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O aumento da oferta zerou a fila de 157 pacientes que aguardavam pelo procedimento endoscópico que serve para diagnosticar e tratar doenças no trato biliar e pancreático, de maneira menos invasiva. A Central Estadual de Regulação Ambulatorial possuía solicitações de Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) desde 2019, sendo nove pacientes na macrorregião Norte e Nordeste, 10 no Vale do Itajaí, 25 na Foz do Rio Itajaí, 68 no Meio-Oeste e Serra Catarinense, 22 na Grande Florianópolis e 23 no Sul.

Santa Catarina possui duas unidades de referência, contratualizadas, para realização do procedimento pelo SUS: o Hospital Universitário, de Florianópolis; e Hospital Maicé, de Caçador. "Com a ação, iniciada em março deste ano, foi possível abrir o acesso independente de pactuações com os municípios, unificar as agendas ambulatoriais e identificar das demandas reprimidas, aumentando a oferta no Hospital Maicé, que passou de seis para 30 procedimentos de CPRE mensais e, assim, a acabar com a demanda reprimida do exame", explica o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto.

A baixa oferta ambulatorial gerava atrasos no procedimento, levando os pacientes a complicações como icterícia, pancreatite e colangite decorrentes do cálculo na via biliar e, consequentemente, internações prolongadas com necessidade de CPRE de urgência. Além de prejuízo ao erário, essa situação acarretava em demandas judiciais devido à demora no atendimento.

CPRE: para que serve

A Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) é um procedimento endoscópico indicado para avaliação e tratamento de patologias biliares e pancreáticas, tais como investigação de neoplasias de vias biliares, investigação de causa de pancreatite, retirada de cálculo impactado em colédoco, colocação, retirada ou troca de próteses em estenoses de vias biliares e tratamento de complicações biliares pós transplante hepático, condições essas muitas vezes “tempo sensíveis”.

O atraso na sua realização impacta negativamente no prognóstico do paciente, na progressão de neoplasias e/ou evolução para pancreatite e colangite, com risco de sepse e óbito.