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SAÚDE PÚBLICA
Sai lista com profissionais para o Hospital Regional

A chamada dos aprovados no seletivo especial para o Hospital Regional, em Joinville, foi publicada ontem no “Diário Oficial”. Estão na lista dois clínicos gerais, quatro cirurgiões e 15 técnicos de enfermagem. O grupo terá contratação imediata. Nove enfermeiros aprovados em concurso público também foram chamados. Por serem efetivos, eles têm o prazo de 30 dias, prorrogável por mais um mês, para confirmarem se ficam com a vaga ou não.

 
GESTÃO
Seminário discute ações para qualidade hospitalar

O 2º Seminário Catarinense de Qualidade Hospitalar continua até as 13 horas de hoje no Hotel Bourbon, em Joinville, com a participação de profissionais da saúde, gestores e administradores. Promovido pela Unimed Joinville e Centro Hospitalar Unimed, o encontro é uma oportunidade para a troca de experiência e atualização sobre as melhores práticas que garantam a segurança da saúde do paciente.


EVENTO
Dia da Saúde Mental será comemorado hoje

A Estação Ferroviária de Joinville será palco, hoje pela manhã, de uma atividade em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Mental. Várias atividades culturais serão realizadas com usuários de serviços públicos de atendimento e estudantes e profissionais ligados à área.


COMBATE À DENGUE
Prefeitura vai fazer entrega de oito motocicletas

Nesta segunda-feira, às 9 horas, o prefeito Carlito Merss e o secretário da Saúde, Tarcísio Crocomo, vão entregar oito motocicletas para o Programa Municipal de Controle à Dengue. A entrega dos veículos acontecerá na sede da Prefeitura.

Os veículos 125 cilindradas foram comprados com recursos do Ministério da Saúde, no valor de R$ 47,2 mil, e serão utilizados pelos agentes de combate à dengue no trabalho de monitoramento e vistoria.

 

Visor


NUTRICIONISTAS
Secretaria de Estado da Saúde envia documento em que as nutricionistas-chefes do Hospital Regional de São José e do Celso Ramos, de Florianópolis confirmam estar de acordo com o processo para nova licitação da empresa que será responsável pelo fornecimento das refeições para as respectivas unidades hospitalares, ao contrário do que publicou este Visor. O edital foi aberto depois que foram encontrados cacos de vidro na comida de um paciente.

 


ARTIGOS
Dermatologia segura, por Sílvia Maria Schmidt*

Criada há 99 anos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é uma das mais antigas entidades médicas do país. É a segunda maior sociedade de dermatologia mundial. Em Santa Catarina, a regional da SBD foi fundada em 1974 e, com o passar do tempo, aumenta gradativamente o número de seus associados, bem como as atividades que a entidade busca desenvolver junto à comunidade. Atualmente, a SBD/SC conta com um quadro de sócios composto por 187 médicos.

Por ser uma instituição séria e de credibilidade, para ser membro titular da SBD o dermatologista precisa cumprir um trajeto bastante exigente e rigoroso. Além da faculdade de Medicina, cujos estudos são efetuados num período de seis anos, e da residência em um serviço credenciado pela própria SBD, durante mais três anos, onde o médico cumpre estágios em enfermarias e ambulatórios nas diversas áreas da dermatologia clínica, cirúrgica, cosmiátrica e laser. Deve passar o primeiro ano fazendo clínica médica, entrando em contato com todos os tipos de doenças, o que o qualifica para ser um melhor dermatologista.

A carga horária de uma residência em dermatologia é de 1.760 horas, o que equivale a 40 horas semanais, por 44 semanas. Após cumprir essas etapas básicas para se tornar membro titular da SBD, e poder se anunciar como dermatologista, com o aval do Conselho Federal de Medicina, o médico precisa obter aprovação na prova de título para especialista da SBD.

Atualmente, a SBD está trabalhando na divulgação dessas informações, que a maioria da população desconhece. Isto é muito importante, pois oferece mais segurança aos pacientes. Ao procurar um especialista, o ideal é que o paciente consulte o Conselho Regional de Medicina (CRM) ou a Sociedade Brasileira de Dermatologia do seu Estado, para confirmar se o profissional que ele irá consultar é, realmente, um especialista que cumpriu as devidas etapas exigidas para a sua formação.

 *Médica dermatologista, presidente da Sociedade Brasileira de Dermartologia de SC

  

Vida e saúde


NA CAMA
Sono melhor, pressão em dia
Estudos mostram que tratamento para apneia pode reduzir pressão

Ao estudar as causas da hipertensão resistente – aquela que não cede com o uso de medicamentos –, um grupo de pesquisadores constatou que a condição mais frequentemente associada ao problema é a apneia do sono – distúrbio caracterizado pela suspensão da respiração enquanto o paciente dorme.

O estudo foi realizado por cientistas do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com pesquisadores do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Em outro estudo ainda inédito, o grupo do InCor também demonstrou que o uso do equipamento conhecido como CPAP – sigla em inglês para “pressão positiva contínua nas vias aéreas” –, tratamento padrão para a apneia do sono, pode ser eficiente como auxiliar no caso dos pacientes com a patologia.

Um estudo anterior, publicado em março na Hypertension, havia demonstrado que o CPAP é eficiente também como prevenção, no caso de pacientes pré-hipertensos. Os dois trabalhos sobre hipertensão resistente foram realizados no âmbito de um projeto que teve apoio da Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa Regular e foram coordenados por Geraldo Lorenzi Filho.

– Os pacientes com hipertensão resistente, por definição, são aqueles que não conseguem controlar a pressão arterial mesmo tomando três fármacos anti-hipertensivos em dose máxima, sendo um deles diurético. Trata-se de um problema muito grave, por isso decidimos realizar um estudo sobre as causas desse tipo severo – afirma Lorenzi.

Os pesquisadores monitoraram mais de uma centena de pacientes de hipertensão resistente, a fim de investigar a causa do problema. A conclusão foi que a apneia era a condição mais frequentemente associada a ele. Foi identificada uma frequência de 64% de casos de apneia do sono na população de hipertensos resistentes. A apneia foi, de longe, a principal causa do problema.

 

NA CAMA
Hipertensão: uma doença mascarada

De acordo com Luciano Drager – também professor do InCor e um dos responsáveis pela série de estudos –, além dos trabalhos relacionados aos pacientes refratários ao tratamento, o grupo realizou um estudo com foco no caso inverso: os pacientes com hipertensão mascarada.

– Já sabíamos que a apneia do sono é um fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão e que o tratamento com CPAP promove uma redução da pressão. Começamos, então, a usar o CPAP para ver se conseguíamos impedir o surgimento do problema – explicou Drager.

No início do estudo, 94% dos pacientes com apneia apresentaram pré-hipertensão. Depois do tratamento com o CPAP, apenas 55% continuavam com o problema. Quanto à hipertensão mascarada, 39% apresentaram o problema no início do estudo. Após o tratamento, a frequência foi reduzida para 5%. O grupo que não recebeu o CPAP não apresentou mudanças significativas.

O paciente com apneia dorme mal, ronca, tem prejuízos na memória e sonolência diurna, por isso precisa do tratamento. Mas a principal mensagem do estudo, de acordo com o cientista, é que, além da melhora de qualidade de vida ocasionada pela redução dos sintomas da apneia, o tratamento com CPAP pode, em tese, prevenir a ocorrência de hipertensão.

Para os estudiosos, investir no tratamento da apneia com o uso do CPAP pode ser uma alternativa para reduzir a hipertensão.

  

NA MESA
Potência na mesa
Alimentos funcionais ajudam a turbinar a saúde e a prevenir muitas doenças

No Brasil, desde a década de 1990 foram regulamentados os alimentos funcionais, chamados assim por satisfazerem às necessidades nutricionais básicas para o corpo humano, além de desempenhar efeitos fisiológicos benéficos à saúde, como prevenir e auxiliar na recuperação de doenças. Muitos deles são bem comuns, como a soja, que tem isoflavonas, substâncias responsáveis por reduzir os níveis de colesterol e diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Em geral, pequenas adaptações nos pratos podem contribuir para uma melhora na alimentação.

A nutricionista funcional Luciane Scavone afirma que é possível ter uma alimentação saudável e comer com prazer ao mesmo tempo. Os alimentos, quando preparados com as técnicas corretas, contribuem com suas funções nutricionais e cumprem melhor o seu papel, desencadeando efeitos metabólicos.

Para que os produtos ditos funcionais cheguem ao mercado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige que o fabricante apresente provas científicas das propriedades funcionais alegadas na embalagem.

– Mas não se entusiasme demais com os rótulos: um litro de leite com ômega 3, por exemplo, oferece menos desse ácido graxo que uma posta de salmão – afirma Inar de Castro, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP).

 Muito mais do que nutrição

BETACAROTENO
> Previne o câncer.
> Como age: ao ingerir gorduras e proteínas, é convertido em vitamina A, protegendo as células do envelhecimento.
> Onde encontrar: abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve.
ISOFLAVONAS
> Diminui sintomas da menopausa.
> Como agem: aliviam os efeitos de calor e cansaço da tensão pré-menstrual.
> Onde encontrar: soja e derivados.
LICOPENO
> Diminui o risco de câncer de próstata.
> Como age: evita e repara os danos dos radicais livres, que podem desencadear o câncer.
> Onde encontrar: tomate e seus derivados, além de beterraba e pimentão.
ÔMEGA 3
> Diminui o risco de doenças cardiovasculares. > Como age: reduz os níveis de triglicerídeos e do colesterol do sangue.
> Onde encontrar: peixes como salmão e truta, castanhas e óleo vegetais.

 
REFLEXÃO
A vida por um fio

Saiba o que acontece com a mente no estágio de quase morte“Vi a morte com proximidade aflitiva. Se esticasse a mão, acariciava os seus contornos. Cheguei a perceber as suas cores: azul com lilás”

O pensamento, repleto de lucidez, é do comediante Chico Anysio. Ainda sem crer na reviravolta após passar 110 dias em coma induzido num centro de tratamento intensivo (CTI), o artista revelou a fragilidade de quem teve a vida por um fio.

Assim como o artista, quem já se deparou com a tênue fronteira que separa a vida da morte concorda que ela é envolta em mistério. Imperam o silêncio e muitas dúvidas: será que a pessoa ouve? Quando ela vai despertar? Demorará minutos, horas, dias, semanas, meses ou anos? Quando o que está em jogo é o órgão mais complexo do corpo humano, o cérebro, há sempre mais perguntas do que respostas concretas.

A ciência entende o coma, do grego koma (sono profundo), como a perda do estado de consciência, que depende da transmissão de sinais químicos do tronco cerebral e tálamo para o cérebro. Pode ser comparado a um sono, que, quanto mais profundo, mais difícil será de acordar. Segundo o neurologista Marino Muxfeldt Bianchin, a diferença é que o sono é um estado fisiológico, e o coma, patológico. No coma, a pessoa não pode ser despertada como quando está dormindo:

– No estado de coma, o indivíduo ingressa num estado de inconsciência que é ocasionado por uma disfunção ou lesão cerebral. Sendo assim, inconsciência pode ser definida como a incapacidade do paciente de ter percepção de si mesmo e do ambiente, associada a uma incapacidade de responder a estímulos externos e necessidades próprias – explica.

O que define o prognóstico do coma é a causa dele, segundo Bianchin. No coma induzido, quando o doente recebe medicamentos para esse fim, a opção serve como uma medida importante em casos de cirurgias ou em pacientes internados em centro de terapias intensivas, por exemplo.

Enquanto esse último pode ser reversível a qualquer momento, o coma pode ocorrer por meio de intoxicações exógenas (remédios em excesso ou álcool, por exemplo), traumatismo crânio-encefálico, tumores, derrames, entre outros fatores. Nesse último caso, dependendo do grau de lesão cerebral que o paciente sofreu, é mais difícil saber quando – e se – a pessoa vai despertar, explica o médico. No entanto, é possível oferecer um tratamento intensivo de suporte à vida, tratar a causa do coma, evitando futuros danos físicos e neurológicos.

Os diferentes níveis de consciência

O nível de consciência dos pacientes em coma pode ser avaliado por escalas objetivas tais como a Escala de Glasgow (ECG). Desenvolvida para avaliar o grau de consciência após traumatismos crânio-encefálicos, ela considera respostas a partir de abertura ocular, fala e capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados.

– Quanto mais tempo um paciente permanece em coma, mais greve foi o evento que o levou a este estado, e mais difícil será sua recuperação. O prognóstico depende do grau da lesão cerebral associada.

Lesões cerebrais muito graves podem levar à morte cerebral, que é o conceito que se tem de morte. Mas nem sempre foi assim: até meados do século 20, a morte podia ser definida no momento da parada cardíaca. Com o advento dos transplantes e técnicas de suporte avançado, a morte passou a ser considerada apenas quando há perda total e irreversível de todas as funções do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), mesmo se mantidos os batimentos cardíacos, a circulação e a respiração.

Embora as funções do coração sejam essenciais para manter uma pessoa viva, elas podem ser substituídas por meios artificiais ou mesmo transplantes. Já o cérebro não: no momento em que o encéfalo perde sua função, a pessoa é considerada morta do ponto de vista clínico.

DEPENDENDO DO GRAU DE LESÃO CEREBRAL, É MAIS DIFÍCIL SABER QUANDO E SE A PESSOA VAI DESPERTAR, MAS É POSSÍVEL OFERECER UM TRATAMENTO DE SUPORTE À VIDA

 
NUTRIÇÃO
Emagreça também a sua cabeça

Dietas, exercícios, remédios e procedimentos bariátricos para a restrição alimentar são as formas mais comuns e eficazes de tratar a obesidade. No entanto, não é raro haver casos de insucesso no processo de emagrecimento, principalmente quando a mudança de pensamento e comportamento é deixado de lado ao longo do tratamento.

A ansiedade é apontada regularmente como uma das principais causas da obesidade, mas, de acordo com a psicóloga especialista em terapia comportamental-cognitiva e transtornos alimentares Marilice Rubbo de Carvalho, frequentemente, a questão é mais complexa e envolve outros transtornos.

Sentimentos como tristeza, raiva e frustração também levam o indivíduo a buscar na alimentação uma fuga e, nestes casos, a redução definitiva de peso torna-se mais difícil. Segundo a especialista, quando isto ocorre, a terapia comportamental-cognitiva é parte fundamental do tratamento, atuando na busca da modificação de pensamentos disfuncionais associados aos hábitos do paciente, como o aprendizado sobre seu comportamento alimentar e entendimento dos sentimentos e pensamentos que o levam a comer.

A terapia tem ainda como objetivo gerenciar as emoções do paciente, como melhorar sua autoestima, reforçar e motivar a importância das mudanças de hábitos, reações de estresse, ansiedade e compulsão alimentar.

– Alguns sentimentos são comuns na maioria dos casos, às vezes provocados por traumas e crenças que geram baixa autoestima, infelicidade – revela a psicóloga.

O tratamento com a terapia não deve ser direcionado somente às pessoas que desejam mudar de comportamento e entender sua relação com a obesidade, mas também para aquelas que recorrem às cirurgias de redução de estômago e inibidores de apetite.

– É essencial que, antes de iniciar estes tratamentos, o paciente realize um trabalho de mudança cognitiva comportamental para se preparar para uma transformação na alimentação posterior aos procedimentos e ter programação necessária para manter o peso.

Segundo a psicóloga, quem precisa emagrecer deve, além de fazer acompanhamento psicológico, incluir na sua rotina algumas atitudes de administração do tempo e monitoramento da fome, além de estar ciente das vantagens de perder peso.

 
ANÁLISE
A expansão das anfetaminas


Relatório mundial demonstra que, depois da maconha, estimulantes são o segundo tipo mais consumido de drogas

Um novo relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) classifica os estimulantes do tipo anfetamínico (ATS), como o ecstasy e as metanfetaminas, como o segundo tipo de droga mais amplamente utilizada no mundo depois da cannabis.

Oferecendo uma análise mais abrangente, o Relatório Global de Estimulantes do Tipo Anfetamínico (ATS) de 2011 (Global Assessment ATS de 2011) aponta que a expansão do comércio da droga e os elevados lucros do crime representam uma ameaça crescente à segurança e à saúde em todo o mundo.

Enquanto a heroína e a co-caína têm atraído a maior parte das atenções nos últimos anos, os números sobre as apreensões de ATS e a descoberta de laboratórios clandestinos revelam uma área de preocupação crescente. Considerando que as apreensões de heroína, cocaína e cannabis permaneceram praticamente estáveis no período de 2005 a 2009, as apreensões ATS (à exceção do ecstasy, que se manteve constante) mostraram um claro aumento no mesmo período.

Acessíveis e fáceis de fabricar, as anfetaminas são drogas atraentes também aos criminosos. Ao contrário das drogas à base de plantas, como opiáceos e cocaína, drogas sintéticas podem ser fabricadas em qualquer lugar, com baixo investimento inicial.

De acordo com o relatório, o número de comprimidos apreendidos de metanfetamina no sudeste asiático cresceu significativamente nos últimos anos: de 32 milhões, em 2008, para 93 milhões em 2009 e 133 milhões em 2010.

– O mercado de ATS evoluiu de uma indústria caseira, caracterizada por operações de produção de pequena escala, para um tipo de mercado mais parecido com o da cocaína ou da heroína, com maior nível de integração e grupos de crime organizado envolvidos ao longo de toda a cadeia de produção e abastecimento – disse o diretor executivo do Unodc Yury Fedotov.

Segundo ele, já está sendo verificada a expansão da fabricação para novos mercados e rotas de tráfico.

A fabricação está sendo cada vez mais relatada na América Central e do Sul, com laboratórios sendo desmantelados no Brasil, na Guatemala e na Nicarágua. Além de anfetaminas e ecstasy, os mercados existentes de ATS estão assistindo ao surgimento de novas drogas estimulantes – as chamadas substâncias análogas – que estão fora do controle internacional. Emergindo em 2010, substâncias como a mefedrona ou a methylenedioxypyrovalerone (MDPV) são vendidas como “sais de banho” ou “alimento de plantas” e agem como substitutos para drogas estimulantes ilícitas, como a cocaína. Altamente perigosas, mas ainda consideradas legais em muitos países, estas drogas estão, inclusive, disponíveis na internet.

 

Os efeitos no organismo
> Insônia, perda do apetite, euforia e fala acelerada. Sensação de poder, irritabilidade, prejuízo do julgamento, suor e calafrios. A pupila dilata-se, efeito chamado midríase, deixando o olho mais sensível aos faróis dos carros.

> A circulação sanguínea é prejudicada pela contração das artérias, reduzindo oxigenação e transporte de nutrientes importantes. A pressão arterial é elevada e há aumento da frequência de batimentos cardíacos (taquicardia), podendo gerar infarto agudo do miocárdio ou arritmias cardíacas.

> No cérebro, podem ocorrer acidentes vasculares e isquemias, além de convulsões. Depressão após o uso é comum.
Fonte: Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime


NOTAS
Os perigos do piercing

Febre entre adolescentes, o piercing oral pode causar sérios danos para a saúde bucal – que vão de inflamações a lesões cancerígenas. Um estudo realizado na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) com 395 pessoas entre 18 e 51 anos confirmou os riscos do uso do acessório.

Entre os entrevistados, 6% faziam uso de piercing por tempo que variava entre seis meses e seis anos. Deste total, 50% afirmaram ter percebido algum tipo de alteração na boca. Segundo a coordenadora da pesquisa Elisabete Rabaldo Bottan, os principais problemas acarretados pelo uso do piercing bucal ocorrem na sua colocação, mas, também, em função do tipo de material do acessório, de repetidos atritos aos tecidos bucais ou, ainda, pela dificuldade em higienizar a boca de forma adequada e pela dificuldade em mastigar determinados alimentos.

O uso da peça pode provocar aumento da salivação, sangramento, inflamação, infecção, dificuldade para mastigar e falar, maior vulnerabilidade à cárie, desgaste e fratura de dentes, hiperplasia gengival (aumento excessivo do número de células nos tecidos gengivais), traumatismo gengival e, ainda, danos à estrutura óssea de suporte dos dentes.

– O constante atrito e a corrosão da joia, causam a liberação de íons metálicos, que têm potencial cancerígeno – alerta Elisabete.

Durante a colocação do piercing, há a possibilidade de transmissão de diversas doenças, entre elas herpes e hepatite. Médicos e odontologistas devem ser consultados anteriormente.

 

Cuidados diários
> Remova a peça para limpeza com detergente e álcool.
> Higienize corretamente os dentes e também a língua.
> Faça bochechos com uma solução antisséptica.
> Diminua ao máximo movimentos da língua durante a fala e a mastigação.
> Visite o dentista assim quer notar qualquer alteração na mucosa da boca.


NOTAS
Chimarrão: aliado da boa saúde

O chimarrão pode ser um aliado na perda de peso e na redução do colesterol. Um estudo realizado no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul recrutou cerca de 220 voluntários com sobrepeso e colesterol aumentado. Os pacientes foram divididos em três grupos que, durante oito semanas, consumiram chimarrão, chá-verde e chá de maçã.

Ao final da pesquisa, os resultados foram analisados. Aqueles que tomaram um litro de chimarrão ao longo dos dois meses de pesquisa tiveram uma redução significativa do colesterol ruim, além de um aumento no HDL, o chamado colesterol bom. A diminuição do percentual de gordura no sangue fez com que, consequentemente, as pessoas diminuíssem de peso.

 

 

Recursos para aquisição de dois respiradores 

O Hospital Infantil Seara do Bem recebeu, na manhã desta sexta-feira (7), o repasse de R$ 40 mil, para a aquisição de dois respiradores mecânicos neonatais. O custo dos aparelhos é de R$ 52 mil reais. Os R$ 40 mil repassados pelo deputado estadual, Elizeu Mattos, com subvenção do governador Raimundo Colombo, já foram liberados e serão somados aos R$ 12 mil reais, do hospital infantil.
 

Segundo o primeiro tesoureiro, médico Frederico Manuel Marques, a escolha para a compra dos respiratórios foi porque os aparelhos existentes no hospital já estavam precários.
“Com mais dois respiradores, podemos aumentar as condições de atendimento”, afirma.
Atualmente, são atendidas 4,5 mil crianças por mês. Dessas, 300 são internadas.

 O administrador do hospital, Eder Alexandre Gonçalves, explica que há espaço para atendimento dessas crianças, porém, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), são dez leitos com apenas cinco respiradores.

 “Queremos oferecer a melhor infraestrutura de terapia e para isso precisamos dos melhores aparelhos como suporte. A aquisição de mais dois, praticamente vai atender a maioria das crianças na UTI”, diz.
 

A partir de agora, o hospital trabalha para atingir a próxima meta: revitalização. “O hospital é um dos poucos que trata só de crianças. Em Santa Catarina, são dois ou três. No interior, o Seara do Bem é o único. Precisamos fazer mais, porque na área médica a exigência é maior”, afirma o presidente do hospital, Wilson Ribeiro dos Santos.

 Ele acrescenta ainda, que a revitalização principal será na área de urgência e emergência. Para ele, o local precisa de uma “cara nova”, onde o lúdico precisa ser melhorado. “Além disso, nosso espaço é pequeno, e queremos oferecer uma estrutura melhor para as mães”, completa.

 O Deputado Elizeu Mattos, lembrou a importância que o hospital tem, não só para Lages, mas para a Serra Catarinense. “É uma satisfação contribuir com o desenvolvimentos de uma instituição tão importante para nós. Todos, sem exceção, um dia podem precisar dos serviços oferecidos por essa entidade”, afirma.

 
Aposentado denuncia irregularidades, secretário de Saúde contesta 

 Com uma média mensal de aproximadamente 90 viagens realizadas para as cidades de Florianópolis, Rio do Sul, Joinville e Blumenau, transportando cerca de 360 pessoas (entre pacientes e acompanhantes), o setor de Tratamento Fora Domicílio (TFD) da Secretaria de Saúde de Lages, foi alvo de denúncias na última semana. De acordo com o aposentado Antônio Santos, 69 anos, durante uma viagem a Florianópolis no final do mês passado, diversas irregularidades aconteceram.

 
De acordo com o aposentado, no dia 22 de setembro, ele e outro paciente, que estava mais debilitado e precisava usar oxigênio, juntamente com seus acompanhantes, foram transportados até a capital na parte de trás de um veículo do tipo furgão. “O cara que foi junto precisou ficar na maca, porque estava muito fraco, daí eu, minha filha e a acompanhante dele fomos sentados ao lado, sem cinto, sacudindo e nos segurando como podíamos”, relata.

 Já na saída, que aconteceu por volta das 3 horas da madrugada, Antônio conta que outro fato lhe chamou a atenção. Segundo ele, o motorista também levou a Florianópolis um amigo, que precisava resolver assuntos particulares. “Chegamos lá às 7 da manhã e antes da 9 horas já tínhamos feito nossas consultas. Estávamos prontos para voltar. Mas o motorista pediu pra esperar, porque o amigo dele ia resolver uns assuntos às 11 horas. O compromisso dele atrasou e saímos de lá às 15 horas”, lembra.

Segundo ele, no trajeto de ida, quando estavam na altura de Bocaina do Sul, o oxigênio usado pelo outro paciente acabou e não havia outro cilindro para reposição. “Por ficar sem oxigênio, ele passou mal enquanto esperava pela volta, lá em Florianópolis. A gente não conseguiu fazer reposição dos cilindros lá e a secretaria aqui de Lages encaminhou outro carro pra nos encontrar na estrada e levar outro oxigênio pra ele”.

 De acordo com o aposentado, a ambulância que o levou só encontrou com o outro carro na metade da viagem. Antônio afirma que ao encontrarem o outro veículo da Secretaria da Saúde para fazer a troca dos cilindros, não havia enfermeiros e os ocupantes não sabiam trocar o equipamento. “Minha filha, que é enfermeira, foi quem ajudou a trocar, mas isso não é responsabilidade dos pacientes nem dos acompanhantes. Não ter cilindro para reposição foi o que mais me indignou nessa viagem”, lamenta.

 
Juliano Polese explica como funciona o atendimento
 

Procurado para esclarecer a situação, o secretário de Saúde de Lages, Juliano Polese, contestou as denúncias feitas pelo aposentado. De acordo com o secretário, Antônio apenas “pegou uma carona” para ir até Florianópolis.

 “O transporte dele foi um favor que fizemos, ele não era do TFD”, diz. “Ele estava com pedido do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres e a Secretaria sempre procura atender [os pedidos do Hospital], desde que tenha condições para tal. O seu Antônio foi um pedido da assistente social de lá e a acompanhante dele era uma funcionária, técnica de enfermagem do Hospital, chamada Rita de Cássia [filha dele]”, afirmou.

 Polese explicou que procedimentos como este, em parceria com o Hospital e sem fazer parte do TFD, acontecem quando um paciente precisa de transporte, uma vez que o Hospital não dispõe de ambulâncias próprias. “Muitas vezes acontece o que aconteceu com o seu Antônio. Ele precisava montar o processo do TFD, mas faltava um documento. Ele veio aqui, explicou que precisava ir para esta consulta para pegar um documento e montar o processo”, diz.

Segundo Polese, Antônio e os demais passageiros foram levados a Florianópolis pelo motorista da secretaria, José Maria Soares Mota, que estava acompanhado de outro motorista (e não de um amigo, conforme denúncia), cujo motivo da viajem não foi esclarecido. Quanto à demora no retorno, Polese afirma que foi por necessidade de esperar a liberação, por parte do Laboratório Central (Lacen) de kits para exames, que foram destinados à Vigilância Epidemiológica de Lages.

 “Nós programamos para que o nosso carro passasse no Lacen, já que ele estava em Florianópolis, para trazer os materiais da Vigilância. Isso a gente também sempre faz, que é otimizar a frota, se tem um carro lá, não vou mandar outro só para buscar os kits”, explica.

 O secretário admitiu apenas a falha quanto à falta de oxigênio para o paciente que acompanhava Antônio. Ele admitiu que a troca do equipamento aconteceu apenas na viagem de volta, mas nega que tenha sido feita pela acompanhante, afirmando que um dos motoristas estava capacitado para tal função. “Falta de oxigênio não é grave porque ele foi monitorado.(…) A gente sabe que falhou, mas quando o tio Zé (motorista) chegou em Florianópolis, ele nos ligou, conversou com o responsável pelo setor de Transportes que explicou para trazer o paciente porque estávamos mandando um carro para ir ao encontro deles.
 

O paciente não ficou desassistido em nenhum momento, estávamos monitorando a situação. Claro que o ideal é que tivesse mais um cilindro na ambulância para garantir, pela situação dele”, admite.

 Segundo ele, a viagem sem o cilindro de oxigênio só foi realizada porque o paciente que precisava do equipamento autorizou, assumindo o risco da viagem. “Ele não é um paciente que usa 24 horas o oxigênio, ele usa quando tem alguma crise. Foi conversado com ele, e ele disse que poderia viajar”, completa.