OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Acidentes no trânsito
Ainda que o número de acidentes de trânsito em Joinville tenha recuado no ano passado na comparação com 2011, como informa reportagem na edição de hoje, a violência nas ruas ainda é avassaladora na cidade. São mais de 11 acidentes diários com necessidade de atendimento pelos bombeiros, o que significa ocorrência de vítimas, ainda que feridos leves em boa parte das situações. O balanço das mortes ainda não foi fechado, o número pode ficar abaixo do registrado em 2011. Mas até outubro, já eram 110 vítimas fatais. A carnificina pode se repetir em outras cidades e há vários anos. Nem por isso Joinville deve se acomodar.
Se houve uma queda nos acidentes em mais de 10% entre um ano e outro, é possível buscar ainda mais a redução, ainda que a frota de veículos continue crescendo velozmente, aumentando estatisticamente a possibilidade de acidentes. Em períodos de campanhas, por exemplo, como a desenvolvida em favor do respeito à faixa de segurança a população se mostra mais atenta e cuidadosa. Se esses momentos forem repetidos, vai crescendo a consciência, embora todos saibam que o trânsito só matará menos quando uma soma de fatores for atacada. Maior vigilância sobre o consumo do álcool, como está ocorrendo neste momento, é outra tarefa importante. Mas os números mostrados hoje comprovam que essa batalha ainda vai longe.
Geral
SAÚDE DA FAMÍLIA
Adequação para reaver R$ 3 mi
Prefeitura planeja alterar jornada de funcionários para obter verba cortada
A Secretaria da Saúde de Joinville pretende alterar a carga horária das equipes de saúde da família de sete para oito horas, seguindo determinação que saiu de uma reunião feita na tarde de ontem. A mudança será para adequação às normas do Ministério da Saúde, de forma que Joinville volte a receber os repasses do Programa Estratégia Saúde da Família. Os recursos para o município, de cerca de R$ 840 mil mensais, foram cortados pelo governo federal em outubro do ano passado.
O secretário de Saúde de Joinville, Armando Dias Pereira Junior, afirma que se reunirá hoje com as lideranças das 53 equipes do programa – duas de saúde bucal – para informar sobre a mudança na carga horária. “Vamos chamá-los para explicar porque temos que nos adequar a essas mudanças, com a maior clareza possível.”
Segundo Armando, o Ministério da Saúde pedia desde 2009 adequações na escala de sete para oito horas. Como a mudança não ocorreu, o recurso foi cortado. O secretário espera que, no máximo na próxima semana, as equipes já atuem na nova escala.
Assim, a secretaria poderá encaminhar ofício ao ministério relatando as mudanças e requerer os quase R$ 3 milhões que deixaram de ser repassados nos últimos três meses de 2012. “Já fizemos um documento para enviar ao ministério solicitando o retorno do repasse”, conta.
Apesar da suspensão da verba, os serviços não chegaram a ser prejudicados porque a Prefeitura custeia a maior parte do programa. Cada equipe é formada por um médico, um enfermeiro e cinco agentes de saúde.
“A Notícia” procurou ontem pela ex-secretária de Saúde Antonia Maria Grigol, que assumiu a pasta de fevereiro a dezembro de 2012, mas ela não foi encontrada para falar sobre o assunto.
CAMILA GUERRA
SÃO JOSÉ
Diretoria remaneja pacientes
A mudança na direção do Hospital Municipal São José, de Joinville, anunciada ontem, também levou a alteração no espaço físico da instituição, que acumula o maior número de atendimentos pelo SUS na região. Pacientes que esperaram atendimento no pronto-socorro foram remanejados para leitos do setor D, mais distante, que antes estavam desativados. O hospital enfrentou superlotação acima do comum no fim do ano (agravada pela greve dos servidores da saúde no Estado). O problema continua no início de 2013.
Ex-secretário municipal da Saúde por cinco meses em 2008, quando Marco Tebaldi (PSDB) era prefeito de Joinville, Armando Dias Pereira Jr. acumulará a função à frente da pasta e do São José. Ele substitui Armando Lorga, que assumiu o cargo em maio. O diretor executivo será o enfermeiro Carlos Alexandre da Silva, que foi coordenador de enfermagem no centro cirúrgico da instituição e secretário de Saúde de Barra Velha nos últimos dois anos.
O contabilista André Santos Pereira, coordenador do PA Norte, no Costa e Silva, de 2007 a 2009, ocupará a gerência administrativa. A gerência técnica ficou com o médico Franco Haritch.
Apesar da promessa de resolver o problema de superlotação do São José em duas semanas, a gestão de Udo Döhler ainda não deu data certa para a conclusão do Complexo Ulysses Guimarães. Com obras tocadas desde 2005 – a primeira etapa foi inaugurada em 2008 – o prédio somaria 24 leitos ao hospital, que dispõe de 167.
Visor
HOSPITAL EM FESTA
A festa de comemoração do aniversário de 70 anos do Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, foi realizada ontem. O diretor do hospital, o infectologista Antonio Miranda, apagou velinhas e tudo.
O bacana é que os eventos seguem ao longo da semana, com apresentação de teatro Histórias do que Vi, banda da Polícia Militar e o espetáculo Dona Bilica.
