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 DOENÇA CRÔNICA
Joinville cria ambulatório

Portadores de fibrose cística estão recebendo atendimento de melhor qualidade em Joinville. Desde fevereiro, um ambulatório específico está em funcionamento no Hospital Infantil.

O serviço do tratamento multidisciplinar funciona todas as sextas-feiras durante a manhã e sete profissionais atendem aos pacientes. Cada um tem um consultório. O principal objetivo é facilitar as consultas e melhorar a qualidade de vida dos portadores da doença e dos familiares.

– Antes, muitos precisavam se deslocar para Florianópolis ou Curitiba – explicou o pneumologista pediátrico e um dos coordenadores do novo ambulatório, Tiago Neves Veras.

Segundo ele, a criação da nova ala era um desejo antigo da equipe de médicos. Foram necessários quatro anos de estudo em centros de referência para preparar a estrutura física, a equipe e analisar a demanda. Hoje, o hospital já conta com 22 pacientes, todos de Joinville. Mas a expectativa é de que pacientes de outras cidades da região se inscrevam e passem a se tratar no Hospital Infantil.

reportagem@diario.com.br

 

 

 

DOENÇA CRÔNICA
Unidade pretende ser referência no Estado

O ambulatório recém-criado é o primeiro a oferecer tratamento da doença via SUS de Joinville. E promete ser uma referência no Estado. Os cuidados com os pacientes foram pensados nos mínimos detalhes.

Pérola Maria Vieira, de cinco anos, por exemplo, não fica com medo quando precisa ir ao hospital. O local tem portas coloridas, é limpo e tem médicos e enfermeiros que, ao cumprimentar, dão um abraço e um beijo.

Os pais da menina, o supervisor Edson Benedito Vieira, 46, e a dona de casa Cláudia Aparecida Vieira, 32, também estão mais tranquilos. Eles começaram no ambulatório o tratamento gratuito de fibrose cística, doença da qual Pérola é portadora.

Antes, explicou o pai, o plano de saúde colaborava para que o tratamento não custasse tão alto para a renda da família, mas o valor pesava no bolso. O atendimento era feito em um consultório particular da cidade.

– Pelo menos a cada dois meses, íamos a um médico diferente. E ainda tinha a sessão de fisioterapia a cada duas ou três vezes por semana. Agora é muito mais fácil. A gente vai somente em um lugar, no Hospital Infantil, onde todas as consultas são realizadas em uma manhã. Além disso, ela se sentirá mais à vontade com a mesma equipe médica – complementou Edson.