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GREVE NOS HOSPITAIS
Emergência do Infantil é fechada
Técnicos em enfermagem aderem à paralisação, e governo do Estado decide suspender o atendimento na instituição da Capital

A emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, passou o fim de semana fechada devido à falta de técnicos em enfermagem, que aderiram à greve. Somente encaminhamentos de outros médicos, das unidades de pronto atendimento e pacientes que chegam de ambulância foram atendidos. A previsão é que a situação continue a mesma hoje.

O adesivista Alex Nunes levou o filho de nove meses ao hospital por causa de uma suspeita de gripe.

– É um descaso. Na época de campanha, dizem que a saúde é prioridade, e agora não somos atendidos.

Maria Eduarda, de nove meses, foi recebida no hospital depois que a mãe, Cauana da Luz, foi à 6a Delegacia de Polícia registrar um boletim de ocorrência e retornou à unidade acompanhada de policiais. Mas a menina teve de esperar para ser medicada, pois só havia enfermeiros no hospital.

Perto dali, 15 servidores estavam no acampamento de greve. Eles afirmam que a decisão de fechar as portas da emergência é da direção. Conforme eles, é impossível cumprir 70% de atendimento determinado pela Justiça, se a mesma liminar exige que os grevistas fiquem 200 metros afastados dos hospitais.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, como ninguém apareceu no domingo para trabalhar na emergência, o fechamento foi inevitável. Ontem, a reportagem entrou em contato com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis, mas ninguém retornou às ligações.

roberta.kremer@diario.com.br

ROBERTA KREMER

 

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GREVE NOS HOSPITAIS
BO por omissão de socorro

De sexta-feira até ontem, mais de 10 boletins de ocorrência foram registrados nas delegacias de polícia pela direção de hospitais públicos de Santa Catarina. De acordo com o secretário de Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, foi solicitado o apoio da Segurança Pública para instalação de inquérito policial para apurar as denúncias – que vão do não-cumprimento da determinação judicial que exigia 70% de atendimento nos hospitais durante a greve até omissão de socorro.

O diretor da maternidade Carmela Dutra, Ricardo Samways, desde sexta-feira registra boletins por abandono de incapaz. Ontem, apenas três técnicos foram trabalhar, e 10 enfermeiros fora da escala de plantão foram chamados – a categoria não está em greve. A UTI Neonatal funcionou com apenas a metade do pessoal. A emergência do Instituto de Cardiologia, em São José, também está fechada.

A situação piorou com o corte do ponto na sexta-feira. Os trabalhadores revindicam uma gratificação salarial de 50% sobre o vencimento como compensação do anúncio do governo de acabar com as horas-plantão, depois que contratou mais de 600 novos funcionários.

– O Estado não tem condições de suportar o acréscimo solicitado na folha de pagamento – afirma o secretário de Saúde, Dalmo Oliveira.

 

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PROJETO ANTIVÍRUS
Plano do Sul para gripe A
Conjunto de propostas de RS, SC e PR será apresentada em Brasília

 

O plano alinhavado pelos três Estados do Sul do Brasil para barrar a gripe A em 2013, a ser apresentado ao governo federal nesta semana, inclui uma proposta de ampliar a idade máxima das crianças beneficiadas pela vacina gratuita de dois para cinco anos.

O projeto também inclui a antecipação da vacina em um mês e uma ampla campanha de divulgação. Essas medidas foram acertadas em conjunto por representantes do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná a fim de aumentar o peso técnico e político do plano antivírus a ser defendido em Brasília. Até hoje, o governo federal recusou dar tratamento diferenciado à Região Sul no combate ao H1N1.

Dia 7 de novembro, os secretários de saúde dos três Estados, onde morreram ao todo 183 vítimas em decorrência do vírus este ano, se reuniram para assinar o documento com as propostas. Entre as principais solicitações estão a antecipação da campanha de vacinação de maio para o começo de abril e a ampliação dos chamados grupos de risco com direito à dose gratuita. Uma das principais alterações seria a elevação da idade máxima das crianças beneficiadas de dois para cinco anos. Os Estados do Sul também solicitam uma ampliação geral dos estoques.

– Neste ano, recebemos alguns reforços ao longo do ano. A ideia é começar o ano com o número total de vacinas e, se necessário, receber mais reforços – revela o secretário da Saúde de SC, Dalmo de Oliveira.

Outra reivindicação, a ampliação do atendimento a pacientes de doenças crônicas, já faz parte de um plano anunciado pelo Ministério da Saúde de reforçar a proteção para 2013.


Mortes nos Estados do Sul: 183

SC - 76
RS - 67
PR - 40

MARCELO GONZATTO

 

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