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Colunista Cacau Menezes

Abraço à saúde


A greve acabou, mas o Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina, sem conseguir ainda sensibilizar o governo estadual para a falta de recursos humanos nos hospitais, está convidando a população para o Abraço à Saúde Catarinense, que será dia 16 de outubro, às 10h30min, na entrada da emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis.


 

 

OBESIDADE PRECOCE
SUS reduz idade para bariátrica
Tratamento será oferecido a jovens de 16 anos. Antes, mínimo era 18

A partir de 2013, adolescentes de 16 anos com quadro de obesidade mórbida poderão se submeter à cirurgia de redução de estômago pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme resolução anunciada pelo Ministério da Saúde. Até então, a idade mínima para o procedimento era de 18 anos. A pasta garante que continuará incentivando a prevenção por meio da mudança de hábitos.

A redução da faixa etária, reivindicação antiga do Conselho Federal de Medicina (CFM), é justificada pelo aumento da obesidade entre os jovens. Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, de 2009, verificou que entre os dez e os 19 anos, 21,7% dos brasileiros têm excesso de peso – em 1970, eram 3,7%. Um em cada três crianças de cinco a nove anos pesam acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

A endocrinologista Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso) e parceira do Instituto Movere, que trata da obesidade infanto-juvenil, afirma que a inclusão dos jovens de 16 a 18 anos trará impacto positivo. “O adolescente com 16 anos já amadureceu e dois anos, nessa fase, é um tempo muito grande. Eles vão ganhar muito com a possibilidade de fazer a cirurgia mais cedo.”

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a decisão está de acordo com recomendações internacionais. “Estudos mostram que o tratamento precoce da obesidade grave pode evitar a ocorrência de problemas correlatos, como cardiovasculares.”

 

 

OBESIDADE PRECOCE
Última saída contra o problema

É uníssono entre os especialistas que a cirurgia é o último recurso para o tratamento da obesidade, pois o pós-operatório é bastante restritivo, o que exige autocontrole. O próprio protocolo do Ministério da Saúde orienta que o paciente deve passar por avaliação clínica e cirúrgica e ter acompanhamento com equipe multidisciplinar durante dois anos.

Só quando os métodos convencionais não surtem efeito positivo a cirurgia é recomendada.

“O mais interessante seria fazer um trabalho de educação alimentar para evitar que as crianças cheguem a esse ponto, mas é claro que há um público significativo de adolescentes que não conseguem perder peso pela mudança do estilo de vida e podem se beneficiar da cirurgia aos 16 anos”, comenta a nutricionista Jussara dos Santos, especialista em nutrição infantil.