As arboviroses vêm se tornando um desafio para o estado de Santa Catarina. O ano de 2024 está sendo marcado pelo maior número de registros da dengue até o momento, com 350.677 casos confirmados e 340 óbitos. A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), tem intensificado a mobilização e sensibilização da população no controle do Aedes aegypti e prevenção das doenças por ele transmitidas. Por isso, neste sábado, 23 de novembro, considerado o dia D conforme Lei federal no 12.235/2010, o Estado incentiva as secretarias municipais a realizar ações de combate à dengue.
Foto: Tiago Ghizoni / Arquivo SECOM
Em relação à vigilância do Aedes aegypti foram identificados 60.974 focos em 255 municípios. Desses, 175 foram considerados infestados pelo mosquito, contribuindo para a manutenção e ampliação da transmissão da doença no estado.
“Sugerimos algumas ações tais como realizar a mobilização e articulação entre os diferentes setores no município, na Educação, Infraestrutura, Assistência Social, entre outros. Também indicamos o fortalecimento da comunicação e mobilização via plataformas e mídias disponíveis para ampla divulgação do cenário epidemiológico, ações de prevenção e medidas a serem adotadas pela população”, ressalta João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
Levando em consideração o período sazonal que se aproxima, favorecendo a proliferação e disseminação do vetor, a SES continua com iniciativas para o enfrentamento das arboviroses. No início do mês de novembro, entre os dias 7 e 14, ocorreu a Semana de Mobilização da Rede de Ensino. Além disso, desde o mês de outubro estão ocorrendo reuniões regionalizadas e capacitações das equipes regionais e municipais para o enfrentamento da situação.
Ainda, ao longo do ano, a SES apoiou tecnicamente todos os municípios nas atividades de controle do vetor e vigilância dos casos, como a distribuição e aplicação de inseticidas, capacitações, visitas e reuniões técnicas nos municípios e implantação do comitê para análise de óbitos relacionados a zoonoses. Também ampliou o número de leitos para o atendimento de pacientes com necessidade de internação clínica.
“O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção, por parte de todos, para reduzir a transmissão da doença”, afirma João Augusto. A principal medida é a eliminação dos criadouros do mosquito, que estão localizados dentro e no entorno dos domicílios.
Ações para eliminar os criadouros do mosquito:
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;
- Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e de comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.