icone facebookicone twittericone instagram

Florianópolis, 27 de setembro de 2016

No Dia Nacional do Doador de Órgãos, celebrado neste dia 27 de setembro, Santa Catarina dá exemplo de solidariedade ao país. Neste ano, o Estado deverá bater o recorde de doação de órgãos, que é de 203 procedimentos registrados em 2015. Até o dia 23 de setembro, 180 doações haviam sido efetivadas e a tendência, mantida a média atual de 20 doadores por mês, é que o número possa chegar a 240 até o final do ano.

 

No primeiro semestre, Santa Catarina alcançou o índice de 34,9 doadores por milhão de população (p.m.p), mas neste momento o índice já chega a 35 doadores p.m.p – enquanto no Brasil a média é de 14 p.m.p . “Este índice, que a gente acabou de atingir, é o mais alto da nossa história”, afirma o doutor Joel de Andrade, coordenador do SCTransplantes.

Como consequência desse trabalho, o Hospital Santa Isabel, de Blumenau, atingiu a marca de mil transplantes hepáticos e tornou-se um dos quatro hospitais brasileiros a atingir este patamar. Hoje, em Santa Catarina mais de 6 mil famílias já disseram sim à doação de órgãos e tecidos e, como resultado disso, mais de 11,8 mil catarinenses vivem com algum tipo de transplante. Mesmo assim, 521 catarinenses aguardam na fila por um órgão – cerca de 60% deles por um rim.

 

“Se tem algum catarinense em fila, tem sim. Se tem alguma urgência fora daqui, o órgão vai pra fora. E se não tem ninguém que precise do órgão aqui, a gente também põe pra fora. Somos o estado da federação que mais exporta órgãos, que mais põe órgãos pra fora, porque sempre que as nossas equipes não têm um receptor compatível, a gente oferece, naturalmente, mas o catarinense tem prioridade sobre os demais”, destaca o doutor Joel de Andrade. No país, a fila de espera é de cerca de 30 mil pessoas.

 

Neste ano, 27 hospitais públicos ou privados catarinenses realizaram algum tipo de transplantes de órgãos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O recordista foi o Hospital Santa Isabel, de Blumenau, com 22 procedimentos, seguido pelo Municipal São José, de Joinville (21) e pelo Celso Ramos, de Florianópolis, com 19.  No ranking histórico dos tecidos e órgãos mais transplantados está a córnea, em primeiro lugar, depois rim, fígado, esclera e medula óssea.