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Começou nesta quinta-feira, (13) e segue até sábado (15), o primeiro grande encontro desde ano, com profissionais da saúde de transplantes de toda Santa Catarina reunidos no Golden Hotel, em São José, na Grande Florianópolis. Na ocasião, todos os aspectos do processo de doação de órgãos e tecidos para transplante serão discutidos detalhadamente.

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Na abertura do XXVII Curso de Formação de Coordenadores Hospitalares de Transplantes de Santa Catarina, a secretária Carmen Zanotto reforçou que somos o estado brasileiro com o maior número de captação de órgãos. “Quando acreditamos numa política de saúde, precisamos transformá-la em uma política de estado. E quando conseguimos isso, independente dos governos diferentes essas ações permanecem e se consolidam. É exatamente isso que vemos no nosso SC Transplantes, uma consolidação de um desejo e necessidade, e também de experiência de quem esteve na ponta e sabe a tristeza que era quando não conseguíamos atender a demanda dos pacientes”, explica a secretária elogiando o trabalho do médico Joel de Andrade, que implantou o sistema no estado e o coordena até hoje, e de todos os profissionais que ajudaram a mudar a história dos transplantes no território catarinense.

Os cursos de treinamento e capacitação oferecidos pela SC Transplantes são especificamente voltados aos profissionais envolvidos no processo. “De todas as atividades que podem ser desenvolvidas para implementar um sistema de transplantes, os eventos de educação e treinamento são os principais, é a base do modelo usado em Santa Catarina e a nossa expectativa com esse encontro é que mais uma vez os profissionais se envolvam, troquem experiências e que saiam daqui com uma vontade reforçada de melhorar ainda mais o sistema estadual de transplantes, explica o coordenador da SC Transplantes, Joel de Andrade.

Os participantes são de todas as regiões do estado, vinculados a hospitais municipal, estadual, federal, filantrópicos e também privados. Há muitos anos, desde 2008, esses cursos e capacitações são realizados proporcionando uma melhora expressiva contínua da capacidade de doação de órgãos e tecidos em Santa Catarina.

Um dos pontos principais trabalhados nos cursos oferecidos é o acolhimento das famílias dos doadores. “Essa é a parte mais delicada de todo o processo. A entrevista familiar é sem dúvida o maior desafio e foi trabalhada em dois cursos simultâneos na quinta-feira, sobre Comunicação de Notícias de Situações Críticas, onde 50 profissionais de saúde de várias áreas de SC foram treinados para aprimorar suas habilidades de comunicação e de entrevistas. Santa Catarina, no ano passado, foi o estado que teve a menor taxa de não autorização familiar, com 27,4%, sendo que a média do Brasil foi de 47%”, comemora Joel de Andrade.