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Santa Catarina registrou em setembro mais um recorde em relação à doação de órgãos. Com 38 doações efetivadas, o estado alcançou o melhor desempenho da história em um único mês, igualando ao número de doações realizadas em dezembro de 2017.

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Foto: Fabrício Escandiuzzi

O Dia Mundial de Doação de Órgãos é comemorado neste 27 de setembro, data em que a SC Transplantes apresentou os números de doações e transplantes, em evento realizado em Florianópolis. O ano de 2019 vem sendo marcado por quebras de recordes e excelente desempenho: o estado já obteve o melhor mês de fevereiro de sua história e em julho alcançou a marca de 34 doações. Em 20 anos de história, apenas cinco vezes foram contabilizadas mais de 30 doações em um único mês.

Em 2019 foram realizados 911 tranplantes, o que pode recolocar Santa Catarina na primeira colocação entre todos os estados brasileiros. "Estamos passando por um excelente momento, com ótimo desempenho e vislumbramos passar o Paraná, reassumindo a primeira colocação", disse o Superintendente de Serviços Especializados e Regulação da Secretaria de Estado da Saúde, Ramon Tartari.

O número de doadores que vem crescendo desde 2005, inclusive com acréscimo de 50% na taxa de doadores efetivos nos últimos seis anos. Isso representou um salto de 27,2 doações por milhão de pessoas (2013), para 40,9 em 2018.

O coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade, destaca que a doação é responsável por salvar milhares de vida anualmente em todo o país. “A doação é feita por meio do consentimento das famílias. Para que isso ocorra é fundamental que as pessoas informem aos seus familiares que são doadores”, destaca. “E como amadurecer essa ideia? É muito fácil. Basta pensar que gostaria que seu pai, filho ou esposa pudesse ser salvo com um transplante. Se você pensar assim, já decidiu: é um doador de órgãos”, complementa.

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Foto: Fabrício Escandiuzzi

No evento desta sexta, foi realizada uma apresentação dos alunos do Colégio Gardner, de São José, sobre doação e transplante de órgãos. Familiares de doadores, pacientes transplantados e famíliares de pessoas que já faleceram enquanto aguardavam na fila, à espera de órgãos, também deram depoimento sobre a importância da doação. Um dos momentos mais emocionantes ocorreu quando a professora Neli Junckes exibiu seu projeto com alunos do quinto ano. Ela começou a trabalhar com um projeto de conscientização depois que o marido precisou passar por um transplante de fígado.

Iniciativas do setor público, como a disponibilização da aeronave do Chefe do Executivo, também representaram importantes avanços para trazer agilidade e salvar vidas. “Esse ano o governador resolveu disponibilizar uma aeronave de uso exclusivo do executivo para compartilhar com a SC Transplantes. Isso tem facilitado muito a logística, do transplante de órgãos, de amostras. Essa iniciativa valida para toda a sociedade esse processo e facilita a tomada de decisões em relação à doação”, destaca Joel.