléficos e aumenta a pressão sanguínea, podendo provocar doenças cardíacas graves.

“Não tinha histórico da doença, nem sabia que era hipertenso. Acredito que a ingestão de sal foi um fator determinante que resultou no infarto”, diz Grecca.

Agora, dedica-se a exercícios físicos, redobrou a atenção com a alimentação e, claro, reduziu bastante a quantidade de sal. O novo comportamento de vida não deve ser seguido apenas por Grecca, mas por qualquer pessoa, saudável ou não. Uma pesquisa americana recente, publicada no “New England Journal of Medicine”, mostrou que uma pequena alteração no hábito alimentar pode evitar milhares de mortes. Segundo o estudo, o corte de meia colherzinha de chá de sal por dia evitaria até 92 mil mortes por ano nos Estados Unidos.

A pesquisa é relevante também para o Brasil. Por aqui, o consumo do tempero é bem acima do recomendável. Em média, o brasileiro ingere diariamente 12 gramas de sal, quando o ideal é, no máximo, metade dessa quantidade. “Sabemos que é um veneno para a pressão arterial. É pior que o estresse, o esforço, o frio”, afirma Jorge Ilha Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

De acordo com o presidente, a redução no sal precisa ser encarada como uma atitude inadiável. No Brasil, são registradas mais de 300 mil mortes por ano como resultado de eventos cardíacos. Se o consumo for reduzido, o número de vidas perdidas também seria significativo. Só que para frear o consumo do tempero na alimentação, os especialistas esbarram em um desafio gigante: a mudança de hábito.

“Mudar o estilo de vida é uma das maiores encrencas que enfrentamos, mas precisamos iniciar essa luta logo. O problema do sal é uma questão epidemiológica”, acredita o cardiologista Pedro Pimentel Filho.

Livrar-se do consumo exagerado do sal é uma missão árdua. A dificuldade ocorre porque o tempero não é encontrado apenas na forma clássica de pó branco, como estamos acostumados. Na verdade, o sal costuma ficar escondido em muitos outros alimentos.

“Ele está escondido até onde não nos damos conta, como em pães, produtos congelados e bolachas”, ressalta a nutricionista Júlia Dubin.

Uma boa dica é olhar com atenção o rótulo dos produtos. Lá, é especificada a porcentagem de sódio presente naquele alimento em relação ao consumo diário ideal por pessoa. Por exemplo, o rótulo de um pão pode mostrar que cada fatia tem 7% da quantia de sódio recomendada. Se você ingerir quatro fatias por dia, irá consumir quase 30% do total de sódio diário somente em pães.

Mesmo descobrindo que boa parte do sódio está camuflada nos alimentos, não se pode deixar de redobrar atenção às pitadas adicionadas na comida caseira. Deixar o saleiro em cima da mesa, por exemplo, é considerado um pecado capital pelos cardiologistas.

“Uma boa alternativa é não salgar a comida durante o preparo, apenas temperá-la quando já está pronta, na mesa. A pessoa sente mais o gosto salgado usando menos sal”, diz o cardiologista Pedro Pimentel Filho. Outra alternativa é mudar de tempero. Em vez do sal, utilize pimentas naturais, orégano, salsinha e curry.

Leia o rótulo dos produtos

O QUE PROVOCA

- O verdadeiro vilão da pressão arterial é um componente que está dentro do sal: o sódio.

- Quando ingerido em excesso, pelo consumo de sal, o nutriente lesiona os rins e impede que esses órgãos eliminem o excesso de água no organismo

- Com mais água circulando, a quantidade de sangue no organismo fica maior do que o volume ideal.

- Quando o volume de sangue aumenta muito, o coração precisa fazer mais força para bombeá-lo, ou seja, provoca o aumento da pressão arterial.

OS VILÕES EM SUA ALIMENTAÇÃO

- Temperos prontos: vendidos nos supermercados, esses produtos têm na composição temperos diferentes, entre eles, o sal. Às vezes, uma única porção faz o consumidor ingerir mais sódio do que o recomendado por dia.

- Mostarda e molhos para salada: fortes e com gosto saliente, recebem grandes quantidades de sódio.

- Congelados: para dar sabor a pizzas, hambúrgueres e nuggets, as indústrias não poupam pitadas de sal. Poucas porções de congelados ultrapassam a quantia diária de sódio recomendada.

- Pão doce: apesar do nome fazer referência ao açúcar, o sódio não deixa de estar presente.

- Churrasco: mesmo batendo o sal grosso após assar, a carne se mantém muito salgada e o consumo em excesso pode prejudicar a pressão arterial.

- Embutidos: linguiças e salsichas figuram entre os principais vilões da saúde. Têm muito sódio.

OS TIPOS

- Fino: esse tipo de sal é considerado o pior deles. Por ser refinado, entra mais facilmente na corrente sanguínea e chega aos rins com mais rapidez.

- Grosso: esse tipo tem as vantagens de não ser refinado e poder ser retirado parcialmente após o preparo. Porém, em geral, o sal grosso é sempre colocado em excesso.

- Light: é uma mistura com os nutrientes sódio e potássio. Recomenda-se esse tipo de sal para pessoas que sofrem de hipertensão por ter menos sódio. Mas o sal light deve ser evitado por pacientes com problemas renais, que também podem ser provocados pelo consumo de potássio em excesso.

 

 

 

 

 

 

 

 VEZ DOS TRINTÕES 
 

Começa nova etapa da vacinação
A partir de hoje, pessoas entre 30 e 39 anos podem procurar os postos de saúde para serem imunizadas contra a gripe A

Começa hoje a última etapa de vacinação contra a Gripe A. A população com idade entre 30 e 39 anos deve procurar o posto de saúde mais próximo. A campanha termina em 21 de maio. No Estado, a Vigilância Epidemiológica aguarda vacinar 940 mil pessoas nesta faixa etária. Da meta total de 2,8 milhões de pessoas, 60% já se vacinaram em Santa Catarina.

O grupo que menos aderiu à campanha são as gestantes, único que ainda não alcançou 80% do total de vacinados.

– Nós achávamos que era desinformação, mas a importância das grávidas se vacinarem já foi muito divulgada. Então não sabemos o porquê desta resistência. É um grupo de risco, que teve bastante complicação ano passado com o vírus e precisa se vacinar – afirma Luis Antônio Silva, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.

Silva destaca que até 21 de maio qualquer pessoa que faça parte dos grupos anteriores de vacinação, mas que ainda não se vacinou, deve procurar o posto de saúde para a imunização.

Isso inclui gestantes, doentes crônicos, crianças de até dois anos, indígenas, profissionais de saúde e a população com idade entre 20 e 29 anos.

Joinville saiu na frente e, no sábado, começou a última etapa de vacinação contra o vírus H1N1. Regionais da saúde, shoppings, lojas e supermercados ofereceram a dose e a procura foi considerada boa.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a proposta de antecipar foi para aproveitar o sábado em que os postos ficam abertos para vacinar trabalhadores que não têm tempo de tomar a vacina durante a semana.

Joinville espera imunizar 82 mil na fase que começa

Cerca de 82 mil pessoas nesta faixa etária deve receber a dose na cidade. O número é considerado muito alto. Por isso, o sábado serviu como um ponto de partida para atingir a meta. A população atendeu ao chamado e foi para as regionais.

Logo no início da manhã de sábado, uma pequena fila já se formava no posto de saúde do bairro Bucarein. O motorista Adilson Adriano Michels, 36 anos, chegou no local, pegou a senha e aguardou ser chamado. Enquanto esperava na fila, aproveitou para questionar a enfermeira se havia contra-indicação.

– Estou resfriado, mas não vai ter problema – diz Adilson.

Ele trabalha de segunda à sexta e aproveitou a folga para se imunizar. 
 

 

A VEZ DOS TRINTÕES 
 

Prorrogação é analisada

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que pode prorrogar o prazo de vacinação contra a gripe A em alguns estados para que a meta de imunizar pelo menos 80% do público-alvo seja atingida no país.
No Rio de Janeiro, onde foi registrada a cobertura mais baixa entre as pessoas de 20 a 29 anos, já está decidido que haverá prorrogação. Até sexta-feira, apenas 10 estados haviam atingido a meta oficial, na média dos grupos escolhidos como prioritários para a campanha.

A preocupação maior é em relação às gestantes. Foram vacinadas, em todo o país, 1,9 milhão de mulheres grávidas, o que representa cobertura de 63% para o grupo.

Temporão alertou que grande parte das mortes, tanto no ano passado como este ano, ocorreram entre mulheres grávidas.

– É importante que as mulheres saibam que essa vacina não traz nenhum risco para elas nem para a saúde do bebê. Essa é a única maneira de se proteger contra a doença – ressaltou o ministro.

As grávidas devem, em qualquer fase da gestação, procurar os postos e centros de saúde.

A marca de 80% das gestantes imunizadas tinha sido atingida em apenas três estados: Goiás, Maranhão e Santa Catarina. Há defasagem também entre os jovens de 20 a 29 anos, com 69% de cobertura 
 


Dia a dia

 

Debate - O Hospital Dona Helena realiza, hoje, às 19h30min, debate sobre bioética e o novo código de ética, com a médica Elisabeth Grubba Richter. O evento ocorre no auditório do hospital, que fica na Rua Blumenau, 123, Centro, em Joinville. Informações pelo telefone (47) 3451-3333..
 

 

 

 

Saúde (1)
O deputado Dado Cherem (PSDB) recolhe assinaturas para um Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que veda a inclusão de gastos com os inativos da saúde nos 12% de investimento obrigatório no setor. Se aprovada a PEC, a Saúde ganhará R$ 70 milhões a mais por ano. Mas o governo terá que encontrar uma saída no Orçamento para fazer o pagamento, algo em torno de R$ 9,6 milhões por mês a 3.944 pessoas.


Saúde (2)
O Conselho Nacional de Saúde e o Tribunal de Contas do Estado já emitiram pareceres favoráveis à retirada dos valores das pensões e aposentadorias do repasse obrigatório ao setor. O governo federal ainda tem que regulamentar o que é gasto com a saúde, o que faria a medida catarinense ser pioneira no país.A partir das 14 assinaturas necessárias, a PEC seguirá para a CCJ da Assembleia.

 

 

 

 

EDITORIAIS
 
O SUS em xeque

Inovador na sua origem e motivo de orgulho da administração pública no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta hoje um impasse por razões que vão desde a cobertura deficiente até mesmo a problemas de gestão. As carências financeiras ficaram mais evidentes a partir do momento em que o modelo deixou de contar com os recursos fáceis da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A Emenda Constitucional nº 29 ainda não pode contribuir plenamente para reforçar os recursos, pois aguarda regulamentação no Congresso desde 2000. Por isso, a campanha à sucessão presidencial pode se constituir num momento propício para a discussão de alternativas com o objetivo de aperfeiçoar o atendimento na área de saúde pública, que não se resume a mais verbas.

Anualmente, o sistema público de saúde em geral consome R$ 112 bilhões. Ainda assim, o gasto do Brasil nesta área é considerado baixo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). A conversão em dólar mostra que os dispêndios per capita no país são inferiores aos de países vizinhos, como Chile, Uruguai, Argentina e Colômbia. Os valores são menores também que os de países europeus e os dos Estados Unidos, onde só agora o acesso à saúde pública foi ampliado, tornando-se mais próximo do modelo brasileiro.

Parte da escassez de verbas no Brasil pode ser atribuída a problemas de gestão e a falhas no modelo, além de normas e regulamentações em excesso. Ao mesmo tempo, com suas finanças muitas vezes no limite, alguns Estados e municípios acabam driblando as exigências mínimas de dotações para o atendimento nesta área. O somatório de causas coloca em risco um sistema do qual depende a imensa maioria dos brasileiros.

Quem quer que pretenda assumir o comando do país nos próximos quatro anos precisa acenar com a solução para esses impasses. Aos usuários do SUS, a mudança precisa ser percebida sob a forma de mais opções de atendimento ambulatorial, menos espera para consultas com especialistas e mais vagas nos hospitais.

 

 

 

 

 

Cidade

 

Gripe A
Vacinação chega à última etapa

 

Começa hoje em todo o país a última etapa de vacinação contra a Gripe A. desta vez, a prioridade é para pessoas com idade entre 30 e 39 anos. Em Santa Catarina, a faixa etária corresponde a cerca de 950 mil pessoas. Já na Grande Florianópolis espera-se que 32 mil adultos sejam imunizados.

 

Esta etapa segue até o dia 21 de maio e é uma oportunidade para quem ainda não recebeu a dose como crianças de seis meses a dois anos incompletos, gestantes, adultos de 20 a 29 anos, idosos com mais de 60 anos e doentes crônicos. Em Florianópolis, a vacina é disponibilizada em 48 postos de saúde das 8h às 12h e das 13h30 às 17h, além do posto volante localizado em frente ao Ticen.

 

Segundo a DIVE do estado, os únicos grupos prioritários que ainda não atingiram a meta estipulada pelo Ministério da saúde são as gestantes e os portadores de doenças crônicas com idade inferior a 60 anos.