
Fotos: Divulgação
Neste Outubro Rosa, o Hospital e Maternidade Tereza Ramos (HMTR), em Lages, comemora os benefícios do Projeto de Micropigmentação Paramédica de Aréolas em mulheres que passaram por mastectomia. A iniciativa, inédita entre as unidades hospitalares próprias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), visa a reconstrução e harmonização da aréola, um passo fundamental para resgatar a autoestima, a autoimagem e a reintegração social dessas mulheres.
Iniciado em julho de 2025, o projeto já beneficiou 20 mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa foi cuidadosamente planejada para oferecer um ambiente de acolhimento e excelência, considerando cada etapa, desde a estrutura física até os trâmites de atendimento. É realizada no cuidado pós-tratamento, proporcionando um avanço importante para a recuperação completa das pacientes.
Uma das pacientes é Nilsa Souza, 53 anos, aposentada e moradora do município de Ibirama, que faz seu tratamento oncológico no Hospital e Maternidade Tereza Ramos. A cada seis meses, ela vai até a unidade hospitalar para a consulta de retorno, percorrendo um trajeto de cerca de 156 quilômetros, com o apoio do Tratamento Fora do Domicílio (TFD).
“Fazia tempo que eu queria fazer esse procedimento. Estou muito feliz e emocionada! Fiquei até com vontade de chorar. Eu amei esse projeto, que vai ajudar muito as mulheres a se sentirem mais felizes. Esse projeto mudou a minha vida; antes, eu não conseguia me olhar no espelho”, afirma a Nilsa.
O toque final na recuperação
Para a idealizadora do projeto, terapeuta ocupacional e micropigmentadora paramédica, Leatrice Carbonera dos Santos, o procedimento é a "cereja do bolo" na jornada de recuperação. "Após todo o tratamento, cirurgias e acompanhamento da equipe multidisciplinar, a paciente, com o consentimento do seu médico, está apta para a reconstrução da aréola. É um procedimento que devolve a ela a autoestima e a reinserção social e familiar", explica a especialista em aréolas realistas.

A técnica de micropigmentação paramédica é uma forma de arte e ciência que oferece três abordagens, dependendo da necessidade de cada paciente: a Harmonização, que corrige pequenas alterações na aréola; a Reparação, que restaura áreas de perda parcial da aréola; e a Reconstrução, criando uma nova aréola em casos de retirada completa.
Antes de cada procedimento, Leatrice realiza uma anamnese detalhada. Avalia medidas, tipo de pele, cicatrizes e colorimetria para garantir um resultado individualizado e realista. O procedimento leva em média 1h30 por mama e é indolor. "Após a sessão, a paciente recebe um kit com instruções e cicatrizante. Mantenho contato com ela durante a cicatrização e, após 30 dias, ela retorna para uma avaliação", conta a terapeuta.
Apoio voluntário que transforma vidas
O projeto é inteiramente voluntário. Todos os materiais utilizados são doados, sem custo algum para as pacientes. Segundo Leatrice, essa parceria social transforma a dor em alegria.
Para participar do projeto, mulheres que passaram por mastectomia devem entrar em contato com o setor da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) do Hospital Tereza Ramos para agendar uma avaliação com a terapeuta ocupacional, Leatrice Carbonera dos Santos.
Mais informações:
Josiane Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
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