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Florianópolis, 16 de outubro de 2017

 Mais da metade da população brasileira está com sobrepeso e a obesidade já atinge 20% das pessoas adultas. Os dados são do novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) - Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe.

A pesquisa também mostra a mudança no hábito alimentar da população. Os dados apontam uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. E apenas um entre três adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana. Esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade.

"Considera-se como alimentação inadequada a ingestão de hortaliças abaixo de 240 g/dia, frutas abaixo de 160 g/dia, sal acima de 10 g/ dia e carne vermelha acima de 70g/dia. O consumo de carnes processadas como linguiças, salsichas, hambúrgures, entre outras, não são recomendáveis", explica Silvana Helena de Oliveira Crippa, da área técnica de Alimentação e Nutrição da Gerência de Atenção Básica da Secretaria de estado da Saúde (SES) .

O novo Guia Alimentar para a população Brasileira traz recomendações para promover a alimentação adequada e saudável, acelerar o declínio da desnutrição e reverter a tendência de aumento da obesidade e de outras doenças crônicas relacionadas à alimentação.

 

 Recomendações do Guia  Alimentar resumidas em Dez Passos para uma Alimentação Adequada e Saudável

1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;

Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais sem que tenham sofrido qualquer alteração.  (Ovos, verduras e legumes frescos).

Alimentos minimamente processados são aqueles in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações (moagem, limpeza ou congelamento). Exemplo: arroz branco ou integral a granel ou embalados, farinhas de trigo, mandioca ou milho, carnes resfriadas.

2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.

3. Limitar o consumo de alimentos processados.

Alimentos processados são produtos processados essencialmente com adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado. (Queijos, pães caseiros, conservas caseiras).

4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;

Alimentos ultraprocessados são produtos cuja fabricação envolve etapas, técnicas de processamento e ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. (Biscoitos, refrigerantes, embutidos).

5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.

6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados.

7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.

8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.

9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.

10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentações veiculadas em propagandas comerciais.

REGRA DE OURO

Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados.

Para ter mais informações acesse a publicação completa do Guia Alimentar para a População Brasileira http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf