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A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), confirma a identificação de mais sete casos da Variante de Preocupação (VOC) P.1 do SARS-CoV2, conhecida como a variante brasileira.

Conforme investigação epidemiológica conduzida pelas Secretarias Municipais de Saúde, desses sete casos, dois são considerados importados, com histórico de viagem para estados da região norte (Acre), quatro são considerados autóctones (transmissão dentro de Santa Catarina) e um está em investigação de local provável de infecção.

Os sete novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/SC) seguindo o fluxo da vigilância genômica nacional, o qual encaminhou as amostras para o Laboratório de Referência Nacional para Santa Catarina - a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) do Rio de Janeiro, que realizou o sequenciamento genômico e encaminhou os resultados em 05 de março. Os casos são residentes dos seguintes municípios:

- Presidente Getúlio, 30 anos – feminino (importado)
- Presidente Getúlio, 36 anos – masculino (importado)
- Laguna, 32 anos – feminino (autóctone)
- Joinville, 39 anos – masculino (autóctone)
- Joinville, 55 anos – masculino (em investigação)
- Chapecó, 31 anos – feminino (autóctone)
- Chapecó, 52 anos – feminino (autóctone)

Com esses sete novos casos, foram confirmados até o dia 06 de março em Santa Catarina 17 (dezessete) casos da Variante de Preocupação P.1 em Santa Catarina, sendo 10 (dez) casos importados e 06 (seis) casos autóctones e 01 (um) em investigação de local provável de infecção.

Casos autóctones da variante P.1 confirmados em 02 de março:
Joinville, 39 anos – masculino
Camboriú, 68 anos – masculino

Variantes P.1 e B.1.1.7 sequenciadas pela Força Tarefa Covid-19 da UFSC
A equipe da Força Tarefa Covid-19 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunicou à Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC) que realizou sequenciamento genômico de mais três amostras oriundas de pacientes residentes nos municípios de Florianópolis (2) e Jaraguá do Sul (1). Os resultados do sequenciamento foram comunicados no dia 04 de março para a SES/SC, e apontam a identificação da variante P.1 (brasileira) e da variante B.1.1.7 (Reino Unido), sendo essa proveniente de um caso com histórico de viagem para a Europa, podendo ser classificado como um caso importado.

- Florianópolis, 58 anos – Masculino - Variante B.1.1.7 (Reino Unido) - Importado
- Florianópolis, 76 anos – Masculino – Variante P.1 (Brasileira) - autóctone
- Jaraguá do Sul, 45 anos – Masculino – Variante P.1 (Brasileira) - autóctone

Com mais esses três casos, já chega ao total de 6 amostras de VOC sequenciadas pela equipe da UFSC, sendo que as três aguardam resultado do sequenciamento sendo realizado pelo Laboratório de Referência Nacional (Fiocruz/RJ) para confirmação e validação dos resultados. Após a confirmação, os resultados passarão a fazer parte dos resultados oficiais do estado.

- Florianópolis, 29 anos – Masculino – Variante P.1 (Brasileira) – autóctone
- Florianópolis, 49 anos – Feminino – Variante P.1 (Brasileira) – autóctone
- Florianópolis, 42 anos – Masculino – Variante P.1 (Brasileira) – autóctone

A equipe da Força Tarefa da UFSC desenvolve projeto para sequenciamento do Genoma do SARS-CoV-2 financiado pela Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), em parceria com a SES/SC, LACEN/SC e a start-up BiomeHub.

Na próxima semana, serão selecionadas 60 amostras das diferentes regiões do Estado pelo LACEN/SC e DIVE/SC para realização de sequenciamento na UFSC, considerando indicadores dos testes de RT-qPCR e critérios clínicos como, presença de comorbidades e desfecho clínico. A partir desta etapa, há o interesse na ampliação da parceria já existente entre a SES/SC e a UFSC, visando ampliar a capacidade de sequenciamento genômico para monitoramento das linhagens e variantes circulantes no estado.

Casos suspeitos da Variante B.1.1.7 (Reino Unido) identificados pelo Laboratório Santa Luzia

No dia 22 de fevereiro, a SES/SC foi informada pelo Laboratório Santa Luzia/DASA da identificação de 16 casos suspeitos de infecção pela variante B.1.1.7, conhecida como a variante britânica, em residentes da região da Grande Florianópolis. Esses casos são considerados suspeitos, pois foram identificados por meio de um teste de RT-PCR que identifica alterações nas proteínas Spike do vírus (são as que sofrem mutação e tornam o vírus mais perigoso. Como Santa Catarina ainda não possui confirmação de casos autóctones desta variante até o momento, estes casos necessitam ser confirmados pelo método de sequenciamento genômico. Como as amostras estavam de posse do Laboratório DASA em São Paulo, o LACEN/SC organizou o envio de 9 (nove) amostras viáveis para a Fiocruz/RJ para realização de sequenciamento genômico que poderá confirmar se realmente são casos da variante britânica.

No dia 05 de março, a SES/SC foi informada pelo Laboratório Santa Luzia da identificação de mais 30 casos suspeitos de infecção pela variante B.1.1.7, sendo 29 em residentes da região da Grande Florianópolis e 01 (um) residente em Joinville.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), encaminhou as informações para que os municípios complementassem a investigação epidemiológica, identificação do local provável de infecção, rastreamento e monitoramento dos contatos, enquanto aguarda a confirmação do laboratório de referência nacional se realmente se tratam de casos da variante britânica em circulação no estado.

Fiocruz detecta mutação associada a variantes de preocupação no país
Na quinta-feira, 04 de março, a Fiocruz emitiu um comunicado técnico alertando sobre a dispersão geográfica das variantes de preocupação pelo país, assim como sua alta prevalência nas três regiões do Brasil avaliadas (Sul, Sudeste e Nordeste).

Este comunicado surgiu a partir de um novo protocolo de RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz Amazonas capaz de detectar a mutação comum em três das Variantes de Preocupação (P.1 – Brasileira, B.1.1.7 – Britânica e B.1.351 – Sul Africana), e que utilizou cerca de mil amostras representativas das três regiões do Brasil.

Em Santa Catarina, os pesquisadores identificaram uma prevalência de mutação associada às variantes de preocupação de 63,7%, e apontam que “embora o teste seja capaz de detectar uma mutação comum a três variantes de preocupação, há indicações de que a prevalência que está sendo observada nos estados esteja associada à P.1, uma vez que as outras duas variantes não têm sido detectadas de forma expressiva no território brasileiro”.

Essas amostras foram encaminhadas para sequenciamento genômico pelo Laboratório da Fiocruz/RJ, que irá confirmar se a proporção das Variantes de Preocupação identificadas.

Assessoria de Comunicação
Amanda Mariano, Bruna Matos e Patrícia Pozzo
Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) / SES
Fone: (48) 3664-7406 | 3664-7402
Plantão: (48) 98853-3325
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