Em torno de 30% dos pacientes, em média. acabam faltando a consultas, exames ou cirurgias agendadas em Santa Catarina todos os anos. O alerta é feito pela Superintendência de Serviços e Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Apenas em 2018, mais de 40 mil pacientes faltaram a procedimentos, cerca de 30 % dos agendamentos. No ano anterior, o número de pacientes ausentes foi de 46.394 – o que representa 37,8% do total.
A falta de um a cada três pacientes em média, acaba deixando equipes médicas ociosas e fazendo com que a fila de espera do SUS não avance, o que prejudica milhares de usuários do sistema. O horário não pode ser utilizado para outras consultas por quem não está cadastrado no SISREG (Sistema de Regulação).
Ramon Tártati, superintendente de Serviços e Regulação da SES, elenca tipos de absenteísmo que causam prejuízos aos cofres públicos e comprometem o serviço de saúde oferecido ao cidadão. Ele ainda ressalta que é média é semelhantes aos demais estados brasileiros.
“Há o problema quando o paciente não é localizado para a consulta ou exame, há aquele que é avisado mas acaba não comparecendo e há o que comparece e por algum problema, como por exemplo falta de profissional ou equipamento, acaba não recebendo atendimento”, destaca. “O não comparecimento é um grande gargalo da saúde pública, mas prejudica o andamento da fila e gera custos ao estado.
O pedido da SES é para que a população mantenha seus cadastros atualizados junto às unidades de saúde e informem caso necessitem faltar a algum procedimento agendado. “Mantendo o cadastro é possível que as unidades consigam contatar os pacientes para a confirmação dos procedimentos”, destaca. “Mas é preciso que a população tenha consciência de que existem outros pacientes na fila e que as possíveis faltas devem ser comunicadas com antecedência”.
Sobre o Absenteísmo
O absenteísmo compromete a capacidade de marcação de consultas de uma unidade de saúde, dificulta o acesso de outros usuários ao sistema de saúde, acarreta aumento do prazo de espera para a realização de uma determinada consulta e gera gastos financeiros, haja vista que o serviço é pago pelo município mesmo quando o usuário não comparece a um atendimento agendado.
Mais do que prejudicar o dia de atendimento, as faltas injustificadas de pacientes sem qualquer comunicação prévia em consultas ou exames agendados compromete a eficiência do serviço. Ou seja, o prejuízo acaba afetando a todos os usuários do Sistema de Saúde.