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Garantir recursos de maneira célere para ajudar os municípios atingidos pelas fortes chuvas no trabalho de reconstrução. Este foi o tema central de uma reunião, neste sábado, 21, entre o governador Jorginho Mello, a secretária Carmen Zanotto e o ministro chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prefeitos e coordenadores das Defesas Civis das 53 cidades que compõem a Associação dos Municípios do Vale Europeu (AMVE), Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (AMFRI) e Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (AMAVI).

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Foto: Roberto Zacarias / Secom

Líderes da sociedade civil e secretários de Estado também participaram do encontro na sede da Associação dos Municípios do Vale Europeu, em Blumenau.

A região do Vale do Itajaí foi uma das mais atingidas pela enchente. O governador do Estado, Jorginho Mello, disse que a situação ainda é delicada. Apesar das chuvas volumosas terem dado uma trégua, parte das cidades ainda está debaixo d’água.


“Ontem estive em Três Barras e percorri alguns bairros e um abrigo da cidade onde estão 400 pessoas. Ainda temos muito o que fazer, mas destaco aqui a ação efetiva das nossas forças de segurança quanto ao alerta das chuvas e a pronta resposta. O Governo do Estado alertou os moradores evitando que a situação se agravasse e durante as chuvas agiu rapidamente”, ressaltou o governador.


O governador também agradeceu a presença do ministro no estado e disse que todos estão trabalhando juntos para ajudar as vítimas do evento climático.


“Queremos deixar tudo claro para que os gestores possam realizar os planos de ação de forma correta e assim receberem os recursos rapidamente. Somos um povo que não se entrega e tenho certeza que, em breve, vamos ter nossas cidades restabelecidas”, disse o governador.

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:: Confira aqui mais fotos da reunião

A secretária de estado da saúde, Carmen Zanotto, reforçou o apelo aos secretários municipais da saúde sobre a importância de redobrar a atenção em função das doenças e perigos consequentes das cheias, como a hantavirose, a leptospirose e as picadas por animais peçonhentos.

“As ações de prevenção, comunicados e alertas feitos pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com os municípios, minimizaram os efeitos das enchentes, mas ainda temos famílias que não retornaram aos seus lares e no retorno poderão ter algum tipo de acidente. Agora é hora de combatermos os efeitos dessas enchentes ”, destacou.


A gestora lembrou que a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, tem organizado as orientações para preenchimento dos formulários dos kits do Vigidesastres, programa do Ministério da Saúde que dá acesso a 32 tipos de medicamentos e 16 tipos de insumos estratégicos para a assistência farmacêutica de até 500 pessoas desabrigadas ou desalojadas, por um período de três meses.

A secretária ainda assegurou que os municípios afetados terão a flexibilidade necessária para conduzir suas campanhas de vacinação de acordo com suas condições locais. “As vacinas vieram do Ministério da Saúde, vieram para a Secretaria de Estado. Não perdemos vacinas, isso é muito importante. Então, que cada município programe, por meio de cada Secretaria Municipal de Saúde, a sua extensão da campanha vacinal”, ressaltou.

O encontro, organizado pelas três associações de municípios (AMVE, AMFRI e AMAVI) serviu para debater medidas emergenciais do governo federal para os municípios atingidos, visando a rápida recuperação e minimização dos danos causados pelas chuvas intensas.

“A prioridade do Planalto é a resposta federal às tragédias em função das chuvas em Santa Catarina. Estamos aqui em parceria com o Governo do Estado e com os municípios nesse momento difícil. Vamos fazer uma força-tarefa para agilizar a reconstrução das cidades e garantir os recursos federais para o Estado. Foi um dia para ouvirmos todas as demandas e poder articular essa ajuda com os ministérios e com o Congresso Nacional”, disse o ministro Padilha.

O ministro também falou da importância dos municípios se organizarem formalmente para o recebimento de recursos.


“O apoio de recursos da defesa Civil Nacional depende do plano de ação. Nos últimos dias nós encaminhamos técnicos para Santa Catarina para ajudar os municípios. E estamos aqui novamente para tirar todas as dúvidas “, reforçou o ministro.


Na segunda-feira, 23, a Assistência Social de SC promove uma capacitação para orientar municípios afetados pelas chuvas na busca de recursos federais. Saiba aqui como participar e acompanhar as explicações.


Para os prefeitos essa conexão mais próxima com o governo facilita a alocação de recursos provenientes dos ministérios. O prefeito de Blumenau e presidente da AMVE, Mário Hildebrandt, reforçou a necessidade dos poderes de caminharem juntos para uma resposta mais efetiva.

“Hoje foi um dia importante, porque estivemos reunidos para discutir um assunto tão sério e recorrente em Santa Catarina que são as enchentes. Estamos buscando soluções para minimizar a burocracia e agilizar os recursos. E também abordando assuntos como obras que possam evitar novas cheias. São necessárias obras estruturantes, e estamos trabalhando para isso”, disse o prefeito.

No encontro deste sábado, também estiverem presentes o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Armando Schroeder; o comandante-geral do CBMSC, Fabiano de Souza e a secretária-adjunta de Estado da Educação, Patrícia Lueders. Alexandre Padilha foi o terceiro ministro a visitar Santa Catarina em meio à situação de emergência em decorrência das chuvas.