Hoje, 28 de maio, se comemora o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e também o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. O objetivo da data é promover a conscientização da sociedade sobre problemas de saúde e distúrbios comuns na vida das mulheres.
As cinco principais causas de morte materna são: hipertensão, hemorragia, infecções puerperais, aborto e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto e puerpério. Em todo o mundo, doenças como diabetes, aids, malária e obesidade são responsáveis por 28% das mortes maternas. Essas doenças podem ser detectadas em exames pré-natais, facilitando o tratamento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil e mais dez países latino-americanos conquistaram avanços significativos na redução de mortes relacionadas à gravidez ou parto de 1990 a 2017. Mundialmente, taxas também estão em queda, embora doenças crônicas e outras condições médicas pré-existentes ainda sejam um problema grave. O Brasil reduziu sua taxa de mortes maternas em 43% desde a década de 90, tomando por base os dados de 2017 do Ministério da Saúde (MS).
O que é mortalidade materna
A morte materna é o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Não é considerada morte materna a que é provocada por fatores acidentais ou incidentais.
Rede Cegonha
Entre os programas instituídos pelo Ministério da Saúde para melhorar a atenção durante a gestação está a Rede Cegonha. O programa tem o objetivo de proporcionar saúde, qualidade de vida e bem estar às mulheres durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida. Também tem o papel de reduzir a mortalidade materna e infantil, além de garantir os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes.
A proposta qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no planejamento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no puerpério.
A Caderneta da Gestante também é um instrumento fundamental para o cuidado. Nela devem estar registradas as informações de acompanhamento da gestação e deve ser parte essencial do processo de trabalho dos profissionais de saúde, sendo utilizada em todas as consultas do pré-natal. As informações inseridas na caderneta podem apoiar o diálogo entre a equipe de saúde e a gestante na preparação para o parto e a amamentação. Além de esclarecer direitos fundamentais como a Lei do Acompanhante.
Causas de morte materna
Entre as disfunções maternas que causaram mortes maternas em 115 países, os casos se distribuem da seguinte forma:
– hemorragia grave: 27%;
– hipertensão na gestação: 14%;
– infecções: 11%;
– parto obstruído e outras causas diretas: 9%;
– complicações de abortos: 8%;
– coágulos sanguíneos: 3%.
Fonte: Organização Mundial da Saúde