icone facebookicone twittericone instagram

 


INVESTIMENTOS EM JOINVILLE
R$ 14 milhões e o fim de uma espera


Governo do Estado confirma convênio para ativação do Complexo Emergencial Ulysses Guimarães Celesc vai investir mais R$ 6 milhões para fazer o cabeamento subterrâneo de cinco ruas do CentroCinco anos após começar a ser erguido, o Complexo Emergencial Ulysses Guimarães, anexo ao Hospital Municipal São José, em Joinville, enfim vai poder ganhar cara de ambiente hospitalar, com a garantia de recursos para equipamentos e leitos. Prometido há um ano e cinco meses, o cabeamento subterrâneo da rede elétrica do Centro também poderá começar nos próximos meses.

O dinheiro necessário a estas duas ações – R$ 20,2 milhões, sendo R$ 16 milhões para o complexo e R$ 6,2 mi para o cabeamento – será garantido na manhã de hoje pelo governo do Estado.

A partir das 10h30, o governador Raimundo Colombo, acompanhado pelo secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, assina os dois convênios na sede da Prefeitura de Joinville.

A vinda de Colombo começou a ser costurada pelo prefeito Udo Döhler após conversa com a Celesc em janeiro e após o prefeito declarar que o município abriria mão de sediar os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) em troca de recursos para o Complexo Emergencial, em fevereiro.

Os recursos que serão liberados hoje não têm a ver com o Pacto por SC, detalhados em reportagem ontem. O dinheiro para o São José vem de recursos próprios do Estado. As verbas são a fundo perdido, ou seja, não precisam ser pagas pela Prefeitura como em em préstimos e financiamentos.

“Os convênios atendem à necessidade de ampliação de leitos hospitalares na cidade e uma reivindicação do comércio no Centro”, diz o prefeito.

A liberação do dinheiro para o complexo será feita em quatro partes: R$ 7,4 milhões para 29 leitos de UTI e 26 de observação 24 horas; R$ 2,8 milhões para quatro salas cirúrgicas; R$ 2,2 milhões para climatização e R$ 1,62 milhão para o término do pronto-socorro, que já funciona nas dependências do prédio. O secretário municipal de Saúde, Armando Dias, estima que, se não ocorrerem atrasos nas licitações, ao Complexo pode estar equipado até fim do ano ou no início de 2014.

O cabeamento subterrâneo vai cobrir cinco ruas, sendo duas principais – 9 de Março e do Príncipe. O processo é semelhante ao que ocorreu na Via Gastronômica. Serão abertas valas para passar dutos e, depois, a fiação dos postes é transferifa para as novas estruturas. O prazo de conclusão é de um ano. Os projetos elétricos estão prontos e a licitação que vai escolher a empresa que fará a obra deve ser lançada nas próximas semanas.

rogerio.kreidlow@an.com.br

 


INVESTIMENTOS EM JOINVILLE
Promessa é ter mais leitos

O anúncio do dinheiro para o Hospital São José e para o cabeamento subterrâneo é motivo de comemoração e também de um certo alívio para setores da saúde e do comércio. O Complexo Ulysses Guimarães é uma odisseia: iniciado em 2004, após anos de idealização, teve sua primeira parte (hoje pronto-socorro) prometida para 2005, mas foi concluída só em 2008. A entrega do restante da obra, prevista para o mesmo ano, estende-se até os dias atuais.

A obra é reivindicada principalmente por ampliar os leitos de UTI da cidade. Hoje, a cidade tem 34 leitos deste tipo, 14 deles no São José e 20 no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Com os 29 novos leitos no complexo, a capacidade quase dobra. Ainda faltariam 11 leitos para chegar ao número considerado ideal por especialistas e gestores da área, mas não deixa de ser um avanço, principalmente após a morte de um pedreiro por problemas cardíacos, no início do ano, por falta de vaga de UTI nos hospitais públicos, o que despertou alerta para esta deficiência na região.

Mais recentemente, a fiação subterrânea no Centro de Joinville é prometida desde 2011 pelo Estado e reivindicada pela Câmara de Dirigentes Lojistas. Após várias cobranças do município e comerciantes, o dinheiro para a obra é uma esperança de que ela, enfim, aconteça. O cabeamento é o segundo a ser feito na cidade, depois da Via Gastronômica, onde já foi executado, também com entraves durante as obras.