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Servidoras da Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC) participaram  de palestra ministrada pela médica mastologista voluntária do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), Dra. Clarissa Amaral. 

Foto: Bruna Borges (SES/SC)

O evento faz parte da programação da campanha do Outubro Rosa 2018 da Secretaria, que em 2018 tem como tema 'Quem Ama, Apoia'. A médica explicou que o câncer de mama hereditário acontece apenas de 10% a 12% dos casos. Em 85% deles , acomete uma única pessoa na família. Além disso, Clarissa lembrou a importância do autoexame, que é quando a mulher se observa em frente ao espelho, palpa a mama de pé e repete a palpação deitada. “Vejo o autoexame como um autoconhecimento. A mulher que faz é uma paciente que se cuida. No banho, ela pode perceber que há alguma coisa, ir ao médico e constatar que não há problema. Depois, ao fazer o autoexame novamente, reconhecer aquela bolinha que já existia antes e não se preocupar. Mas, se surgir outra, sabe reconhecer também que é nova. Mulher que nunca se toca na mama não sabe como ela é”, alerta.

Mamografia salva vidas

Para a mastologista, apesar de o autoexame ser muito importante, o que salva vidas de verdade é fazer mamografia. “Hoje em dia o que muda a mortalidade é a mamografia, pois quero que as pacientes que cheguem até mim com câncer tenham esse tumor menor que 1 centímetro. Assim, a chance de cura será muito alta e a chance de ter que fazer quimioterapia e de ter que retirar a mama é muito baixa”, enfatiza, comentando que o grande problema de muitas mulheres não fazerem mamografia está nelas mesmas, no medo ou nas desculpas que possam dar para não se prevenirem.

Próteses mamárias

Dúvida comum entre as mulheres, a relação entre a colocação de próteses mamárias para estética e a continuidade dos exames também foi abordada pela profissional.
A médica estacou que, atualmente, as próteses mamárias não precisam mais ser trocadas como antigamente, quando tinham validade de dez anos. Por isso, é importante que a mulher consulte um mastologista antes da cirurgia, para ter certeza de que não há nada na mama. “Depois de colocar a prótese, a paciente tem que ficar um ano sem fazer mamografia”, observa.
Outro ponto importante destacado é que a prótese deve ser colocada, na maioria dos casos, por detrás do músculo. “A prótese, numa mamografia, aparece branca. Se a prótese está na frente do músculo, um nódulo muito atrás na mama pode passar despercebido”, comenta.

Observar casos na família

Se a mulher tem casos de câncer de mama na família, precisa ficar atenta. A orientação da mastologista é que a paciente comece a fazer mamografia dez anos antes da idade em que a familiar descobriu a doença. Por exemplo, se a familiar teve câncer com 38 anos, a paciente deve começar a passar regularmente pela mamografia a partir dos 28 anos. “Após os 40 anos de idade a mulher aumenta em 14 vezes a incidência de ter câncer de mama. Isto por que é a idade na qual a mulher normalmente entra na menopausa e é quando há uma diminuição dos hormônios. Em 80% dos casos o câncer de mama se alimenta de hormônio”, complementa.