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Atentos à situação da dengue no Estado, representantes da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), incluindo o secretário de Estado da Saúde interino, Alexandre Lencina Fagundes, coordenam uma reunião em Chapecó junto aos municípios catarinenses da Região Oeste que estão em situação de epidemia para tratar de medidas de controle da doença.

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A partir de amanhã, técnicos da SES/SC estarão reunidos no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD) Regional em Chapecó, para reunião do Centro Regional de Operações de Emergência em Saúde para dengue. O objetivo do encontro, que contará com a participação de representantes do COSEMS/SC, Secretarias Municipais de Saúde, Educação, Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, SAMU, Ministério Público, entre outros, é uma atualização do cenário epidemiológico e a definição de medidas intersetoriais a serem implementadas, tanto para controle do mosquito Aedes aegypti, quanto para assistência dos casos suspeitos de dengue.

Está prevista uma reunião entre o Secretário de Estado da Saúde Interino Alexandre Lecina Fagundes e prefeitos e secretários de Saúde dos municípios em situação de epidemia da região Oeste.

“Desde o início do ano, o número de municípios catarinenses infestados pelo mosquito Aedes aegypti vem aumentando em todo o estado. Como consequência, o número de casos de dengue vem crescendo, com vários municípios da região Oeste em situação de epidemia. Por isso é tão importante um esforço conjunto entre o poder público e a sociedade, que devem estar alinhados nas ações de controle do mosquito, de forma a interromper a cadeia de transmissão e prevenir a doença. Além disso, nesse momento, é fundamental garantir uma assistência oportuna e qualificada aos casos suspeitos, para evitar a ocorrência de casos graves e mortes por dengue nas próximas semanas”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

Na última semana, foram realizadas duas capacitações no formato on-line, com o apoio de médicos infectologistas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que contou com a participação de pelo menos 500 profissionais dos serviços de saúde do Estado. A capacitação foi realizada para orientar os profissionais de saúde sobre o diagnóstico clínico e diferencial, hidratação monitorada e sinais de alarme na dengue.

Clique aqui e saiba mais sobre como ajudar no controle do mosquito Aedes aegypti
(https://www.youtube.com/watch?v=R_Tm1Cqctv8&feature=youtu.be)

Cenário da dengue em SC
O estado registrou, até março, um aumento de 207% no número de notificações de casos suspeitos de dengue em comparação ao mesmo período do ano de 2021, e de 190%, no número de casos confirmados da doença.

A transmissão de dengue já foi registrada em 51 municípios do Estado, sendo que 16 municípios apresentam transmissão em nível de epidemia (a taxa de incidência é superior a 300 casos para cada 100 mil habitantes). Com o aumento no número de casos, aumenta também a preocupação com o adequado manejo clínico, com a suspeição da doença, notificação e acompanhamento, de forma a evitar casos graves e óbitos pela dengue.

De acordo com o último boletim epidemiológico, foram registrados 5.478 casos de dengue no estado, sendo que 4.156 (76%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense.

No total, já foram confirmados quatro óbitos pela doença e seis permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde.

Os quatro óbitos por dengue confirmados no ano de 2022 residiam nos municípios de Criciúma (caso importado), Seara, Itá e Romelândia (os três autóctones). Os seis casos em investigação residiam nos municípios de Chapecó (02), Ascurra, Brusque, Seara e Palmitos.

Sinais e sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Ao apresentar sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.

>>Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
• evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
• guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• mantenha lixeiras tampadas;
• deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
• trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• mantenha ralos fechados e desentupidos;
• lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
• retire a água acumulada em lajes;
• dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
• mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
• evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
• denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
• caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.