No Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado no próximo domingo, 1º de dezembro, a Secretaria da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do HIV. O vírus causador da Aids não tem cura, mas pode ser evitado com o uso de preservativos. No caso de pessoas já infectadas, o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz. “Pessoas que não abandonam o tratamento conseguem viver mais e com melhor qualidade de vida”, ressalta o médico infectologista da DIVE, Eduardo Campos de Oliveira.
Entre os anos de 2007 e 2018, Santa Catarina registrou 14.232 novos casos de infecção por HIV. A taxa de detecção era de 4,9 casos por 100 mil habitantes, em 2007, e passou para 39 casos por 100 mil habitantes, em 2018, o que demonstra a ampliação do diagnóstico no estado.
De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica Estadual, Maria Teresa Agostini, a utilização dos testes rápidos, disponíveis em todos os municípios catarinenses, tem contribuído bastante com essa expansão. No primeiro semestre de 2019, foram distribuídos 1,1 milhão de testes em Santa Catarina e, em 2018, foram 2,1 milhões durante todo o ano.
Os testes rápidos são realizados nas unidades de saúde, sem a necessidade de estrutura laboratorial, com a coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo ou através da saliva. O resultado sai em, no máximo, 30 minutos.
Infecção por HIV
Em 2018, entre os meses de janeiro e outubro, foram notificados 1.703 novos casos de infecção por HIV em Santa Catarina. No mesmo período de 2019, esse número foi de 1.648, sendo que a faixa etária mais acometida é de jovens adultos com idade entre 15 e 34 anos. Os homens são maioria, representando 75% do total de casos.
Prevenção
A utilização do preservativo masculino ou feminino é imprescindível em todas as relações sexuais para prevenir não só a infecção por HIV como também outras inúmeras Infecções Sexualmente Transmissíveis como sífilis, hepatite e gonorreia.
Outras formas de prevenção são:
A Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. A medida deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, como: violência sexual; relação sexual desprotegida, sem o uso de camisinha ou com rompimento do preservativo; acidente ocupacional, com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico. De 1º de janeiro de 2018 a 30 de setembro de 2019 foram realizados 24 mil atendimentos, 65% delas por exposição sexual consentida, 30% por acidente ocupacional e 5% por violência sexual.
A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é uma medida de prevenção à infecção pelo HIV. A PrEP consiste em tomar diariamente um comprimido que impede que o vírus causador da Aids infecte o organismo, antes mesmo da pessoa ter contato com o HIV. De 1º de janeiro de 2018 a 30 de setembro de 2019, foram realizadas 1.788 assistências para um total de 410 usuários em PrEP em seis serviços no estado.