VACINAÇÃO CONTRA GRIPE A
Prevenidos já no primeiro dia
Campanha começou ontem em Joinville e levou centenas de pessoas aos postos
O aposentado Luiz Orlando Mariano de Oliveira, 63 anos, preferiu se garantir. Ele optou por procurar um posto de saúde já no primeiro dia da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe A para se imunizar. “Já é o terceiro ano que tomo a vacina. Até agora, não peguei nenhuma gripe forte. É uma boa oportunidade que nós temos”, afirmou o aposentado.
Quem, assim como Luiz, procurou já pela manhã a vacina se deu bem. Apesar do movimento intenso nas unidades de saúde, – somente pela manhã, 170 pessoas estiveram no posto de saúde do Bucarein – em 15 minutos já era possível ser atendido.
A também aposentada Renate Parucker, 75, não se incomodou em esperar na fila. Com o friozinho chegando, é melhor ser imunizada o quanto antes. “Há oito anos que tomo a vacina. No máximo, peguei um resfriadinho. Mas gripe, nunca mais”, observou. Luiz Orlando complementa e diz que também não teve reações após a vacina.
Neste ano, o Ministério da Saúde incluiu no grupo prioritário os pacientes de doenças crônicas e aqueles com condições clínicas especiais, que forem indicados por médicos. O período de vacinação segue até o dia 26, sendo o Dia D no próximo sábado (20). “É o dia que sempre conta com o maior movimento. Cada posto de saúde irá preparar um dia especial. O atendimento será realizado das 8 às 17 horas em todas as unidades”, informou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal, Aline Costa da Silva. É preciso levar a carteira de vacinação e documento que comprove que o paciente pertence ao público-alvo da campanha.
Após o período, se sobrarem vacinas nos postos, crianças de dois a cinco anos serão atendidas gratuitamente.
CAROLINE STINGHEN
QUEM PODE?
- Idosos acima de 60 anos
- Gestantes
- Mulher até os 45 dias após o parto
- Crianças de seis meses até dois anos
- Profissionais da saúde
- Cidadãos indígenas
- Pessoas com doenças clínicas que tenham o atestado médico.
- Pacientes de doenças crônicas como asma, fibrose cística, cardiopatia congênita, doente renal e transplantados.
O QUÊ: 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe).
QUANDO: de 15 a 26 de abril (sábado, dia 20, é o dia D)
ONDE: nas 55 unidades de saúde e na sala central de vacinação de Joinville.
QUANTO: de graça.
COMO: identifique-se na recepção da unidade de saúde e dirija-se até a sala de vacinação. O atendimento ocorre nos postos das 7 às 18h30 (sem fechar para almoço). Já as unidades de saúde da família devem ser procuradas das 8 às 17 horas.
OBS.: A unidade de saúde do Vila Nova vai atender em horário excepcional até 26 de abril: das 7 às 21h30.
VACINAÇÃO CONTRA GRIPE A
Meta é atingir 88 mil pessoas em Joinville
Joinville conta com um público-alvo total de 110.152 que devem ser imunizados contra a Gripe A. De acordo com a enfermeira e responsável técnica pelo setor de Imunização, Maria Goreti Cardoso, a meta do município é pelo menos atingir 80% deste público, ou seja, 88.122 pessoas. “Normalmente, as pessoas que têm complicações respiratórias são, justamente, as pessoas que não procuram a imunização”, alerta a enfermeira.
Segundo Goreti, a gripe A é uma uma doença respiratória infecciosa, de origem viral, que pode, inclusive, levar a internações e até à morte. “Os sintomas se assemelham aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão nasal, coriza, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dores pelo corpo e dores de cabeça”, avisou.
Para quem não faz parte do grupo de risco, a vacina pode ser aplicada em clínicas particulares e podem custar até R$ 70.
CUIDADO REDOBRADO
Focos de dengue no Oeste deixam Estado em alerta
Quase metade dos pontos de contágio da doença encontrados em Santa Catarina entre janeiro e abril estavam em Chapecó
Não foi surpresa que o primeiro caso de dengue transmitido dentro de Santa Catarina viesse de Chapecó – uma mulher de 42 anos. De janeiro até o mês de abril, foram encontrados 759 focos do mosquito pela cidade. Quase a metade do registrado no Estado todo – 1.624 pontos.
Os números sobre a doença, que já tem confirmados 161 casos em SC, foram apresentados ontem pelo secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira (PMDB). Acompanhado da gerente de vigilância de zoonoses, Suzana Zeccer, o secretário mostrou-se preocupado com a quantidade de focos no Oeste.
– O número de focos em Chapecó é alarmante. Ainda estamos analisando se houve descuido da população ou na atuação dos agentes da vigilância em colocar o número suficiente de armadilhas. O risco de contágio existe – constatou.
Dalmo nega que o Estado corra risco de uma epidemia do vírus, mas disse que Santa Catarina estaria vulnerável se isso acontecesse.
– Se tiver um surto da doença, a principal preocupação seria o número elevado de internações. Nossos hospitais já estão lotados. Mas não há perspectivas de que isto ocorra, por enquanto – afirmou.
São Miguel do Oeste foi outro município apontado pelo secretário. Nos últimos quatro meses, foram encontrados 263 focos do mosquito Aedes Aegypti pelo município e região. Um caso foi confirmado até agora.
– Esta não é uma doença que acomete uma ou duas pessoas isoladamente. A circulação viral é instantânea. Com uma população de mosquitos tão grande, aumenta a possibilidade de incidência – explicou Suzana.
Única forma de controle é a prevenção
Em Florianópolis, são 28 casos de dengue confirmados, além de quatro que estão sob análise.
A dengue não tem tratamento específico, segundo explicou o secretário. Ainda não se tem vacina e o máximo que se faz aos pacientes com o vírus é um tratamento dos sintomas – febre, dores pelo corpo e vômito.
– A única forma de controle da doença é no combate ao mosquito. Por isso vamos intensificar o combate, mas é preciso que a população também faça sua parte – disse Dalmo.
– Qualquer recipiente com água é um potencial criadouro – explicou a gerente de vigilância Suzana Zeccer.
MARCONE TAVELLA
CUIDADO REDOBRADO
Mutirão contra o mosquito
Desde sábado, quando foi confirmado o primeiro caso de dengue contraído em Santa Catarina em 2013, na cidade de Chapecó, foi montado um mutirão para eliminar pontos de possível contágio.
A prefeitura incorporou aos agentes da dengue todos os agentes de saúde, fiscais sanitários para concentrar uma ação nos Bairros Santo Antônio, onde a mulher de 44 anos mora, e Bela Vista, onde ela trabalhava. O mutirão está recolhendo todo o lixo onde é possível acumular água num raio de 400 quilômetros destes dois pontos.
O material recolhido será incinerado na tentativa de eliminar os ovos do mosquito. Atualmente cerca de 300 pessoas estão envolvidas no combate à dengue, segundo a secretária de Saúde, Cleidenara Weirich. Até carros de som vão circular pelos bairros, orientando a população.
Alguns moradores, como o mecânico Adilson Grucchi, estão preocupados com a confirmação de um caso.
– Há o risco de infectar tudo, mas a gente está bem orientado – disse.
Outros moradores são resistentes. A agente de saúde Silvana Lermes disse que a população não parece ter se dado conta do risco.
Nos locais onde os agentes não conseguirem entrar será solicitada autorização judicial. Hoje, deve começar uma borrifação na região de maior risco.
DARCI DEBONA | Chapecó
HOSPITAL INFANTIL
Sala de cirurgia é reaberta na Capital
A sala cirúrgica do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, foi reaberta ontem. No loal eram feitas cerca de 400 cirurgias antes do fechamento. Desde março, a Secretaria de Estado da Saúde está em processo de contratação de 87 funcionários para o hospital. Enquanto a situação não é resolvida por questões burocráticas, alguns servidores de outras unidades foram deslocados em jornada adicional (sem prejuízo nos locais de origem) para garantir a reabertura da sala de cirurgia do Joana da Gusmão.
Governo reabre sala de cirurgia do Hospital Infantil
A meta é fazer cerca de 400 cirurgias até o final do mês e recuperar o antigo ritmo perdido com o fechamento da sala
Emanuelle Gomes
Florianópolis
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O governo do Estado cedeu às pressões e reabriu nesta segunda-feira uma das salas cirúrgicas do Hospital Infantil Joana de Gusmão. A expectativa do secretário de Estado da Saúde, Dalmo de Oliveira, é que até o final do mês o hospital consiga realizar aproximadamente 400 cirurgias, número de procedimentos feitos mensalmente pela unidade de saúde antes do fechamento da sala. A meta, no entanto, é passar para 500 cirurgias no segundo semestre, quando o governo pretende reabrir mais uma sala de cirurgia.
Atualmente, a secretaria não tem controle sobre a fila de espera para cirurgias no Hospital Infantil. De acordo com Oliveira, alguns procedimentos são marcados pelos próprios médicos e outros são encaminhados por outros municípios. “Não há um número centralizado. Estamos trabalhando em um sistema que possa ter os dados exatos de cirurgias pelo SUS em todos os hospitais do Estado”, relatou.
O secretário ainda informou que, para dar conta da demanda do Infantil, 11 técnicos de enfermagem do Hospital Regional de São José foram remanejados.“Eles estão dando apoio até que os 87 profissionais que passaram no concurso tomem posse. Estão trabalhando normalmente no Regional e fazem hora-plantão no Infantil. Esperamos que até maio os novos técnicos já estejam trabalhando”, afirmou Oliveira.