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220 CASOS DE AIDS NO ANO
Depois da queda no ano passado, os casos de aids voltaram a subir em Joinville agora em 2012. A Secretaria de Saúde de Joinville registrou até ontem 220 novos casos. São situações em que os portadores do HIV já desenvolveram a doença. Em todo o ano passado, a cidade teve 198 ocorrências. Portanto, ainda que reste pouco mais de um mês para o fim do ano, a aids já teve avanço de 8%. Há dois anos, a cidade cadastrou 230 casos da doença. Desde meados da década de 80, quando surgiram as primeiras notificações da aids, a doença matou 1.654 pessoas em Joinville.

 

Estudo da dengue
Em estudo divulgado ontem pelo Ministério da Saúde sobre cidades em situação de risco da dengue, Joinville aparece em situação “satisfatória”, isto é, está fora da lista de 77 municípios de alto risco. Mas a cidade precisa se manter atenta. No ano passado, foi registrado o primeiro caso contraído em Joinville.


100 focos
Joinville tem mais motivos para preocupação. Neste ano, foram detectados 100 focos de larvas do mosquito da dengue, segundo a Saúde. Mais da metade deles, 57, foi encontrada nos bairros Aventureiro, Floresta, Itinga e Santa Catarina.


Os desfibriladores
Depois de dois anos, foi regulamentada a lei que obriga a disponibilidade de desfibrilador em locais de circulação pública em Joinville. A lei vale para todos os locais com movimentação de mais de duas mil pessoas por dia. Nenhuma autoridade deu um pio ainda sobre a obrigação

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SAÚDE
Sinal de alerta para diabéticos
Postos de saúde estão com estoques baixos de insulina dos tipos NPH e regular

Maura Garcia, 34 anos, está grávida de 36 semanas. Na reta final da gestação, a preocupação é evidente no rosto da mãe que está tendo que lidar com a greve na Maternidade Darcy Vargas e a falta de insulina nos postos de saúde. Maura tem diabetes gestacional e há um mês precisa tomar dois tipos de insulina: o regular e o NPH. São quatro doses todos os dias.

Com a receita nas mãos, ela ligou para postos de saúde, mas foi informada que não havia o medicamento. Maura chegou a procurar o remédio gratuito em quase todas as unidades e a resposta foi sempre negativa. A única solução encontrada por ela foi comprar o medicamento. São R$ 86 de gasto com os remédios por mês. E mesmo na rede privada, a insulina está com estoque baixo. Para se prevenir, a futura mamãe fez um estoque e tem o remédio para as próximas semanas.

O posto Bakitas, no bairro Boa Vista, em Joinville, está há um mês sem insulina do tipo regular. A NPH tem, mas é suficiente apenas para o população da região. No posto do Comasa chegou a faltar os dois tipos, mas o estoque foi regularizado há dez dias e é apenas para os usuários da região. No mesmo posto, houve um impasse no primeiro semestre. Às vezes havia o medicamento, e às vezes não.

Já no posto Dom Gregório, do Jardim Iririú, não chegou a faltar insulina, mas a entrega não foi normal. A farmácia distribuía apenas para os pacientes da unidade com o objetivo de não acabar o estoque.

E a situação ainda pode piorar se não houver mais repasses de insulina do governo Federal e do governo do Estado. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, a Divisão de Abastecimento Farmacêutico do Estado não deu previsão para a regularização dos estoques, já que o problema envolve a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o laboratório que produz o medicamento.

Enquanto a situação não se define, Joinville contabiliza 1,6 mil frascos do tipo NPH no estoque para um consumo mensal de 6,3 mil. Já no tipo regular, a reserva é de 360 quando o consumo a cada mês é de pelo menos 500. A orientação dada pela secretaria é de que os pacientes procurem a rede privada.

Segundo informações da Secretaria de Saúde Estadual, o desabastecimento já vem da esfera federal. O impasse está acontecendo por causa de problema na importação da insulina. A Anvisa reduziu o prazo de validade do medicamento e conforme vão chegando, as doses estão sendo encaminhadas para os municípios. Joinville recebeu o último lote em 5 de novembro. Foram 2,2 mil doses de NPH e 700 de regular.

 

 

AIDS

A Secretaria da Saúde de Joinville instalou um megabanner na frente da Prefeitura para chamar a atenção para o combate à aids. O banner tem oito metros de altura e quatro de largura. O Dia Mundial de Luta contra a Aids é celebrado em 1º de dezembro. Em SC, a primeira notificação da doença foi em 1984. O Estado ocupa a 2ª colocação no ranking nacional com 36,4 casos para cada 100 mil habitantes

 

 

GREVE NA SAÚDE
Deputados visitam hospitais

Uma comitiva de deputados estaduais realizou ontem uma vistoria no Hospital Infantil Joana de Gusmão e no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis. Por causa da greve, as emergências das duas unidades atendem apenas aos casos de gravidade, encaminhados por médicos, Corpo de Bombeiros e Samu.

Hoje, os parlamentares visitam o Hospital Regional e o Instituto de Cardiologia, em São José, e a Maternidade Carmela Dutra, na Capital. O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Volnei Morastoni (PT), acompanhado de outros deputados, verificou as condições da estrutura hospitalar e a situação com a greve. Segundo o parlamentar, que é médico, o principal problema detectado foi a falta de servidores, um problema anterior à paralisação da categoria.

O secretário de Estado de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, confirmou que a defasagem no Hospital Infantil era de 400 servidores e no Celso Ramos era um pouco menor, 379 trabalhadores, para o funcionamento pleno de todas as alas e sem necessidade de hora-plantão. Oliveira afirmou que foi justamente a complementação do quadro funcional do Hospital Regional, em São José, que culminou na greve.

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VISTORIA NA SAÚDE
Comitiva aponta falta de servidores
Deputados estiveram em dois hospitais da Capital e visitas seguem hoje

Uma comitiva de deputados estaduais realizou ontem uma vistoria no Hospital Infantil Joana de Gusmão e no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis. Por causa da greve, as emergências das duas unidades atendem apenas os casos de gravidade, encaminhados por médicos, Corpo de Bombeiros e Samu.

O objetivo é avaliar os efeitos da paralisação dos servidores da saúde nos hospitais públicos e sensibilizar o governo do Estado a abrir a negociação com a categoria.

O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Volnei Morastoni (PT), acompanhado de outros deputados, verificou as condições da estrutura hospitalar e a situação com a greve.

Segundo o parlamentar, que é médico, o principal problema detectado foi a falta de servidores, um problema anterior à greve. Morastoni informou que as próprias direções dos hospitais confirmaram a necessidade de mais funcionários. Conforme o deputado, no Infantil, faltariam cerca de 400 funcionários para abrir os 80 leitos fechados e, no Celso Ramos, a defasagem seria de 520 trabalhadores.

– A visita propicia a oportunidade de mostrar a realidade dos hospitais, a greve apenas desnuda a realidade já existente. A saúde já tem problemas, como setores fechados há muito tempo – diz Morastoni.

O deputado é a favor das reivindicações da categoria, que prevê gratificação na média de 50% sobre o salário, mantendo a carga horária de 30h semanais, como medida compensatória pelo fim das horas-plantão. Um relatório sobre a vistoria será feito e solicitado ao governo que abra as negociações com o comando de greve.

– Já fizemos esse apelo ao líder do governo para que recebam o comando de greve. Os servidores precisam dessa gratificação, não dá para simplesmente tirar a hora-plantão, se não vai impactar as condições de vida dos servidores – defende Morastoni.

Hoje, os parlamentares visitam o Hospital Regional e o Instituto de Cardiologia, em São José, e a Maternidade Carmela Dutra, na Capital.

roberta.kremer@diario.com.br

ROBERTA KREMER

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Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa visita hospitais estaduais
Deputados querem reabertura das negociações entre sindicato e governo para o fim da greve
 

Florianópolis 

 Comissão de Saúde da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), em visita aos hospitais estaduais Celso Ramos e Infantil Joana de Gusmão, na manhã desta terça-feira, constatou o que já era sabido pelos servidores: além de dificuldades com estrutura e materiais, faltam profissionais para trabalhar pela saúde no Estado. O objetivo da visita, segundo o presidente da comissão e deputado Volnei Morastoni (PT), foi agregar informações sobre a real situação do serviço de saúde e auxiliar na mediação e reabertura das negociações entre servidores em greve e governo. A comissão fará um relatório da visita, cobrando do governo soluções para os problemas encontrados nos hospitais.

Na primeira visita, ao Hospital Infantil, comissão, sindicalistas e imprensa foram recebidos pelo diretor Roberto Morais. O Infantil só está atendendo situações de emergência. Cirurgias agendadas foram desmarcadas, a não ser aquelas em que os médicos alertaram que seria impossível transferir as datas. “Cada caso está sendo avaliado individualmente”, explicou o diretor.

O presidente do Sindsaúde, Pedro Paulo Chagas, disse, na semana passada, que a opção de fechar as emergências partiu dos diretores dos hospitais, porque havia médicos atendendo no local. Porém, Morais afirmou ontem que é impossível deixar a emergência com funcionamento normal sem o restante dos servidores. “Só médico não resolve casos de emergência. Precisamos de uma equipe”, justificou. “A greve apenas coloca em evidência uma realidade de problemas acumulados de muitos anos que já existe na saúde”, avaliou Morastoni.

De acordo Lúcia Schultz, gerente técnica do Hospital Infantil, a média de atendimento em função da greve é de 50 a 60 crianças por dia. Antes da greve, eram atendidas de 180 a 200 crianças a cada dia. Além dos 80 leitos que já estavam fechados, há outros 61 sem funcionamento.

Alas nunca foram usadas

O Hospital infantil tem cerca de 800 funcionários, divididos em quatros turnos de 24 horas. Destes, 180 são médicos, mas alguns estão de licença ou afastados por outros motivos. Para o diretor Roberto Morais, seriam necessários pelo menos mais 400 funcionários para que todos os leitos e áreas funcionassem perfeitamente.

Algumas alas, inauguradas este ano, nunca foram usadas, como a unidade C, que tem 20 leitos. “O principal equipamento que eu preciso é gente trabalhando. Sempre estamos precisando de materiais sim e temos a expectativa real que o Pacto pela Saúde ajude nas reformas e compras, mas precisamos mais ainda de pessoas”, desabafou Morais.

Celso Ramos: três salas de cirurgia funcionando

A situação se repete no Hospital Celso Ramos. Ambulatório, emergência e três andares estão fechados, como noticiou ontem o Notícias do Dia. Apenas pacientes referenciados são atendidos.


Comissão durante a visita ao Hospital Celso Ramos
Das sete salas de cirurgia, apenas três estão em funcionamento. Mas neste caso, é por falta de anestesistas, e não pela greve. Além dos 52 leitos que já estavam fechados há quase dois anos, agora, por causa da greve, mais 130 leitos não podem ser ocupados, sobrando apenas 70 para atender todos os pacientes. O hospital tem 252 leitos. Hoje, menos de 30% está em funcionamento.

De acordo com o diretor Ivan Moritz Silva, são 1.100 servidores. Duzentos são médicos, mas seria necessário cerca de 500 funcionários a mais para atender a demanda. Para ele, uma das soluções seria distribuir os servidores chamados para o Hospital Regional e não centralizar todos em um único hospital. “Dessa forma o problema poderia ser minimizado”, afirmou.

De acordo com Pedro Paulo Chagas, presidente do SindSaúde, a visita dos deputados e da imprensa aos hospitais foi válida e positiva. “Assim conseguimos mostrar a real situação que vivemos. É importante que as pessoas vejam que estes problemas não são pela greve. Estamos em greve justamente para que estes problemas, que são antigos, se resolvam”, afirmou. O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, já havia afirmado que o governo não negociará com os servidores em greve.

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Situação
Deputados estaduais que visitaram os hospitais Celso Ramos e Joana de Gusmão (Infantil), na Capital, ouviram pedidos insistentes pela contratação de pessoal.
Mas a greve dos servidores da saúde não quer a gratificação de 50% para compensar a perda da hora-plantão, responsável por até 75% dos salários de muitos funcionários, que foi mantida mas estará comprometida com o aumento do efetivo, já assegurado pelo governo no Hospital Regional de São José. Que tal pararem de inventar razões para o movimento e irem direto ao ponto: é questão salarial e só

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Greve da Saúde no Estado atinge Grande Florianópolis, Joinville e LagesAdjori/S

Após um mês de paralisação, Comissão da Saúde da Alesc visita hospitais e tenta acelerar negociação dos servidores com o governoUm mês desde a retomada da greve pelos servidores estaduais da saúde, hospitais da Grande Florianópolis continuam a ser os mais afetados pela paralisação. Fora da região da Capital, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e a Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, e o Hospital Tereza Ramos, em Lages, são os que mais sofrem.
Nesta terça-feira, 27, deputados estaduais, entre eles Volnei Morastoni, presidente da Comissão de Saúde da Alesc, visitaram os hospitais Infantil Joana de Gusmão e o Celso Ramos. O objetivo era avaliar os efeitos da paralisação e sensibilizar o governo do estado a abrir a negociação com a categoria.

Grande Florianópolis

Em Florianópolis, o Hospital Celso Ramos está com a emergência lotada e atendendo apenas os casos referenciados (trazidos pelo Samu ou por unidades municipais de saúde, além de pacientes que chegam com quadro emergencial). Três andares estão totalmente fechados, e dois concentram os internados. O ambulatório está fechado, UTI e semi-intensivo atendem parcialmente. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Dalmo de Oliveira, 60% dos leitos do Hospital Celso Ramos estão fechados.

A emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão está na mesma situação: aberta apenas para casos mais graves. A Oncologia ambulatorial está atendendo normalmente. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a Maternidade Carmela Dutra também está fechada, mas atendendo casos graves e realizando cirurgias.

No Hospital Regional de São José a maioria dos setores está funcionando, com restrições. A prioridade é para pacientes internados e para os casos de emergência. No momento, 325 pacientes estão internados no hospital. Um médico do Instituto de Cardiologia de São José, cuja emergência também está fechada, está atendendo na emergência do Hospital Regional do município.

No Hospital Santa Tereza, em São Pedro de Alcântara, quase não há reflexos da greve, segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde.

Joinville

O grande problema no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt são os leitos da UTI. No entanto, a Secretaria de Saúde e a direção do Sindicato discordam que o problema seja apenas a paralisação dos servidores. A assessoria do hospital informa que dos 20 leitos da UTI, 12 estão abertos, com variações dependendo do dia e da demanda. O motivo seria o desfalque no número de funcionários, já que é necessário um técnico em enfermagem para acompanhar cada dois pacientes.

A diretora do SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde) em Joinville, Enilda Stolf, alega que antes da greve a UTI já tinha quatro leitos fechados e não estava funcionando com 70% da capacidade, como exige a Secretaria de Saúde. A assessoria do hospital confirma que em fevereiro deste ano dois leitos da UTI foram fechados, mas afirma que eles teriam sido reabertos e que, antes do início da greve, todos os 20 estavam disponíveis.

Outros setores de internação do hospital também estão com problemas. Os pacientes com urgência estão sendo encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento. Após mais de 30 dias de greve, no entanto, as pessoas já estão se encaminhando diretamente para as UPAs, ao invés de procurarem atendimento no hospital. A estimativa é de que 30% dos funcionários, entre técnicos de enfermagem, psicólogos e terapeutas tenham aderido à paralisação. Nenhum médico deixou de trabalhar.

A maternidade Darcy Vargas, também em Lages, está com a urgência e a emergência funcionando, mas com o atendimento neo-natal e o banco de leitos fechados. O SindSaúde de Joinville estima que 50% dos servidores estejam trabalhando.

Lages

A Secretaria de Saúde informa que desde sexta-feira (23), com a saúde dos grevistas da frente do hospital, vários pacientes já foram internados no hospital. Com o retorno de servidores da enfermagem, há pacientes do pronto-atendimento municipal de Lages sendo chamados para internamento.

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