Foto: Michelle Valle
O Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), instituição do Governo do Estado localizada em Florianópolis, passou a oferecer, a partir deste mês, um procedimento para o controle da dor em pacientes com câncer, pioneiro no Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina. A alcoolização de plexo, também conhecida como neurólise do plexo celíaco, representa um avanço significativo na qualidade de vida dos pacientes.
O tratamento é realizado especialmente em pacientes oncológicos que enfrentam dores intensas decorrentes de tumores avançados, como o câncer de pâncreas. A técnica é capaz de eliminar completamente a dor com uma única aplicação, proporcionando conforto e dignidade ao paciente.
De acordo com o diretor geral do CEPON, Dr. Marcelo Zanchet, a incorporação desse tipo de procedimento reforça o compromisso da instituição. “Nosso propósito é garantir que os pacientes do SUS tenham acesso ao que há de mais moderno e eficaz no tratamento do câncer. Este é mais um passo importante na consolidação do CEPON como centro de referência em oncologia.”
Segundo o oncologista clínico do CEPON, Dr. Lucas Espíndola, responsável pela implementação da nova modalidade de analgesia, o procedimento atua diretamente sobre a origem da dor. “Em certos tipos de câncer, a dor pode ser limitante e a forma mais resolutiva de tratá-la é eliminando o caminho por onde ela passa. É isso que o procedimento de alcoolização faz: por meio de uma agulha precisamente posicionada, é administrada uma substância que interrompe a passagem da dor através do nervo. Trata-se de um grande avanço no manejo da dor agora disponível no SUS para os pacientes do CEPON”, explica o médico.
O procedimento é realizado com apoio de tomografia computadorizada, o que garante precisão na aplicação do álcool sobre o nervo acometido. A técnica deve ser executada por um profissional com formação em radiologia intervencionista. No CEPON, o responsável pela execução é o Dr. Lucas Pazinato, médico da especialidade. “Tratar a dor de forma assertiva é preservar o que há de mais importante: a dignidade e o bem-estar. Ninguém consegue viver com dor. Por isso, esse tipo de tratamento é uma ferramenta poderosa na oncologia, pois devolve ao paciente a possibilidade de viver com mais conforto”, destaca o Dr. Pazinato.
Embora amplamente utilizado em hospitais privados e centros de referência, o procedimento ainda não é rotina nos serviços públicos de saúde, o que reforça o caráter pioneiro da iniciativa do CEPON. Atualmente, o centro já realizou as primeiras aplicações com sucesso, beneficiando pacientes que antes não encontravam alívio com tratamentos convencionais.“Conseguimos reunir dentro do CEPON os dois elementos essenciais para que isso aconteça: quem sabe indicar e quem sabe fazer. E, no fim das contas, quem ganha é o paciente”, finaliza o Dr. Lucas Espíndola.
Texto: Michelle Valle / Comunicação Cepon
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