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Carinhosamente chamado de Maneca, o servidor público Manoel Gonçalves de Souza, 75 anos, é um exemplo a ser seguido tanto como ser humano quanto como profissional. Há 53 anos, trabalhando na Secretaria de Estado da Saúde (SES), Maneca se despede com homenagem dos seus colegas e gestores. Quem o vê assim com um olhar doce e um jeito atencioso de falar, não imagina o homem forte e muitas vezes até autoritário quando mais jovem. 

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Fotos: Ana Melhado

“O que o pessoal fala é verdade! Eu era briguento, mas sempre fui do correto, das coisas em ordem, minha preocupação sempre foi as pessoas, lá na ponta, com aquelas que estão nos nossos hospitais”, conta Maneca.

Em 22 de janeiro de 1971, Maneca começou a atuar no antigo Departamento de Saúde Pública (DSP). Após a fusão com a Fundação Hospitalar, passou a trabalhar no prédio da administração. O servidor é técnico em odontologia e radiologia, e por um tempo trabalhou cuidando de aparelhos odontológicos. Depois, assumiu a função na manutenção do prédio central da SES.

“Dentro de um serviço público sempre tem aquela dificuldade, mas tem os momentos bons, vai dando tudo certo. Tem que seguir trabalhando e tudo vai se desenvolvendo. Eu sempre cobrava quando via algo errado, quando caia um reboco de parede, eu ficava em cima até que fosse arrumado, sempre me preocupei com o pessoal”, relata Maneca.

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Para o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, é importante valorizar a caminhada de um profissional que dedicou mais de 50 anos de sua vida à SES e ao Governo do Estado. “O seu Maneca é muito querido por todos nós, muitas vezes passou mais tempo no trabalho do que com sua família, é uma história viva da nossa Secretaria. Homenagear a sua trajetória profissional é fundamental. Precisamos, cada vez mais, valorizar os servidores que trabalham com dedicação para promover a saúde dos catarinenses”, destaca o gestor.

Agora aposentado oficialmente, Maneca irá se dedicar ao trabalho social que realiza na sua paróquia. “Hoje eu sou viúvo, vou continuar meu trabalho com a minha comunidade. Se tiver algo na parte elétrica eu faço, conserto máquinas e limpo o quintal, a gente não pode parar, neh?”, brinca.

Questionado sobre a mensagem que deixa para os seus colegas de trabalho, ele é enfático: “Olha, pra ser sincero, trabalhe pensando no outro. Aqui é uma grande família, a gente passa muitas horas juntos, chega só a noite para dormir e tem os finais de semana para ficar em casa. Então precisa trabalhar com o diálogo, o amor, o perdão, reconhecer o erro, se colocar a serviço um do outro, ajudar o outro, essa mensagem que eu deixo para todos”.

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