O primeiro boletim epidemiológico com dados da situação do mosquito Aedes aegypti, divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV), alerta que foram identificados 727 focos do mosquito em 75 municípios do estado até o dia 12 de janeiro deste ano. O número representa 28,4% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Além do alto número de focos, o boletim alerta para uma queda de 42% no número de notificações no início deste ano, comparado com o mesmo período de 2018 (até 12 de janeiro).
De acordo com o gerente de zoonoses da DIVE/SC João Fuck, as notificações alertam para possíveis casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya, o que facilita as ações de controle vetorial na região. “Os serviços de saúde precisam ficar atentos e notificar os casos suspeitos. É através das notificações que são desencadeadas as ações de controle ao mosquito”, destaca.
Diante do risco de epidemias das doenças transmitidas pelo mosquito, especialmente agora no verão, as ações devem ser intensificadas. A Secretaria de Estado da Saúde conta com profissionais de saúde, laboratórios, veículos, equipamentos e materiais informativos de forma a prestar apoio aos municípios nas ações locais. “Mas mesmo assim, é fundamental o envolvimento de todos para o controle do número de focos do mosquito”, salienta Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE/SC.
Cenário epidemiológico
Em 2019, até o momento (dados atualizados em 12/01/2019), Santa Catarina registrou 56 notificações de dengue, oito foram descartadas e 48 continuam em investigação. Já em relação à chikungunya, oito casos foram notificados e continuam como suspeitos. Até a data de atualização do boletim, nenhum casos de zika foi notificado.