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OPINIÃO DO GRUPO RBS
Pacto pela Saúde


O programa denominado Pacto pela Saúde, lançado ontem pelo governo estadual, prevê investimento de R$ 500 milhões no setor em todo o Estado. No projeto, a construção, ampliação e reforma de hospitais, maternidades e outros estabelecimentos de saúde pública em diversas cidades. Serão criados mais 985 leitos hospitalares, 177 leitos de unidade de tratamento intensivo e 21 policlínicas.

Quando assumiu o posto, o governador Raimundo Colombo prometeu que a saúde pública seria uma das prioridades críticas da gestão. Com efeito, o atendimento médico-hospitalar em Santa Catarina está ao rés do chão. A injeção de recursos para reanimá-lo chega na hora certa. Esses recursos fazem parte do empréstimo de R$ 3 bilhões efetuado ao Estado pelo BNDES, que estará disponível dentro de 60 dias. Além de ampliadas e reformadas, as unidades já existentes constantes no programa serão reequipadas. Tão importante quanto o plano de obras anunciado é o novo conceito de gestão a ser adotado pelo sistema que, descentralizado, intenta oferecer atendimento de alta e média complexidades mais próximo das residências dos pacientes. Se não é uma revolução no setor da saúde, há muito tempo em situação precária em Santa Catarina, sem dúvida este é um alentado passo à frente para melhorar o atendimento médico-hospitalar.


 

SAÚDE PÚBLICA
Ampliar Regional é plano para 2015

Já em planejamento e anunciada na segunda-feira dentro do Pacto pela Saúde do governo estadual, a tão sonhada ampliação do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville, ainda não tem previsão de sair do papel.

A expectativa da Secretaria de Estado da Saúde é de que as obras comecem apenas no segundo semestre de 2013 para ser concluída em dois anos – se tudo der certo. E o início da obra depende que a reforma da unidade de 28 anos seja concluída.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dalmo Claro Vieira, até o final de outubro, deverá ser aberto o edital de licitação para escolher a empresa que executará a ampliação. “Se formos bem-sucedidos com a licitação do projeto, em torno de seis meses ele deve ficar pronto. Depois, vamos lançar o edital para as obras”, informou o secretário.

Para a ampliação, o Estado prevê investimentos de R$ 33 milhões – R$ 20,5 milhões para a construção de uma torre, no prédio do bairro Boa Vista, que segundo Dalmo, deve ter oito andares. Outros R$ 600 mil serão usados para custear o projeto. O restante irá para a compra de equipamentos e demais instalações, como elétrica e hidráulica.

O secretário ainda deixa claro que, com a ampliação, serão contratados mais médicos para o hospital. Hoje, o hospital enfrenta falta de profissionais que impede a manutenção do pronto-socorro nos fins de semana.

“Se o hospital estiver sob a responsabilidade do Estado, será realizado concurso público. Mas se até lá a administração do hospital estiver com uma organização social (OS), eles podem ser contratados”, explicou. Ele cita os planos de entregar a administração da unidade a uma OS, por ora emperrados devido a uma decisão judicial que suspendeu iniciativa parecida para o Samu.

A partir do começo do ano que vem, serão executadas as obras de reforma e da criação de mais 20 leitos de UTI. Dalmo afirma que o hospital não ficará fechado neste período.


 

 

De retaguarda
Chegou ontem na Câmara de Joinville o projeto para o Bethesda ser transformado em hospital de retaguarda, uma proposta já antiga. O hospital de Pirabeiraba atenderia parte dos pacientes do São José. O repasse máximo mensal será de R$ 378 mil, caso seja atendido o teto de procedimentos.


Outros 40 leitos
Se aprovado, o contrato terá duração de um ano, com desembolso de R$ 4,5 milhões. No mesmo convênio, estão ainda os atendimentos ambulatoriais. Os serviços a serem prestados serão de graça para os pacientes, afinal, serão bancados pelo SUS. Serão mais 40 leitos para Joinville.

 

 

CANAL ABERTO | Cláudio Prisco

COLOMBO MOBILIZA O GOVERNO


Meio bilhão de reais em obras para melhorar o sistema de saúde catarinense com foco na ampliação dos tratamentos de média e alta complexidades. É esse o investimento previsto pelo Estado no Pacto pela Saúde, lançado ontem pelo governador Raimundo Colombo, o vice Eduardo Moreira e o secretário Dalmo de Oliveira, em prestigiada cerimônia realizada no Teatro Pedro Ivo.O pacote prevê ampliações, reformas, equipamentos e até a construção de novas unidades em todas as regiões do Estado. Serão 985 novos leitos de internação geral, 177 novos leitos de UTI, 57 salas de cirurgia, dez novas policlínicas e a reforma de outras 11 já existentes.De acordo com Dalmo, a proposta é dotar todas as regiões de capacidade para atendimentos. Em Joinville, destaque para a nova área do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, com 6.500 m², a ampliação em 150 leitos de internação e quatro novas salas cirúrgicas ambulatoriais para o hospital dia.Em obras e equipamentos, serão investidos R$ 32,5 milhões. Já para a Maternidade Darcy Vargas, somados a reforma e novos equipamentos, um investimento de R$ 2,8 milhões, além da confirmação de uma nova policlínica, para acelerar a realização de exames de diversas especialidades.

O secretário extraordinário do Pacto por Santa Catarina, Murilo Flores, produziu um evento de primeira, com informações diretas e didáticas, detalhando obras efetivamente prioritárias para o Estado, que agora serão reproduzidas em outras áreas, com destaque para a educação, segurança pública, infraestrutura e assistência social.Para caracterizar a importância da ofensiva administrativa, em torno do Pacto por SC, Colombo pediu a presença de todo o colegiado no evento inaugural de ontem.

 

 

 

Visor


SINTONIA FINA
O governador Raimundo Colombo foi só elogios ao trabalho do secretário de Estado da Saúde, Dalmo de Oliveira, durante o lançamento do Pacto pela Saúde. Fez questão de pôr fim à boataria de que estaria descontente com o trabalho de Dalmo na pasta.

 

 

RECEITUÁRIO NA MIRA
Os médicos catarinenses devem esgotar todas as alternativas de tratamento com medicamentos distribuídos gratuitamente pelo SUS antes de prescreverem “novos remédios” a seus pacientes. A recomendação é do Comitê de Resolução das Demandas de Saúde em SC, criado pelo Conselho Nacional de Justiça e formado por representantes do judiciário, Ministério Público, Secretaria da Saúde e Procuradoria Geral do Estado.


A iniciativa busca combater os excessos na prescrição de “medicamentos milagrosos” (importados e caríssimos) e que são solicitados através de ações judiciais. Os juízes, sem um laudo adequado, são induzidos a determinar que o Estado forneça o medicamento, embora muitas vezes, um similar esteja disponível gratuitamente no SUS. Em 2011, Santa Catarina gastou R$ 107 milhões com essa judicialização da Saúde.


 

Geral


PACTO DA SAÚDE
Uma injeção de ânimo nos hospitais do Estado


Programa prevê investimentos de R$ 500,5 milhões, mas a não inclusão de mais profissionais da área preocupa os setoresO governo de SC anunciou ontem uma dose para tirar a saúde pública do estado crítico em que se encontra. O programa Pacto da Saúde prevê investimento de R$ 500,5 milhões para ampliar o atendimento em 19 hospitais e maternidades de todas as regiões. Mesmo reconhecendo a importância da medida, principalmente por levar consultas e exames especializados ao interior e dar fim a ambulancioterapia rumo à Capital, a não inclusão de pessoal preocupa setores.

Os recursos para as ações serão captados junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e devem ser liberados pela presidente Dilma Rousseff dentro de 60 dias. Serão injetados na criação de 985 leitos hospitalares, 177 de UTI e 21 policlínicas (10 novas e 11 readequadas). A ampliação do atendimento deverá resultar em 57 novas salas cirúrgicas, além de 35 mil internações e 120 mil consultas. Obras devem estar prontas em três anos.

O governador Raimundo Colombo acredita que com os investimentos nenhum paciente precisará se deslocar mais de 100 quilômetros para realizar uma consulta especializada ou uma cirurgia complexa. O programa faz parte do Pacto por Santa Catarina, que prevê a aplicação total de R$ 5 bilhões em setores como Infraestrutura, Segurança Pública, Educação, entre outros.

Entidades como o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis (SindiSaúde) e Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc) reclamam da carência de funcionários.

– A defasagem de pessoal hoje no Estado é de cerca de 3 mil servidores. É necessário contratar mais gente, por meio de concurso público, e garantir que os recursos anunciados sejam aplicados em hospitais gerenciados apenas pelo SUS – sugere Cláusio Pedro Vitorino, diretor do SindiSaúde.

Para o presidente do Simesc, Cyro Veiga Soncini, algumas unidades deveriam ter sido melhor contempladas. como o Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, onde trabalha:

– Temos 80 leitos fechados por falta de profissionais. Só três salas cirúrgicas funcionam. Temos anestesistas e cirurgiões, mas não a enfermagem.

angela.bastos@diario.com.br

ÂNGELA BASTOS

 

  

PACTO DA SAÚDE
Mais gente para trabalhar

O presidente do Simesc, Cyro Soncini, reconhece que o Estado tenta resolver problemas, como com a contratação de cerca de 611 profissionais para o Hospital Regional, em São José. Mas alerta:

– Sem pé a cadeira cai – sugere, a respeito dos cerca da falta de funcionários.

O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), na Capital, finalmente poderá ser finalizado. Cerca de R$ 9 milhões destinam-se a obras e R$ 6 milhões para a compra de equipamentos. Os recursos serão aplicados na UTI, Centro Cirúrgico e Centro de Material Esterilizado. O hospital atende cerca de 5 mil pessoas por mês. Com a ampliação, haverá incremento de 15% a 20%. Mas a médica Maria Tereza Schoeller, diretora da instituição, reconhece que somente a ampliação de estrutura não irá resolver os problemas. Com o aumento, haverá a necessidade de contratar mais funcionários.

 

 

 

PACTO DA SAÚDE
Opinião DC

O Pacto pela Saúde, lançado ontem pelo governo estadual, prevê investimento de R$ 500,5 milhões no setor em todo o Estado. No projeto, a construção, ampliação e reforma de hospitais, maternidades e outros estabelecimentos de saúde pública em diversas cidades. Serão criados mais 985 leitos hospitalares,177 leitos de unidade de tratamento intensivo, e 21 policlínicas. Quando assumiu, o governador Raimundo Colombo prometeu que a saúde pública seria uma das prioridades críticas da gestão.

Com efeito, o atendimento médico-hospitalar em Santa Catarina está ao rés-do-chão. A injeção de recursos para reanimá-lo chega na hora certa.

Tão importante quanto o plano de obras anunciado é o novo conceito de gestão a ser adotado pelo sistema que, descentralizado, intenta oferecer atendimento de alta e média complexidade mais próximo das residências dos pacientes, através da rede de policlínicas equipadas para tanto em pontos estratégicos do território catarinense.

 

 

Colunista Cacau Menezes

 

Boa, governador!
Digna de registro a ação do governador Raimundo Colombo de investir R$ 500 milhões na saúde de Santa Catarina. Com esses recursos, serão construídos mais 902 leitos hospitalares, 137 leitos de UTI, e 21 policlínicas. Essas ações fazem parte do Pacto pela Saúde de SC, programa lançado ontem pela manhã pelo governo do Estado.


 

 


Hospitais da Grande Florianópolis deverão receber 202,2 milhões para reformas
Região fica com 40,3% do pacote previsto no Pacto da Saúde
 

Everton Palaoro

Florianópolis 

Hospital Celso Ramos deve ganhar torre de emergência com heliponto

A Grande Florianópolis receberá 40,3% do pacote de R$ 500,5 milhões previsto no Pacto pela Saúde. A região terá R$ 202,2 milhões para ampliação, reforma e compra de equipamentos para melhorar o atendimento à população. Desse total, R$ 60,4 milhões serão destinados à construção do novo Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, em São José. O anúncio do Pacto pela Saúde foi feito ontem pelo governador Raimundo Colombo. A expectativa é de que as obras comecem a sair do papel em 2013, com previsão de entrega a partir de 2014. Os investimentos do governo ampliarão a capacidade de atendimento da rede estadual de saúde.

Serão novas 120 mil consultas, 90 mil cirurgias e 35 mil internações. Os recursos aplicados na Grande Florianópolis abrirão 412 leitos em cinco hospitais e no Instituto de Cardiologia. A região ainda receberá uma policlínica, no valor de R$ 7,8 milhões, que atenderá 400 pessoas por mês. O local ainda não foi definido.

Os investimentos serão aplicados em cidades que já contam com estruturas hospitalares mantidas pelo Estado. Segundo Colombo, a opção foi tomada para economizar recursos. “Ao invés de construir uma cozinha nova, uma lavanderia ou emergência, vamos utilizar as já existentes. Estamos evitando aumentar o custo operacional. Nossa receita foi a pior dos últimos 16 anos e não voltará a crescer do modo que vinha ocorrendo”, argumentou. Para Colombo, fazer estruturas complementares também é uma maneira de driblar os valores repassados pela tabela do SUS (Sistema Único de Saúde) pelo atendimento à população.

O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, espera que as primeiras unidades sejam inauguradas em 2014. “Quando tudo ficar pronto, estaremos em um estágio bem melhor que o atual. Aumentaremos muito a capacidade de atendimento”, ressaltou.

Gestão ficará a cargo das prefeituras

O governo do Estado será responsável por construir e equipar as 21 policlínicas, mas a gestão e a folha de pagamento ficarão a cargo de consórcios formados pelos municípios beneficiados. Segundo Murilo Flores, gestor dos recursos do Pacto por Santa Catarina, as prefeituras das cidades onde as unidades serão implantadas terão o compromisso de atender a população dos municípios vizinhos.

O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, explicou que a intenção é que o paciente não precise enfrentar viagem superior a uma hora para ser atendido por especialista. Além disso, cada policlínica terá pelo menos exames de ultrassom, endoscopia e raio X. Outra novidade é a informatização da lista de espera por procedimentos médicos. “Começamos pelo Sul do Estado, mas em breve todos os municípios terão o serviço informatizado. Na secretaria teremos informações de quantas pessoas estão na fila”, explicou.