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SAÚDE PÚBLICA
Hospital São José compra ambulância

O Hospital Municipal São José comprou uma ambulância 0-km. O veículo custou R$ 123.699,00 – com recursos próprios – e será usado no transporte de pacientes entre hospitais e clínicas. O hospital realiza em média 220 transferências e encaminhamentos por mês.

 

 

 

Custo no hospital
Em estudo apresentado ontem no Desenville, o gerente técnico do Hospital São José, Daly Alvarez, apresentou estudo sobre os custos de internação em feridos em acidentes, na maioria dos casos, motociclistas. Em análise de dez casos, a despesa média do hospital joinvilense ficou em R$ 5,9 mil por paciente. São os custos diretos com a internação.


Campanhas
Em um dos casos estudados, com vários traumatismos, o custo passou de R$ 20 mil. O médico defendeu mais campanhas de conscientização para tentar evitar acidentes de trânsito em Joinville. O São José tem programa de prevenção ao trauma.

 


Álcool e drogas
Nesta quarta, tem seminário regional sobre álcool e drogas. O secretário Dalmo Claro (Saúde) participa da abertura na Mitra Diocesana. O evento, organizado pelo Conselho Gestor para Assuntos da Saúde e Segurança de Joinville, contará com policiais, juízes, psicólogos e consultores, entre outros.

 

 

 

Programa de maternagem cuida do psicológico dos bebês deixados pelas mães na maternidade do HU
Equipe de psicólogas se dedica aos recém-nascidos e a mães que abrem mão da guarda da criança

Florianópolis 

Joyce Giotti
Filhos sem mãe. Nas maternidades de Florianópolis foram dez casos de mulheres que abriram mão da guarda do filho só este ano, de acordo com a Promotoria da Infância e da Juventude da Comarca de Florianópolis. Em todos eles, há preocupação com o bebê, ser indefeso que precisa de cuidados de higiene, nutrição e afeto.

Na Maternidade Carmela Dutra, o bebê recebe os cuidados básicos e, quando necessário, medicação. O carinho para os pequenos vem da atenção dispensada a eles pela equipe de enfermagem. “Sempre tem uma profissional que se identifica com um ou outro”, diz a chefe de enfermagem Karine Vieira, 36 anos. No entanto, Jaqueline Pickler, assistente social da instituição, alerta: “O processo precisa ser ágil, para a criança não ficar esperando. O bebê deveria ter contato afetivo e não está tendo”.

No Hospital Universitário, as crianças e as mães que têm o vínculo rompido por decisão da mãe, ou judicial, passam pelo processo chamado maternagem. Uma estudante de psicologia, sob a orientação da doutora em psicologia Zaira Custódio, fica com o bebê quatro horas por dia, de segunda a sexta, e duas horas por dia, aos sábados e domingo. Além dos cuidados básicos, conversa com a criança e até cantarola uma música escolhida para ser dele. O vínculo afetivo se estabelece dentro de poucos dias a ponto de o bebê procurar com os olhos a dona da voz que escuta, conta a estudante Ana Luisa Remor da Silva, 23 anos.

Ela esteve por dez dias com um menino que nasceu no HU. Cuidou dele, se emocionou às vezes. “Foi muito intenso”, conta. No primeiro dia, ele estava dormindo – houve só contato físico. No segundo, se apresentou para ele -“expliquei que seria sua amiga neste tempo de espera”. No terceiro, contou ao bebê a história dele, uma forma de preservar sua identidade, sua história, e não deixar lacunas, que podem desenvolver insegurança, medo, auto-estima baixa e dificuldade de interação no futuro, pontua Zaira. Essas possíveis conseqüências são comprovadas pela neurociência, e podem ter causa até na vida intra-uterina da criança. “O recém-nascido não é uma tábula rasa”, explica.

A maternagem tem continuidade nos abrigos, quando a criança vai para um, mas é preciso ir além. “Ressaltamos para a família o compromisso de preservar a história dele”, diz a psicóloga. A família recebe o álbum de fotos do bebê na UTI neo-natal e um CD com as músicas que escutava na maternidade. A mãe adotiva recebe informações relativas ao comportamento do bebê para a transição seja “suave e respeitosa”, ressalta Zaira. Tudo em nome de “promover saúde mental, psicoafetiva e relacional”.

 Uma mãe sem o filho

 O setor de psicologia da maternidade é responsável por certificar que a mãe abre mão da guarda do filho, se colocar na escuta e estabelecer uma relação de ajuda, tendo em vista a nova realidade: a mãe voltará para casa sem o filho na barriga, nem nos braços.


A reação da mãe varia de acordo com sua história, mas a dor sempre é grande, ressalta a psicóloga da maternidade do HU, Zaira Custódio. “O nosso trabalho é levar a mulher para mais perto da realidade e fazer com que ela pense em estratégias para lidar com a dor”, diz, lembrando um caso deste ano, no qual a mãe escondia a gravidez da família e não tinha notícias do pai da criança. “Tentamos sensibilizá-la para entrar em contato com alguém, ou nos deixar nem que seja a unidade de saúde perto de onde ela mora”, relata.


Afinal, há marcas físicas em quem gera uma criança – demora de 15 a 20 dias para o útero diminuir e a mama produz leite, mesmo tomando inibidor da lactação, pontua Zaira. E mais profundas, ficam marcas psicológicas. Essa mãe, intuitivamente, vinha se despedindo do bebê já na gestação. Sem condições financeiras de ficar com o filho, ela conversava com ele na barriga, explicando a situação. Na maternidade, o conheceu, o amamentou e, sob orientação da psicóloga, se despediu olhando nos olhos dele, conta Zaira.

 

Roda dos Expostos

 
Antigamente as crianças não ficavam nas maternidades, e sim, nas ruas, muitas vezes. Para evitar essa exposição, foi criada a Roda dos Expostos. Funcionava assim: a mãe ia até o Hospital de Caridade, colocava seu bebê na roda e girava. O frágil corpo era transportado para dentro da instituição, que encaminhava às freiras da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos, quem o acolhia. Em 1780, o método foi implantado para que os pequenos deixados nas ruas não fossem mortos por cães durante a noite. Até 1880 a Roda dos Expostos funcionou regularmente, conta Nereu do Vale Pereira, no livro “Associação Irmão Joaquim, 100 anos de amor ao próximo”(2002).  Ainda no fim do século 19, políticas de adoção passaram a ser implantadas.

 

 


Santa Catarina receberá anualmente R$ 872,3 milhões do Ministério da Saúde

Secretaria de Articulação Nacional

O Fundo Estadual de Saúde e os Fundos Municipais de Saúde de Santa Catarina tiveram seus limites financeiros reavaliados pelo Ministério da Saúde, para os serviços hospitalares ambulatoriais e de alta e média complexidade. A portaria número 842, que autoriza o aumento do repasse anual, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (20), assinada pelo ministro Alexandre Padilha.

Conforme a medida, o total de R$ 872,3 milhões será destinado anualmente ao estado. “Esta revisão dos valores para a saúde é fundamental para mantermos a qualidade do serviço público de saúde em Santa Catarina, tanto na rede estadual quanto na rede municipal”, expressou o secretário de Articulação Nacional, João Matos.

Neste bloco de investimentos estão inclusos os valores referentes aos incentivos para implementação de Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) - R$ 3,5 milhões - e para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) - R$ 23,6 milhões.

O Fundo Estadual de Saúde receberá, por ano, R$ 311,8 milhões, enquanto os Fundos Municipais de Saúde terão disponíveis o total anual de R$ 531,1 milhões. Já o montante de R$ 29,4 milhões será retido pelo Fundo Nacional de Saúde, para transferência direta às unidades prestadoras Universitárias Federais.

Além disso, outra portaria (número 1.760), publicada também nesta segunda-feira no DOU, estabelece recurso a ser disponibilizado aos Estados e Municípios, para incorporação ao teto financeiro anual de média e alta complexidade. Santa Catarina será beneficiada com R$ 3,7 mil, enquanto, em todo o Brasil, o valor liberado ultrapassa os R$ 3,8 milhões. Já a portaria número 1.749 contempla o município de Joinville com R$ 75 mil para implantação de serviço especializado de saúde bucal, Centro de Especialidade Odontológica (CEO).